Os primeiros registros visuais da criança acontecem pela exploração do seu ambiente, onde todo e qualquer suporte é utilizado. Uma parede, a mesa da cozinha, o armário da sala, o seu próprio corpo e assim por diante, pois, para a criança, o mais importante é perceber as marcas deixadas no contato entre riscante e o suporte pela ação de seu movimento. Para a criança não existem limites. Cada criança passa por um processo de desenvolvimento gráfico que é singular e torna-se fundamental compreender esse percurso desde os seus primeiros registros. No início, o desenho é uma ação sobre uma superfície. A criança sente prazer no movimento e na percepção de uma marca. O riscante, seja ele qual for, é uma extensão do seu corpo, um brinquedo. Gradativamente, a criança adquire mais controle sobre o gesto e surgem as primeiras formas. A partir dessa ação da criança, os registros emaranhados transformam-se em linhas onduladas e surgem as circunferências, ou seja as “bolinhas”. O desenho ganha uma carga simbólica e um nome e, mesmo que mude o significado, é o início da representação. Quando a criança adquire mais controle sobre o traçado, surgem os agrupamentos, repetições e combinações de elementos gráficos, é o início da figuração. O circulo vira cabeça, por exemplo, a ação começa a ser planejada. Gradativamente, as formas se tornam mais estruturadas e a criança percebe regularidades ou códigos de representação das imagens do entorno. Por meio do desenho, ela cria e recria formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão, sensibilidade e conhecimento.
Texto extraído do Caderno Pedagógico Educação Infantil – Arte. Secretaria Municipal da Educação. Curitiba: SME, 2011.
Faz parte da rotina de nosso CMEI, o planejamento e organização dos suportes e riscantes para que nossas crianças possam ampliar seus percursos gráficos. O desenho é uma atividade permanente diária, onde as crianças de Berçário 2, Maternal 1, Maternal 2, Pré 1 e Pré 2 participam. Os suportes usados são: a areia, a calçada, papéis de diferentes texturas e cores, paredes, portas de armários, mesas, folhas de árvores, pedaços de madeiras e até mesmo o corpo da criança. Os riscantes usados são: Canetas, canetinhas, carvão, gravetos, tocos de madeiras, giz cera, tintas.
Autor:
Ubatuba/Tambaú, CMEI
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Fonte:
EQUIPE PEDAGÓGICA ADMINISTRATIVA