Mama Nenê

    Publicado por:  Andreia Correa de Azevedo

O Programa Mama Nenê, resultado da parceria entre a Secretaria Municipal da Educação e Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, tem como objetivo intensificar o aleitamento materno nos CMEIs e CEIs Contratados.
Além da possibilidade de amamentar, as mães podem armazenar o leite que será oferecido aos seus filhos pelos profissionais da Educação Infantil. Para isso, lactaristas e professores de educação infantil que atuam nos berçários dos CMEIs e CEIs Contratados e profissionais das Unidades de Saúde, conhecem o programa e participam de cursos para receber os fundamentos e as orientações de como apoiar as mães na amamentação dos bebês.

As orientações são feitas pela equipe da Secretaria Municipal da Saúde por meio do Programa de Aleitamento Materno – PROAMA e pela equipe do Departamento de Educação Infantil da Secretaria Municipal da Educação Infantil.

Há nove anos, o programa Mama Nenê, tem assegurado os benefícios da amamentação para bebês atendidos nas Unidades. Conforme a Prefeitura de Curitiba (http://www.curitiba.pr.gov.br) o programa reúne um conjunto de medidas que incentiva, apoia e promove o aleitamento e já beneficiou 4.862 bebês que continuaram mamando ou recebendo o leite de suas mães, mesmo no ambiente escolar.

No dia 31 de março, os resultados alcançados com o programa foram festejados e houve a entrega de certificação para 134 CMEIs e 4 Ceis como Instituições de Educação Infantil que incentivam o aleitamento materno.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Neste evento o CMEI Jaridm Alegre, além de garantir a certificação pelo terceiro ano consecutivo, apresentou o relato da família da Gioconda Antonela Paulo Polesi, tendo seus pais  Reginaldo e Simone como participantes do Programa e do grupo de apoio às mães que amamentam na Unidade.

O CMEI Jardim Alegre participa do Programa Mama Nenê desde 2012 e reserva um espaço especial, privativo e confortável para amamentação, utilizado pelas mães e seus bebês.

Como prática desde 2013, o CMEI Jardim Alegre instituiu o grupo de apoio às mães que amamentam, no qual há troca de experiências e muito incentivo ao aleitamento materno, extendendo-se às mães de toda a comunidade.

Em 2016, o grupo reuniu-se no dia 14 de abril e promoveu um momento de compartilhamento de informações, refletindo sobre mitos e verdades sobre o tema.

- Faz bem para a saúde do bebê.

Verdade. Por ser rico em água, proteínas e sais minerais, o leite materno contém todos os nutrientes que o bebê precisa consumir até o sexto mês de vida. Ele ainda ajuda a desenvolver o sistema imunológico da criança e é o recurso mais eficiente para protegê-la de alergias e infecções nos primeiros meses. Além disso, o ato de sugar trabalha toda a musculatura facial, o que facilita o desenvolvimento correto da arcada dentária. Já está comprovado que crianças que mamam regularmente até os seis meses falam, respiram e mastigam melhor que as demais, além de sofrerem menos com cólicas e de seu intestino funcionar de forma mais regular. Pesquisas também mostram que amamentar faz muito bem para a saúde da mãe e diminui as chances de ela ter câncer de mama ou de ovário.

- Meu leite é fraco.

Mito. Cada mãe produz o leite adequado para as necessidades de seu bebê, então, se a criança mama regularmente e está ganhando peso, a mãe pode ficar tranquila. O que acontece é uma confusão, já que o leite materno é menos encorpado e mais claro que o leite de vaca, mas isso não impede que seja rico em nutrientes.

- Estresse e nervosismo atrapalham a produção de leite.

Verdade. Mães que estão passando por situa­ções de estresse ou muita tensão produzem uma quantidade anormal de adrenalina, que bloqueia a oxitocina, um dos hormônios que influenciam na amamentação. Por isso, elas tendem a produzir leite em quantidade insuficiente. Nesse caso, vale a pena consultar o pediatra sobre a possibilidade de usar complementação.

- É um ótimo anticoncepcional.

Nem mito, nem verdade. A amamentação aumenta a produção de prolactina, hormônio que inibe a ovulação. Mas vale uma ressalva: o efeito anticoncepcional só vale nos casos em que o bebê mama regularmente – sempre a cada duas ou três horas, todos os dias, inclusive de madrugada. Quando a criança começa a espaçar os horários, a mãe precisa voltar a tomar anticoncepcionais. Hoje, há produtos compatíveis com a amamentação, que podem ser receitados pelo ginecologista.

- Silicone atrapalha a amamentação.

Mito. Nem implante de sili­co­­ne nem mamoplastia compro­metem a produção de leite ou costumam interferir na ama­mentação. Mesmo assim é bom avisar ao cirurgião plástico, antes da cirurgia, que você ainda pretende ter filhos. Assim, ele pode escolher a técnica de colocação dos implantes que afete menos a amamentação. Também é bom alertar o pedia­tra sobre a cirurgia, o que o aju­da a ter cuidado redobrado no acompanhamento do peso do bebê.

- Pegar sol nos seios ajuda.

Verdade. O contato com os raios solares aumenta a produção de vitamina D no corpo, o que fortalece a pele do seio e ajuda a evitar e a cicatrizar rachaduras nos mamilos. O ideal é começar a tomar sol ainda durante a gestação e manter o hábito durante o período de amamentação, por dez minutos, duas vezes ao dia, antes das 10 horas ou depois das 16 h.

