Minicasas polonesas: arte produzida por pais e filhos

    Publicado por:  Sandra Mara de Lima

Cerca de 80 minicasas polonesas construídas por estudantes de 5º ano da Escola Municipal dos Vinhedos, no bairro Santa Felicidade, e seus pais estão expostas no hall do Edifício Delta (Avenida João Gualberto, 623) até a próxima sexta-feira (11/8). Na segunda-feira (7/8), dia da abertura, pais e mães deixaram as atividades profissionais, logo após o almoço, para acompanhar os filhos na abertura da exposição.

“A proposta era desenvolver um trabalho que exigisse não só pesquisa, mas a reunião das famílias dos estudantes em torno dele. Foi um desafio que eles aceitaram e venceram com muito entusiasmo”, conta a professora Nanci Vinhas Pohl, que desenvolveu o projeto ao lado da colega Márcia Hampe Mafra.

Famílias reunidas

A ideia deu certo. Além de entusiasmar os alunos, que leram, viram filmes e conversaram com os adultos sobre como eram as antigas residências dos imigrantes, a atividade mexeu com o lado criança dos pais.

A ideia da atividade nasceu há menos de três meses, depois de uma visita à exposição de réplicas criadas pelo artista Sérgio Serena, na Rua da Cidadania da região, por conta de uma aula de campo do programa Linhas do Conhecimento.

O microempresário da área de telefonia Darci Santana da Silva foi um deles. Durante três dias – um sábado e o fim de semana seguinte – ele e o filho Alisson, de 9 anos, deram vida à réplica de uma das casas expostas no Bosque João Paulo II, o Bosque do Papa. A obra foi feita com pequenas ripas de eucalipto envelhecido, papelão esmaltado e cola.

Descendente de poloneses por parte da avó paterna, de sobrenome Lechenski, Silva já havia construído uma casa de madeira de verdade para o pai, que não se adaptou à de alvenaria. Alisson conhece bem a história e pesquisou ainda mais. Tímido, o garoto conta que caprichou no trabalho porque achou o assunto “legal”.

A confeiteira Franciele Santos Rugiski aderiu à empolgação de Giovanne, de 9 anos, logo que ele chegou em casa contando sobre o trabalho que teriam de fazer. “Falei pra ele: o dziadzio (como o menino chama o avô) vai amar”, referindo-se ao avô Silvestro Rugiski. Foi ele quem falou para o neto sobre as cores vivas das casas que conhecia – um das características desse tipo de edificação. “Ele já vive isso que foi o assunto do trabalho. Por isso a empolgação, o orgulho de falar de algo que também tem a ver com ele”, disse Franciele.

Pai da falante Beatriz, de 10 anos, o professor de Educação Física Michael Rebinski combinou com a filha de fazerem uma capelinha, que também lembra uma das edificações do Bosque do Papa – ambiente familiar para os Rebinski, visitantes habituais do local. “Afinal, a religiosidade é uma marca forte dessa cultura”, observa.

Para executar a capelinha, foram usados muitos palitos de sorvete, cola quente e cerca de 20 horas de trabalho. “Era cola pra todo lado. Eu me diverti muito”, lembra Beatriz, em meio às colegas.

Autor: NRE Santa Felicidade | Fonte: Secretaria Municipal da Educação
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Mini casas polonesas
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