Paciência é uma virtude que será demanda dos estudantes da Escola Municipal Pilarzinho a partir de agora. Com a horta limpa, organizada e com as mudas plantadas, o processo de preparação acaba e inicia-se o exercício de rega e espera.
Com a orientação da professora Geruza Canton, na Oficina interdisciplinar “Pesquisar, Semear e Contar”, os estudantes já passaram por sete etapas para atingir o objetivo de desenvolver uma horta saudável e produtiva. “Iniciamos o processo desenvolvendo uma pesquisa sobre cada planta, envolvendo questões como: época de plantio, espaçamento entre mudas, ciclo e até de que maneira pode-se realizar a colheita. Fizemos o reconhecimento e a identificação das mudas, preparação dos canteiros para o plantio, medição dos espaços, em que trabalhamos situações problemas, construção de formas geométricas (triângulo e quadrado) para diferenciar as espécies de alface e finalizamos com a rega pré-plantio e com o plantio de fato”, conta a professora.
A oficina que faz parte da Prática de Acompanhamento Pedagógico em Língua Portuguesa e Matemática trabalhou de maneira lúdica e interdisciplinar diversos conteúdos das duas áreas do conhecimento tendo como recursos as pesquisas através de tecnologias da informação e comunicação, do vídeo “O menino que descobriu o vento” para instigar o interesse na busca pelo conhecimento e a inovação e a horta escolar, onde ocorreu grande parte do processo prático.
Durante as atividades os alunos foram desenvolvendo autonomia na relação com a horta e conseguiram resolver os desafios que foram aparecendo. Um exemplo foi o plantio das mudas com o espaçamento de 25 cm entre elas e de que maneira eles deveriam fazer para criar um triângulo equilátero. “Inicialmente seguimos a base do quadrado, mas logo vimos que o processo não deu certo. Nesse momento os estudantes começaram a pensar como poderiam criar o triângulo da maneira correta”, afirma Geruza. Depois de três tentativas, o aluno William Matheus de Lima Cordeiro teve a ideia de medir as linhas do triângulo pelo meio “percebi que a cada linha deveríamos diminuir o número de mudas plantadas”, afirma o estudante.
O projeto da horta já acontece há alguns anos na unidade e a cada ano que passa os professores conseguem extrair desse recurso experiências e abordagens diferenciadas. Além dos vegetais, que complementarão o almoço dos alunos da UEI, um dos espaços será usado para cultivar ervas aromáticas e temperos que serão usados pela professora Bruna S. Kawasinski para o desenvolvimento do Projeto JEPP do Sebrae.
Autor:
Gustavo L. de S. Prestini
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Fonte:
Pilarzinho, EM