Semana da Consciência Negra na Educação de Jovens e Adultos

    Publicado por:  Denise Neuburger da Silva

 

Seguindo as diretrizes da Proposta Pedagógica da Gerência da Educação de Jovens e Adultos, do Departamento de Ensino Fundamental da SME, e na intenção de romper preconceitos e combater o racismo estrutural, as professoras Aline Cristine Sant'anna de Lima e Marta Roseli Wiatec Ribeiro, da EJA , da Escola CEI Prof° Lauro Esmanhoto, elaboraram e aplicaram atividades durante a semana que antecede o dia 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra.

O início das atividades ocorreram com roda de conversa para debater o tema e ouvir cada estudante, pois falar sobre o assunto é de suma importância, não só para desenvolver qualquer proposta pedagógica, mas para promover a discussão sobre o tema nas instituições escolares.

Na sequência os estudantes assistiram vídeos indicados pela gerência pedagógica, tais como: “Resistência a escravidão e cultura afro-brasileira”, “Desigualdade racial no Brasil – 2 minutos para entender” e “Entenda o que é racismo estrutural”. Após, tiveram conversas para reflexões dos conteúdos dos vídeos, quais os aspectos mais significativos e as leis que garantem os direitos de todos os cidadãos, avançando para a luta contra o racismo estrutural presente no contexto sociopolítico brasileiro. Importante citar que os estudantes do ensino remoto também tiveram acesso aos vídeos via aplicativo whatsapp e as atividades complementares serão enviadas com base no conteúdo trabalhado.

Dando continuidade nas atividades, nos debates e nas reflexões, os estudantes falaram sobre palavras e frases de cunho racistas que ouvem no dia a dia, partindo dos depoimentos foi elaborada uma lista com palavras que deveriam ser extintas do nosso vocabulário e uma outra lista com palavras que devem ser utilizadas por não possuírem significados pejorativos, os estudantes fizeram a leitura e escrita de palavras, já reforçando a alfabetização dentro da disciplina de língua portuguesa. Após estudos das palavras surgiu a ideia de criar uma word cloud (nuvem de palavras), que é uma espécie de gráfico digital que mostra o grau de frequência das palavras em um texto. Quanto mais a palavra é utilizada, mais chamativa é a representação dessa palavra no gráfico, a nuvem foi realizada com a contribuição dos estudantes do ensino remoto, já que é feita por aplicativo on-line, os mesmos se sentiram valorizados, pois mesmo distantes foram ouvidos e participaram ativamente da proposta.

Foram confeccionados cartazes, para exposição no mural da escola, com a participação dos estudantes do ensino presencial, cada um desenhou o contorno da sua própria mão no papel e escolheram uma palavra (já estudada na sala) para colar no recorte da mão desenhada, representando assim um símbolo de resistência às práticas de racismo, colaram no cartaz com o título: Chega de.... (a palavra escolhida completa a frase).

Os estudantes colocaram a mão na massa, pintando duas silhuetas africanas e o resultado ficou lindo! Com cartazes criativos e cheios de conteúdos importantes sobre o tema estudado, a comunidade escolar poderá apreciar este importante trabalho no mural do pátio interno da escola.

"Existe uma história do povo negro sem o Brasil. Mas não existe uma história do Brasil sem o povo negro"

                                                    (Januário Garcia, fotógrafo brasileiro e ativista do movimento negro, 1943 - 2021)

Autor: Denise Neuburger da Silva | Fonte: Professora Aline Cristine Sant'anna de Lima
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Cartaz confeccionado pela EJA sobre o combate ao racismo estrutural
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