Na manhã do dia 09.06.2020, a equipe do CMEI Centro Cívico e convidados, foram agraciados com a presença marcante da profissional Penélope Berto Vieira. Psicóloga Corporal, Penelope diz que seu trabalho é corporificar pessoas. Auxiliando o outro a se (re)conectar com o que há de melhor em si e com fluidez que a vida é.
Penélope iniciou esse momento, contando um pouco sobre suas expectativas para essa manhã, pensando neste momento que todos estamos passando e pela necessidade de reestabelecer novas conexões e relações com o cotidiano. Um tempo onde sentimos falta de interações próximas conversando olhando olho no olho. Mas temos pontos positivos ao pensar que pandemia nos trouxe para dentro... para dentro de nossas casas, dentro de nossas almas. Movimento que nos obriga a olhar para nós mesmos, de nos confrontarmos com nossos medos e com nossos sonhos. Temos uma rotina mecanizada, onde não paramos exatamente para refletir e nos avaliar. Apenas vivemos e fazemos... e como é dolorido nos confrontarmos com nós mesmos. Assim, Penélope passa a conversar conosco sobre o amor, sobre a necessidade nos reconectarmos com nosso corpo, com nossa casa, com nossa família, pensar na energia que emanamos... Amor é a palavra mágica que conectou a todos e mexeu com nossos sentimentos mais profundos e guardados. Cada um em seu tempo, do seu modo, se envolveu nesta formação diferenciada e tão necessária.
Em sua fala apresenta o amor como um sentimento natural, protetor, que envolve ternura e afeto, e que este se manifesta por diferentes fases e momentos de nossa vida, dependendo do prisma que estamos observando e dos sentimentos que o permeiam. Assim, o amor pode ser:
- Infantil, aquele onde a criança precisa ser amada, tocada, acolhida. Necessita aqui e agora- Me ame!
- Adolescente, onde o indivíduo julga a reciprocidade. "Se você não gosta de mim, eu não vou gostar de você também".
- Adulto, onde o indivíduo se respeita, ama e não cobra nada em troca.
- Ou maduro, que é o modo "Premium", onde o indivíduo se ama em primeiro lugar e então consegue amar o outro, sem cobranças, sem ter que receber nada em troca, apenas ama.
Nesse diálogo envolvente, Penélope foi instigando o grupo à reflexão: Quem somos nós? Que amor queremos? Que nível de amor sentimos? Será que deixamos ser amados? A partir de músicas nos provocou a pensar sobre este amor, como por exemplo a canção dos Paralamas do Sucesso com a famosa citação "Saber amar é deixar alguém te amar".
Somos feitos de emoção. Tem dias que estamos meio reflexivos ou desanimados, mas precisamos alimentar o nosso fogo pessoal dando significado e calor a nossa vida. E desta forma, sua fala nos impulsiona a repensar o espaço em que habitamos, rever nossas atitudes dentro das relações pessoais, familiares e profissionais, nossa postura perante a vida. Olhar para o próximo com amorosidade e respeito nos faz capaz de sermos alguém melhor a cada dia.
Trouxe-nos também a importância de nos enxergarmos; olhar para dentro de nós, entendermos que por mais corrido que seja nosso cotidiano, que somos feitos de emoções e energia, e para alimentar positivamente nossos sentimentos precisamos nos tocar, nos permitir a nos conhecermos; nos reconectar com o nosso pensar em um corpo pulsante e potente. Que tudo que vivemos irradiamos ou reprimimos, nos corporifica. Que é essencial um tempo com a nossa pessoa, para nos entendermos, nos encontrarmos e evoluirmos enquanto ser humano. A música "Como uma onda no mar" de Lulu Santos, fez referência a um trecho para exemplificar estes processos pelos quais passamos, que estamos sempre evoluindo e para isso temos que ir e vir infinitamente.
Cuidar de quem cuida é essencial! A educação é amor. Só poderemos transformar a nós mesmos e ao mundo entendendo e vivendo o AMOR!
Gratidão Penélope pela generosidade da partilha, pelo lindo acolhimento de si e por estar conosco nesta (Re)conexão!
Autor:
Profª. Patricia Daniela Zanuncini
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Fonte:
CMEI Centro Cívico