É A VIDA VOLTANDO AO SEU CURSO,
COM GESTOS, OLHARES, QUALIFICANDO AS RELAÇÕES...
No sábado dia 16 de outubro, na semana, culturalmente da criança; semana de reflexão sobre as crianças e seus direitos, elas receberam o que de melhor poderiam. Aconteceu a primeira integração com as famílias e crianças. Após o longo período, que ficamos impedidas/os, em decorrência da pandemia, de realizar essa ação tão linda que tão bem faz ao coração.
As saudades desses momentos, tão significativos deram lugar a uma presença expressiva das famílias e crianças; cheias de significados, gestos, olhares, abraços, brincadeiras, trocas, cumplicidade; refinando as relações entre as crianças com suas famílias, entre famílias com famílias, e com a equipe do CMEI.
Iniciamos a manhã acolhendo as crianças e famílias no refeitório das crianças. Ah, ainda bem que a taxa de transmissão da COVID está baixa; precisamos confessar, houve certa aglomeração, mas todos e todas de máscara e com os devidos cuidados sanitários.
Na caminhada pedagógica, superamos a ideia de planejarmos as ações, olhando no calendário, as datas comemorativas.
Entendemos que se faz necessário respeitar a cultura das famílias, mas não a cultura consumista, ditando e trazendo conceitos equivocados sobre os significados dos acontecimentos.
Assim, aproveitamos a semana das crianças para proporcionar as elas o significado verdadeiro dessas comemorações, qualificando as relações familiares, com olhar de cuidado zeloso sobre as crianças.
A Tamiris Rosa, psicóloga e mãe da Lívia do Pré II e também representante no seguimento das famílias no Conselho; uma família maravilhosa que está conosco desde que a Lívia era bebê.
A psicóloga e mãe fez uma fala unindo o seu saber acadêmico e sua experiência como mãe, sobre o cuidado das nossas crianças. A importância da criança se desenvolver em um ambiente, que não haja comportamentos de violência; sendo fundamental, a vigilância sobre a criança, para impedir que ela seja vítima de violência; estar atento/a ao uso pela criança das tecnologias, evitando que ela acesse aplicativos, ou programas inadequados a idade; especialmente nesse período que a criança não tem filtro; absorve e reproduz comportamentos e forma o caráter e constrói os conceitos a partir de suas vivencias e experiências.
Na sequencia as famílias foram convidadas a acompanhar as crianças em suas salas de referência para realizar propostas de continuidade do cotidiano vivido experenciado.
As crianças e famílias juntas se divertiram realizando as brincadeiras preferidas das crianças, participando das suas rotinas e dos momentos mais significativos as mesmas.
Foi apaixonante ver as crianças junto com as famílias tornando o sábado, num dia de ações cotidianas do CMEI.
As máscaras não foram capazes de esconder a satisfação das crianças no exercício protagonista, de saberes experenciado dentro da unidade e que oportunamente as famílias estavam descobrindo, nelas as competências, os saberes. As mãos se uniram e confeccionaram brinquedos, depois brincaram. Andaram pelos corredores, salas, pátios; as crianças mostrando o ambiente que é dela. Um universo que normalmente a família não enxerga.
Os momentos foram memoráveis, de cumplicidade entre a criança e a família. Estavam todos/as ali, vivenciando cada momento, na inteireza, sem pressa, se divertindo, esquecidas do tempo, dos afazeres lá fora...
É a vida sentida, vivida; a infância dizendo o que realmente importa.
Os bens materiais, os brinquedos são quebrados, descartados, substituídos,
As relações permanecem, marcam a vida para sempre.
Autor:
Ivete Bussolo
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Fonte:
Ivete Bussolo