- Exige uma série de adaptações no cardápio da mãe.

Mito. A recomendação é que a mãe siga um cardápio variado, rico em verduras, legumes, frutas, cereais integrais e carnes magras e pobre em produtos industrializados, gorduras, açúcares, sódio e condimentos. A única ressalva vai para leite e derivados e chocolate. O ideal é não abusar, já que eles geram cólicas no bebê.

- Acelera a perda de peso da mãe.

Verdade. Mantendo uma dieta rica e balanceada, a mãe que amamenta de maneira exclusiva nos primeiros meses volta mais rapidamente ao seu peso normal, já que o corpo gasta cerca de 700 calorias todos os dias somente para produzir leite para o bebê. Mas vale uma ressalva: não adianta comer demais ou errado. A amamentação ajuda, mas não faz milagres, e é preciso seguir uma dieta balanceada. A mãe ainda tem menos risco de hemorragia pós-parto e sofre menos com cólicas, já que, durante a amamentação, o útero se contrai e vai voltando ao normal.

- A criança deve mamar a cada duas ou três horas.

Mito. Não há uma regra e a periodicidade varia conforme o bebê. A única recomendação é que a mãe ofereça o leite em “livre demanda”, ou seja, toda vez em que o bebê sentir fome. Algumas crianças, com o passar das semanas, vão criando seu próprio horário e é comum quererem mamar a cada duas ou três horas, mas é importante que a mãe não restrinja a amamentação caso o bebê prefira mamar em um intervalo maior ou menor de tempo. De qualquer forma, é bom ficar de olho: se ele quer mamar a cada hora, é provável que esteja ingerindo pouco leite e é bom pedir orientação a um profissional para identificar o problema. Outra ressalva é que bebês que dormem demais devem ser acordados a cada quatro horas para mamar. Isso evita casos de desidratação, icterícia e hipoglicemia.

- É preciso revezar os dois seios para amamentar.

Mito. O ideal é que a mãe não interrompa e deixe o bebê mamar à vontade no primeiro seio. Isso é importante porque somente depois de alguns minutos o bebê consegue atingir o leite posterior, uma porção rica em açúcar e gordura que ajuda a criança a se saciar mais rápido e a ganhar peso. Se ele não chega a essa parte, acaba sentindo fome mais rapidamente e tende a acordar várias vezes ao longo do dia para mamar de novo. Caso ele se sacie com somente um seio, ela pode fazer a retirada do leite da outra mama, para não sentir dor, e fazer a doação desse material.

- Fortalece o vínculo de mãe e bebê.

Verdade. Quem já amamentou sabe: esse momento rende uma troca de carinho grande entre mãe e bebê e fortalece os laços entre os dois. Segundo as espe­cialistas, mesmo mulheres que passaram por gestações difíceis – inclusive as que estavam frus­tradas com uma gravidez não-planejada –, tendem a se apegar ao bebê quando começam a amamentar.

- Canjica e cerveja preta aumentam a produção de leite.

Mito. Não existe relação entre a ingestão de alimentos e o aumento ou diminuição da produção de leite. O que aumenta a quantidade de leite é a sucção regular da criança, portanto quanto mais ela mamar, mais leite a mãe vai produzir. Como o estado psicológico da mãe também influencia, vale a pena ficar calma e aproveitar a hora de amamentar para ouvir uma música, ler e ficar em um ambiente arejado e tranquilo.

- Quem volta ao trabalho após a licença-maternidade precisa parar de amamentar.

Mito. Isso é relativo. A lei garante que a mãe pode sair uma hora antes do trabalho ou realizar um intervalo especial para amamentar até o sexto mês. Outra opção é retirar o leite anteriormente, armazená-lo em recipientes higienizados e refrigerá-lo. Ele pode ficar guardado por 12 horas na geladeira e até 15 dias congelado no freezer. Para descongelar, basta deixá-lo em temperatura ambiente por algumas horas ou usar banho-maria.

- Amamentação deve ser exclusiva até os seis meses.

Verdade. O ideal é que a criança seja amamentada de maneira exclusiva até os seis e passe a mamar de maneira esporádica até os dois anos. Nesse período, a mãe deve intercalar a oferta de alimentos pastosos, sólidos e outros líquidos – é bom pedir orientação ao pediatra sobre as melhores opções –, e deixar o leite materno para períodos específicos, como só pela manhã ou antes de dormir.

- Existe uma posição ideal para amamentar.

Mito. A posição ideal é aquela em que a mãe e o bebê se sentem confortáveis, mas algumas dicas ajudam nesse momento. O melhor é que a mãe amamente sentada, segure sempre o bebê com a cabeça em seu cotovelo, leve a criança até a altura da mama e a mantenha bem próxima do seio, com a boca de frente para o mamilo. Note se a criança está com a boca bem aberta, com os lábios virados para fora e abocanhando a auréola, e não só o bico do seio, o que ajuda a tirar a quantidade de leite adequada. (FONTE: Jornal Gazeta do Povo, 10 de abril de 2012)

 

Agradecemos a todas as famílias pela participação no grupo de apoio às mães que amamentam e aos profissionais do CMEI que desenvolveram o trabalho!

Autor: Andréia Corrêa de Azevedo | Fonte: Jardim Alegre, CMEI
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Mama Nenê 2016
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