Organização de Documentação Pedagógica

    Publicado por:  Dayanne Fabrili Gomes de O. Adams Evangelista

Na data de hoje, 26 de abril de 2019, as professoras do CMEI Vila Osternack tiveram um momento formativo tratando da elaboração da documentação pedagógica.

Refletindo sobre o que é, como fazer e para que serve, várias discussões foram levantadas, entre elas, o que documentar.

Em conversa, a diretora da Unidade e a pedagoga conversaram com as professoras sobre registrar e garantir os direitos de aprendizagem das crianças, tais como o brincar, explorar, conviver, expressar, entre outros, instigando para que se pensasse se todos estes direitos estão sendo garantidos no currículo oculto da Instituição, para além do que está posto legalmente, já que todas as ações traduzem a concepção de criança que o CMEI acredita.

As professoras deveriam responder às questões: O que já sei? Que autores conhecem ou precisam buscar para a autonomia intelectual? Como transportar o conhecimento teórico para a prática?

A diretora ainda tratou da origem da documentação. No questionamento: "Quando a humanidade começou a documentar?" a professora Geni Fogaça respondeu que desde o período rupestre, quando rituais e ações cotidianas eram registradas nas paredes das cavernas, tendo o homem sempre a importância de documentar.

Também foi falado sobre a fotografia como um recurso para resgistro e documento. Com as perguntas: A fotografia é neutra? Qual o fim da fotografia? Várias discussões foram levantadas. Num panorama traçado com vários exemplos de fotografia: de propaganda, de estereótipo, de registro histórico, poética, jornalística, a diretora e a pedagoga conversaram com as professoras sobre o poder da imagem, o propósito e a não neutralidade da mesma, citando ainda o livro "Fotografia" de Susan Sontag para quem se interessar mais pelo assunto. Também foi trazida em questão o cuidado para a não redundância na fotografia, sobre o cuidado de não se dizer duas vezes a mesma coisa, mas sim dotar de significado a mesma.

Alguns registros fotográficos da professora Alice Meireles também foram trazidos para qualificar a reflexão. Também trechos de alguns autores foram abordados, tais como Madalena Freire, Lóris Malaguzzi, Luciana Osteto e Paulo Focchi, e amparos legais, tais como a Base Nacional Comum, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 e as Diretrizes Curriculares Nacionais.

As professoras refletiram sobre a importãncia do escutar, observar e registrar e discutiram a diferença entre registro e documentação, compreendendo que nem todo registro é documento, mas que todo documento depende de um bom registro.

Após, por aproximadamente 15 minutos fizeram uma visita no entorno do CMEI para fotografar com olhos de ver. Como Luciana Osteto cita: "o hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem", sendo assim, foram estimuladas a olhar com olhar de visitante, para observar o que nunca observam, e depois documentar, resumindo porque registraram aquela imagem.

Após esplanação das imagens entre os pares, as professoras se dirigiram para a sala de referência para trabalhar com a documentação pedagógica das crianças.

A professora Jeanete relatou que "através da escuta e observação, com um olhar mais atento, pode-se executar o registro com mais riqueza de detalhes e informações relativas ao trabalho pedagógico". A professora Valéria citou que "a prática vai levando ao aperfeiçoamento, já que o olhar vai ficando mais aprimorado".

E desta forma se encerrou a reunião de Organização de Documentação Pedagógica, com discussões, estudos, falas, vivências, reflexões e continuidade na documentação das crianças.

Autor: Vila Osternack, CMEI | Fonte: Dayanne Fabrilli Adams Evangelista
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