Explorar o patrimônio histórico e cultural de Pernambuco é o foco do jogo digital Guardiões da Justiça 1.0, desenvolvido pela Tangram Cultural e o Memorial da Justiça de Pernambuco. O game tem como objetivo amplificar o acesso à cultura regional para crianças entre os 4 e 8 anos de idade e pessoas de todas as idades com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), transtornos de aprendizagem e/ou deficiência intelectual. O aplicativo está disponível para download gratuito na App Store e no Google Play, em versão trilíngue (Português, Inglês e Libras).
Na narrativa do game, os participantes exploram a estação do Brum, antiga estação ferroviária do Recife, integrante do patrimônio cultural ferroviário brasileiro, onde funciona desde 1999 o museu do Memorial da Justiça de Pernambuco. No museu virtual, os jogadores são Guardiões da Justiça, e encontram personagens que apresentarão os temas do cangaço, da escravidão, da capoeira e do frevo.
Neste ambiente, os jogadores serão estimulados a praticar ações de cidadania e de educação patrimonial e a pensar sobre a importância da preservação do patrimônio. Pessoas com deficiência visual ou auditiva também terão acesso ao jogo por meio da inserção de recursos de acessibilidade comunicacional, como audiodescrição, Libras e legendas para surdos e ensurdecidos.
Ao entrar no game, o primeiro contato do jogador será com o prédio da antiga estação ferroviária, que abriga o museu do Memorial da Justiça de Pernambuco. Nessa fase, o usuário poderá conhecer o edifício e praticar ações voltadas à educação patrimonial. Em seguida, ele será introduzido nas outras temáticas, como a capoeira, o frevo, a escravidão e o cangaço. Os conteúdos selecionados para o jogo já estão presentes na exposição de longa duração do Memorial da Justiça, que trata sobre patrimônio.
O jogo foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar e realizado pela Tangram Cultural e Memorial da Justiça de Pernambuco/TJPE em um processo cíclico de etapas de produção, design, testagens, revisões e traduções. A ideia surgiu a partir de uma necessidade da equipe do Memorial de ter uma ferramenta que pudesse ajudar na mediação do museu com as crianças com deficiência, um público que só frequenta o Memorial eventualmente, quanto levado pelas escolas.
"Acreditamos que as barreiras existentes nos museus contribuam para esse afastamento das pessoas com deficiência. Assim, o jogo pode se tornar um grande produto para fazer essa aproximação acontecer, e de forma lúdica, garantindo os direitos constitucionais de acessibilidade universal”, explica Mônica de Pádua, gerente do Memorial da Justiça.
Para a sócia diretora da Tangram Cultural, Germana Pereira, o aplicativo dá a oportunidade para que os jogadores se sentirem mais próximos da história pernambucana. "Os jogadores terão a oportunidade de se envolver e se sentirem protagonistas de um enredo sobre as riquezas históricas pelas quais estão rodeadas, percebendo-se como herdeiras de um legado de grande valor patrimonial”, afirma Germana. A Tangram Cultural é empresa pernambucana voltada para o mercado de cultura, artes e entretenimento.
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Viver Diário
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