Cerca de 250 professores da rede municipal de ensino participam, ao longo desta semana, das ações formativas sobre novas práticas que podem ser realizadas em sala de aula com os kits de robótica recém-adquiridos pela Secretaria Municipal da Educação. A formação, feita no Laboratório Pedagógico de Inovação (Lapi), reúne turmas de 50 profissionais por turno (manhã e tarde).
O conteúdo envolve o microduíno (kit que permite a montagem de protótipos e programação de robótica) e outras ferramentas, como computadores, lousas digitais, datashow, telefone celular e internet. “São abordadas maneiras de utilizar esse material contextualizado ao ambiente escolar, mostrando como os conteúdos curriculares podem ser trabalhados junto à tecnologia”, explica a coordenadora de Tecnologias Digitais e Inovação da Secretaria da Educação, Estela Endlich.
A professora responsável pela formação, Dagmar Heil Pocrifka, destaca que os recursos tecnológicos fazem parte da vida das pessoas, desde a infância até a fase adulta. “E é justamente esse direcionamento que trabalhamos com os professores, sobre o lado pedagógico dessa tecnologia e a necessidade de utilizá-las em sala de aula”, diz Dagmar.
Para Tatiane do Rocio Hanissetti, professora da Escola Municipal CEI Curitiba Ano 300 (Bairro Alto), é preciso inovar e reconhecer os recursos tecnológicos como necessários à adequação dos saberes. “São inúmeros os benefícios, como estímulo ao trabalho em equipe, incentivo à interdisciplinaridade, desenvolvimento de habilidades, criatividade, raciocínio, autonomia, entre outros”, analisa Tatiane.
Ao trabalhar com programação, os estudantes desenvolvem a criatividade e lidam com problemas práticos que abordam lições de Matemática, Ciências e Língua Portuguesa, por exemplo. “Programar é uma prática que, aliada ao currículo, pode dar oportunidade de fazer com que estudantes e professores possam desvendar o que está por trás dos aparelhos que utilizamos, sejam digitais ou desplugados”, afirma Dagmar.
A professora Edna Kikira, da Escola Municipal Newton Borges dos Reis, no Tatuquara, afirma que esta formação abriu um novo horizonte para ela. “A tecnologia encanta, mas para mim ainda é difícil de lidar. Então, participar de atividades e vivências é uma forma de começar a trabalhar a programação em sala de aula”, avalia Edna.
As escolas estão recebendo os novos kits desde o mês passado. São R$ 812 mil em investimentos da Prefeitura de Curitiba, que beneficiam 117 unidades, 250 professores e 12,8 mil curitibinhas. A próxima formação para profissionais será em junho.
O Lapi
Inaugurado em novembro do ano passado, o Lapi atende estudantes, comunidade e docentes. O espaço, que fica na sede da Secretaria da Educação, no Alto da Glória, tem impressora 3D, kits de robótica, chromebooks (computadores rápidos), kits de programação e óculos de realidade virtual.
Concebido num modelo inédito, foi o décimo espaço maker da cidade a funcionar como oficina de criatividade e criação de protótipos. Por conta da sua localização, beneficia principalmente os servidores da educação e os estudantes da Regional Matriz.
Autor:
SME
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Fonte:
Portal Cidade do Conhecimento - SME