Rede de Proteção

    Publicado por:  Caroline Kupczki Krezko

Eu Servidora Pública, pessoa adulta, qual é o meu papel na defesa da criança, do adolescente, das pessoas vulneráveis?

Dialogando com as Redes Locais. Hoje participei de uma mesa redonda com outras/os representantes da Rede de Proteção, para uma conversa, abordando ações exitosas e ouvidas dos participantes as suas proposições e esclarecendo pontos, que para algumas pessoas não estavam tão claras assim; ainda, ouvindo exemplos nobres de casos bem sucedidos.
A I Jornada Curitibana – Equidade, Família e Rede de Proteção/ II Fórum Transformando Realidades: Equidade na Educação/ II Fórum da Rede de Proteção está enriquecendo; mostrando por meio de exposições, comunicações e rodas de conversas, que é possível fazer diferente e que as realidades de muitas pessoas vulneráveis estão sendo modificada, transformada e devolvida a dignidade das pessoas humanas.
Voltemos a Rede de Proteção. Este trabalho intersetorial, onde cada equipamento assume o seu papel com ações de prevenção e intervenção, se necessário para evitar e ajudar a tirar crianças, adolescentes, deficientes, mulheres, idosos e todas as pessoas em situação de vulnerabilidade.
É fundamental criar um cerco, lançar a Rede e ter o olhar sensível e acolhedor as crianças e famílias; construir vínculo para que a crianças, adolescente, a mulher, o idoso confie e busque ajuda, se necessário for.
Nós enquanto integrantes da Rede de Proteção precisamos entender que as capacitações, as reuniões da Rede Local, as ações que são discutidas e definidas pela Rede, elas precisam estar à frente das outras demandas; Elas são prioridades.
São vidas que precisam de proteção e a omissão poderá marcar a pessoa vulnerável para sempre.
O tipo de marca vai depender das atitudes que tomarmos. Elas poderão ser positivas, ou negativas.
Precisamos capacitar toda a equipe da unidade, desde as pessoas que cuidam da higienização, alimentação e principalmente as professoras, as enfermeiras, o educador social; as pessoas que estão diretamente envolvidas com a criança, que fazem parte do seu cotidiano.
O acolhimento, o vínculo vão potencializar para que caso, a criança, adolescente esteja vivendo uma violência, ela peça socorro, relate algo, dá pistas a fim de romper com o ciclo em que está sendo vítima.
E como disse hoje, “nós não precisamos saber tudo e nem fazer tudo, mas nós precisamos ter a capacidade de articular, para que as pessoas que sabem fazer, façam aquilo que nós não sabemos fazer.”
As ações intersetoriais trazem nobreza à causa; precisamos articular com o Conselho Tutelar, com a Saúde, a FAS, Educação Núcleo (agradeço o apoio da Fátima e Kátia representantes da Rede de Proteção, agora Rita Zem chefe de Núcleo, Sandra Articuladora pedagógica e toda equipe), com o Ministério Público, Guarda municipal e assim zelar pelas vidas das pessoas vulneráveis.
O determinismo provoca inércia. Não podemos ficar nos lamentos, nas desculpas de medo de denunciar, ou porque este ou aquele equipamento não faz a sua parte, por isso não vou fazer, não vai adiantar, as realidades não vão mudar; já são 18h acabou meu horário, é noite, é sábado, é domingo, estou de folga...
Noutro dia ouvi em um filme que não é a guerra o ódio que mais matam e sim a indiferença.
Esse sentimento, o mundo não precisa e muitos menos as pessoas vitimizadas; o que elas precisam é de empatia, de ações de cuidado, de proteção.

Autor: Dr. Eraldo Kuster, CMEI | Fonte: Ivete Bussolo
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