No mês em que Curitba completa 322 anos a professora paulistana Camila Brito Rocha de Língua Portuguesa ficou inquieta, pois queria fazer algo especial e ao mesmo tempo diferente para homenagear a cidade que adotou como sua. Então a professora seguiu a idéia sugerida por seu esposo Allem Brito que também foi voluntário neste trabalho, e pensou em criar um jogo com os estudantes do 7ºano J, inspirada no famoso jogo do Código Da Vinci (que por sua vez é inspirado no filme, baseado na obra do escritor Dan Brown).
A professora lançou a ideia para os estudantes, que divididos em equipes abraçaram a ideia da professora Camila bastante empolgados. O objetivo era criar um jogo com tudo o que remetesse ao que fosse tipicamente curitibano, palavras, lugares, expressões, pontos turísticos... Na primeira etapa cada equipe listou os itens típicos de Curitiba e também trouxeram sugestões de casa. Na segunda, a tecnologia deu uma força, pois era necessário saber mais sobre os itens elencados pelos estudantes. Então a turma pesquisou em smartphones e no Laboratório de Informática sobre os pontos turísticos da cidade, o significado de algumas expressões e as palavras tipicamente curitibanas.
Para que pudessem criar as fichas do jogo com as dicas das especificidades de Curitiba, os alunos da professora Camila tiveram que jogar o jogo original “O Código da Vinci”, compreendendo que, quanto mais rápido adivinhassem qual era o lugar, ou monumento mostrado na ficha do jogo e nas palavras embaralhadas, e com menos pedidos de dicas, teriam direito a mais peças do quebra-cabeça. Ganhava o jogo a equipe que montava mais rápido o quebra-cabeça que mostrava belos pontos turísticos de Curitiba.
Assim, cada equipe ciente da lógica do jogo original, passou a se dedicar a criar as fichas com as dicas das coisas típicas de Curitiba. Com esse material, o voluntário Allem Brito, desenvolveu a arte final das cartinhas com as dicas, e também providenciou para que os quebra-cabeças com imagens do Jardim Botânico, Bondinho da Rua XV, Parque Tingui e a Ópera de Arame ficassem perfeitos. As equipes jogaram uma contra a outra, e tinham que adivinhar a resposta com o menor número de dicas possíveis para que conquistassem mais peças do quebra-cabeça e concluissem a montagem das imagens dos pontos turísticos da cidade.
Para a professora Camila “o resultado foi fantástico, os alunos participaram de uma competição saudável, aprenderam muitas coisas sobre os regionalismos, curiosidades da cidade que desconheciam, descobriram sobre o próprio bairro onde moram, as terras onde está instalado o Sítio Cercado pertenciam ao Izaque Ferreira da Cruz” (nome da rua principal do bairro). A professora paulistana relatou que ela também aprendeu muito durante as aulas sobre a cidade que escolheu pra ser sua.
Toda essa empolgação contagiou os estudantes do 7ºJ,entrevistados pela administradora de Página Patricia Molina. Para a estudante Heloiza Assis da Rocha, “foi muito legal o envolvimento entre os alunos, no jogo usamos palavras de Curitiba como piá, chineque, vina e bem no dia que fizemos as listas, veio chineque no lanche". “Eu gostei porque nós pesquisamos sobre as palavras e os lugares de Curitiba” contou a estudante Aline Cristine. Já para o estudante João Matheus Tricossi que conhecia o jogo original e também havia assistido o filme, a experiência “foi muito legal e nos ensinou a pensar rápido e a conhecer novos lugares de Curitiba”. Gustavo Cardoso e Cinthia Freitas adoraram jogar e aprender palavras e lugares da nossa cidade que ainda não tiveram a oportunidade de ir.
Convidamos todos os leitores da Página do CAIC a observarem atentamente as fotos que mostram as etapas deste maravilhoso trabalho."O trabalho da professora Camila foi realmente inusitado, todos interagiram e aprenderam mutuamente, foi fantástico!" colocou o diretor do CAIC BN Pedro Rodrigo de Andrade.Parabéns professora Camila por este belo trabalho de pesquisa, uso das tecnologias, criatividade e valorização na cultura curitibana!
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Autor:
Patricia Molina Treufeldt
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Fonte:
Camila Brito Rocha