A Educação é sempre a grande aliada da sociedade. Dela que vem os métodos mais eficazes de conscientização e de transformação das realidades.
Diante do contexto do grande desafio de nosso país e de outros países no combate ao surto de Dengue, as professoras deram uma parada nos estudos pedagógicos para olhar o entorno e verificar a situação dos arredores.
No entanto, foram surpreendidas ao perceber que dentro dos limites da própria unidade havia agua parada: Lugar propício para mosquito transmissor do vírus da doença, o Aedes aegypti, se encubar. As soluções para os casos internos vieram de imediato. Recolhimento de pneus a locais secos, agua sanitária nas aguas paradas e posteriormente foi aumentado os furos dos pneus que estavam pequenos e retendo agua.
Na sequencia as professoras combatentes deixaram os muros do CMEI em direção aos arredores. Contexto que levaram as professoras perceberem o tamanho do desafio. Havia muitos casos de agua parada, constatando que não dariam conta sozinhas de solucionar os problemas. Imediatamente foi comunicada a chefe do Núcleo de Educação do Pinheirinho, Michele Zaremczyk, conversado com o responsável pelo terreno que está localizado ao lado do CMEI, em que havia muitas situações de agua parada; e dentro da unidade a equipe em conjunto criou estratégias para acabar com esses focos de agua parada. Entre as metas traçadas foram pensadas no envolvimento das instituições próximas: a Unidade de Saúde as Escolas Municipais, o Colégio Estadual, Instituições Religiosas, o Quartel General do Pinheirinho. E, assim que foi iniciado a ano letivo com as crianças, elas e as famílias foram envolvidas nessa batalha e aí, o resultado com certeza há de aparecer.
Dentre as ações realizadas no CMEI e junto com as famílias destacam-se conversas com as professoras e equipe das empresas terceirizadas sobre os cuidados, prevenção e combate do mosquito, denúncia de focos de possíveis criadouros do mosquito aos órgãos competentes, propostas de atividades através de imagens do mosquito Aedes aegypti, rodas de conversas falando sobre os possíveis focos que poderiam ter em casa, confecção de crachás para as crianças de agentes combatentes do mosquito, propostas de desenhos para as crianças de situações que ajudam a combater o mosquito, informativos de orientações sobre cuidados de prevenção e combate aos focos da dengue, criação de mural informativo sobre os cuidados para evitar a dengue, zika e chicungunha, orientações sobre o uso de repelentes, informativos enviados as famílias, informações em sábado de integração sobre os riscos da dengue e como se prevenir contra ela, mobilização de instituições religiosas e outros organismos para combater o mosquito e parceria com a Unidade de Saúde Vila Machado com orientações as crianças e denúncias para apurar possíveis focos dos mosquitos.
A educação pode ser a maior motivadora, parceira da sociedade, no entanto se cada cidadão não fizer a sua parte, não há situação de amplitude macro que sejam resolvidas.
Os primeiros passos já foram dados, mas tem ainda um grande percurso a ser percorrido.
A sociedade tende em achar que as políticas públicas devem dar conta de combater os mosquitos e evitar os possíveis contágios. De fato, seria possível se cada cidadão cumprisse o seu papel.
É necessário um trabalho de formiguinha para aos poucos mudar as concepções e comportamentos de muitas pessoas. Quando o problema é grande demais e a não solução pode gerar uma situação de calamidade pública, como é o caso da dengue, não dá para ficar dizendo de quem é a responsabilidade. A causa é maior é o bem-estar de uma sociedade, de um povo, de um planeta. E nesse caso todos são responsáveis. E depois se cada um cumprisse com sua parte e cuidasse do seu quintal, não seria necessário convocar um batalhão para entrar em guerra contra os mosquitos e dos os possíveis focos dessa doença que está assombrando os nossos dias.
Autor:
Dr. Eraldo Kuster, CMEI
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Fonte:
Diretora Ivete Bussolo