Na quarta-feira (15/9), as escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) da cidade de Curitiba participam do Dia Mão na Massa, um dia para estimular os professores, crianças e estudantes para que desenvolvam juntos no seu cotidiano, propostas que envolvem a expressão e a criatividade na aprendizagem. A ação é uma iniciativa da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa (RBAC), movimento apoiado pela Fundação Lemann e pelo MIT Media Lab. Desde junho, a educação curitibana integra o Programa Escolas Criativas idealizado pela RBAC com apoio das fundações Lemann e Lego.
Esta concepção de educação, envolve a criatividade, aprendizagem e a construção de conhecimento na prática. Entendemos que não aconteceem um único momento, mas sim nas diferentes experiencias do cotidiano da unidade, que se significam a partir dos contextos intencionados e organizados as crianças, pois são inventivas, havidas em descobrir o mundo. Elas criam e recriam o cotidiano a partir das relações e interações com outras crianças, com os adultos, com o espaço e com os materiais disponibilizados. Desta forma, a organização deste cotidiano da educação infantil necessita estar em consonância com suas curiosidades e anseios, um cotidiano que cuida, respeita e permite as crianças a descobrir e a recriar o mundo. Catherine L’Ecuyer (p. 145)em seus livro Educar na curiosidade, nos traz que “podemos ensinar às crianças uma série de conceitos, de nomes de coisas, enchê-las de dados como se fossem máquinas inteligentes, mas, se não conseguirmos que o preâmbulo desse conhecimento tenha origem a curiosidade, não somente a aprendizagem não será sustentável, como não terá sentido.”
Desta forma, os espaços, os materiais disponibilizados nos contextos trazem a perspectiva do brincar heurístico, de colocar a mão na massa, de possibilitar a expressão pelas diferentes linguagens, do encontro dos saberes individuais e coletivos, construindo possibilidades de criar e sonhar. Elas atuam nestes inventando, pesquisando, observando, pensando sobre tudo que ocorre a sua volta, onde aprendem fazendo, testando e formulando hipóteses. As crianças são protagonistas do processo de ensino aprendizagem, pois não recebem ideias e sim criam ideias, como nos traz MitchelResnick. Este parte de um processo significativo de construção diária de sentidos, respeitando os direitos de aprendizagem das crianças, entrelaçando saberes nos diferentes campos de experiencia, olhando e observando os percursos inviduais neste rico coletivo.
Autor:
Ana Dombrowski Fukaya
|
Fonte:
CMEI Centro Cívico