Por vezes a chamada: “mão na massa” pode ser associada a “atividade manual” porém, no sentido aqui defendido as propostas mão na massa estão também, relacionadas à oportunidade do trabalho coletivo , aos projetos partilhados, à empatia , imaginação e criatividade, autonomia ao acionarmos processos de curiosidade e invenção, oportunizando às crianças centralidade no seu processo de aprendizagem.
Na nossa unidade corroboramos com a ideia de que, inclusive os processos de experimentação, tem muita relação com a imaginação e a resolução de desafios.
O professor nessa perspectiva oportuniza e convida as crianças a investigarem o mundo e tem por papel principal, sustentar e valorizar os processos e não os produtos !
“Todo dia mão na massa “ no CMEI Ciro Frare ocorre a partir da escuta e centralidade das crianças que são consideradas no planejamento , compreendido como flexível , aberto à possibilidades múltiplas e à oferta de contextos de investigação , sejam, físicos e estruturados pelos professores, à partir dos interesses das crianças ou as oportunidades que o próprio cotidiano nos traz , como : criar rampas e túneis para levar carrinhos por uma ou outra saída; ou potencializar sua velocidade ; escolher o melhor espaço e técnica para organizar os jardins-quintais ( uma característica da nossa região ) ; ou ainda quando bebês e crianças bem pequenas exploram detalhes do ambiente e objetos questionando o que é isso ? E mais tarde o como funciona? Esses são alguns exemplos de propostas que agregam curiosidade, pensamento , imaginação , criação e transformação .
E as tecnologias? Quantas possibilidades criativas temos ao tecer ? Quantas possibilidades 3 D ao desenhar , modelar , jogar ou materializar as ideias? Nesta esteira as propostas em que tecnologias de ontem e hoje circulam permitem o acesso a diferentes linguagens expressivas e ainda, os encontros e conexão entre o antigo e o novo que coabitam em nossos quintais ...
Para Paulo Freire a necessidade de conectar aprendizagens à vida já estava em pauta , garantindo a aprendizagem contextualizada, num currículo que dialoga com o patrimônio cultural, artístico , científico e tecnológico bem como, com os modos de aprender das crianças a partir das interações e as brincadeiras , à partir das experiências da vida concreta do cotidiano , por meio , da garantia dos direitos de aprendizagem: CONVIVER, BRINCAR, PARTICIPAR, EXPLORAR, EXPRESSAR, CONHECER-SE.
Freire , Papert e Dewey defenderam a importância da relação dos indivíduos (crianças) com o que estão aprendendo por meio de projetos compartilhados , inclusive em âmbito mais geral da educação, que contribuam com a comunidade !
Autor:
Patricia Celli da Silva Ribeiro
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Fonte:
CMEI Ciro Frare