O acolhimento das turmas dos prés e maternal II nos dias 29 e 30 de julho, aconteceram nos dias mais frios de Curitiba e com uma inebriante geada, que fazia brilhar os olhos e os sorrisos por trás das máscaras, em meio a tantos eventos inéditos. Quanto ao acolhimento das maternais I, nos dias 05 e 06 de agosto, o assunto frio foi ofuscado pelo plantio de flores em garrafas pet, que pela intervenção anterior das professoras e depois das crianças e famílias, trouxeram a mais terna beleza no ambiente. E nós adultos inebriados pela ternura das crianças e pelos os fenômenos que estavam ai, diante de nossos olhos.
As crianças dos prés e maternal II foram chegando, acompanhadas de um responsável, cheias de agasalhados, toucas, cachecol, luvas; a máscara, que ganhou uma nova função e trouxe, mais um benefício, a proteção do rosto do frio. Elas estavam radiantes, felizes; a temperatura de 0º, foi encarada com naturalidade e ainda trouxeram elementos para embalar as conversas das crianças que estavam com saudades e muita vontade de falar, sobre suas vidas e tudo que estava acontecendo.
Na semana em que chegaram as crianças bem pequenas, as saudades não foram, tão expressadas, a metade das crianças, ainda nunca tinham frequentado o CMEI e outras tinham vindo apenas uma semana. Elas estavam acostumadas a ver as professoras através de vídeos no whatsapp e criaram vínculo através desse instrumentos e pelas propostas enviadas nas entregas de kits, tendo a família como mediadora; E, ficaram felizes de encontrar pessoalmente as professoras, ainda que pequenas, elas sabiam o significado de estar neste lugar; um espaço de muitas possibilidades. Elas com aquela idade marcada pelo grande desejo de exploração, iam caminhando pelos ambientes, entrando em todas as portas, cantos que encontravam; havia muitas descobertas a fazer...
Faço um parêntese aqui para observar, um benefícios marcante da educação remota pelo whatsapp, havia um grau de intimidade e cumplicidade, muito grande entre as famílias, professoras e todo CMEI. No período só presencial, por mais que a famílias estavam bem presentes na vida da criança na unidade, havia aspectos das aprendizagens e momentos vividos, sentidos neste ambiente, que a família não participava e que o contexto atual, deu a família, um protagonismo mediador, das aprendizagens bem importante.
Morar numa Cidade Educadora é naturalmente perceber, como os fenômenos naturais influenciam sobre nossas vidas. Transformam o ambiente, altera a paisagem, trazem beleza, encanta; interferem no comportamento, na forma de agir e trazem aprendizagem significativas, das experiências vividas, sentidas, observadas, em todas as circunstâncias.
As professoras moradoras da Cidade Educadora, dotadas da saberes da experiência, de outros anos no CMEI Dr. Eraldo Kuster, no dia da grande geada, ao chegar no CMEI foram direto ao parque externo. Mesmo já tendo vivido a experiência da geada, em outros anos, ainda assim, foram tomadas pelo espanto, admiração ao contemplar, pisar sobre a grama tomada pela geada e registrar a beleza do fenômeno.
As crianças acompanhadas pelas famílias, também se dirigiram ao ambiente externo para olhar, sentir, experimentar, criar suas hipóteses, construir aprendizagens. Algumas preferiram apenas, olhar, outras pisavam na grama e espantadas, comentavam sobre o barulho do gelinho ao pisar, falavam da brancura, da beleza da geada, da sensação de frio e muito mais.
No acolhimento dos maternais I, a ternura e a movimentação deram o sincronismo perfeito do cotidiano do CMEI, que tanto sentíamos saudades. Ver os pequenos e pequenas caminhando pelos corredores, indo em direção das salas e entrando em todos os espaços que encontram para explorar, descobrir o que havia nesses ambientes.
O tom do retorno ao CMEI, foi assim, cheio de ternura, ansiedade, alegria, sensações, experiências, apontando um horizonte esperanço e bom demais de viver...
Autor:
Ivete Bussolo
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Fonte:
Ivete Bussolo