SME Educação

O programa Veredas Formativas, de formação continuada para profissionais da educação, já soma 22,9 mil inscrições para as opções ofertadas on-line desde o início da pandemia do coronavírus. Foram 77 projetos desde março.

Desde 2018, quando foi lançado, o Veredas tem impulsionado as ações voltadas ao desenvolvimento profissional na rede municipal de ensino. A secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila, destaca que já foram ofertadas mais de 144 mil vagas desde o lançamento.

O programa permite que cada profissional da rede curitibana de ensino escolha como fazer a formação continuada e foi formulado a partir de uma ampla pesquisa, realizada em 2017 com os servidores, para levantar o interesse e as necessidades em relação aos processos de formação profissional.

“Cada um escolhe seu itinerário, suas trilhas para o desenvolvimento profissional, a partir do olhar pessoal daquilo que é necessário para sua carreira, mas, sobretudo, para avançar na prática diária realizada na unidade de ensino”, resume Maria Sílvia.

O diretor do Departamento de Desenvolvimento Profissional (DDP) da Secretaria Municipal da Educação, João Reis, destaca que o departamento está recebendo projetos para o Veredas on-line.

“Durante o período de recesso as ações foram feitas pela indicação via portal de ações. E, após o recesso, em 13 de abril, as próprias unidades da rede começaram a produzir conteúdos formativos e o DDP organizou e validou as ações para certificação”, explica João Reis.

Mudanças para todos

“A pandemia nos mudou muito, tanto pessoalmente quanto profissionalmente”. A avaliação é da pedagoga Regiane Aparecida Maciel dos Santos, do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Hugo Peretti, na CIC. Ela, que já havia participado de formações presenciais do Veredas, aprovou também a versão on-line.

“Esse formativo interativo, em tempo real, é muito rico, e também sinaliza um formato que pode continuar a ser útil no futuro”, analisa. Ela participou de uma live com a professora Sandra Bozza, no final de maio. “O tema da alfabetização e o letramento sempre me encantam, gostei muito”, disse Regiane.

Desde o início da pandemia, ela conta que tem “mergulhado no mundo virtual” para trabalhar com a equipe de 58 pessoas do CMEI. “As salas Google facilitam esse trabalho remoto. Compartilhamos arquivos, analisamos os pareceres. Essa adaptação às novas tecnologias é só o começo. Esse vírus nos trouxe muitas perdas, mas também abriu muitas outras oportunidades”, pontua a pedagoga.

“A plataforma é um recurso de formação continuada onde compartilhamos saberes, ampliamos repertórios a respeito das questões teóricos e práticas. Com essas orientações e devolutivas, a sala Google do CMEI não só é um repositório de materiais para pesquisa, como também serve para ampliação de conhecimentos e desenvolvimento profissional”, completa Regiane.