Curitiba, 326 anos...
Eu amo, eu respeito, eu cuido pelo modo que sinto, pela forma que me mostram e que vejo...
Rubem Alves diz - professor preste atenção ao seu olhar, ele é mais importante que seu plano de aula. E Nietzsche defende que a primeira tarefa do professor é ensinar a ver.
Sim, nossos olhos têm o poder de transformar as realidades. Sendo assim o CMEI Dr. Eraldo Kuster, todos/as juntos/as olharam com muito carinho para a nossa cidade e para sua história.
Quando alguém faz aniversario nós gostamos de olhar para essa pessoa, pensar sobre ela, mostrar os seus feitos, falar o quanto significa; e, depois celebrar a sua vida...
Celebrar a vida de uma cidade significa celebrar a vida de todos/as que nela habitam!
O mês de março no CMEI Dr. Eraldo Kuster foi momento de lembrar, de olhar sobre nossa cidade, o nosso bairro, falar de seus feitos.
As famílias mostram o olhar que têm sobre Curitiba através de imagens e registros dos lugares preferidos, onde gostam de passear com a família, as boas lembranças da cidade...
As professoras e as crianças juntas olharam sobre nossa cidade e enxergaram com os olhos encantados. As crianças têm essa capacidade de se encartar com tudo que vê e encantar quem está por perto, ao mostrar com os olhos encantados.
Nas rodas da conversas ao pensar sobre a cidade, sobre o que veem e sentem, as crianças falaram do frio, do calor, da chuva, da floresta (o mato que tem no fundo do CMEI); a natureza, os parques, o Shopping, o zoológico, ônibus verde de dois andares que passeou com a família, o ônibus vermelho para ir ao Shopping, o amarelo que vai à casa da avó, o ônibus azul que vai para a Praça Carlos Gomes, esse é o preferido. (dos adultos também)
No passeio ao entorno, as professoras até apontaram alguns caminhos, paisagens marcantes, os moradores que as crianças encontraram no caminho, que pararam na frente das casas para conversar, especialmente os idosos, mostraram belas histórias de nossa cidade, mas quem mostrou o que estava vendo mesmo, foram às crianças; elas viram e mostraram a galinha, a pedra diferente, o graveto, a formiga, o bichinho, as flores na beirada do caminho, no meio da mata, o rio (córrego que passa atrás do CMEI). Ali elas pararam e escutaram o barulho da pequena correnteza, se abaixaram, encurvaram o corpo para ver a água correndo embaixo das árvores; enxergaram à árvore alta, a baixa, a grama e olharam para alguns lixos ao chão; Ah, jogar lixo no chão, isso não é atitude de Curitibano e muito do que viram elas coletaram, elas estavam ajuntando tesouros de nossa cidade, de nossas histórias e colocando tudo no baú de suas cacholas (cabeças)...
Não dá para deixar de falar do Rafhael que conduzido em sua cadeira, participou de todos os momentos no passeio do entorno, nas conversas, nas construções da sala, até a margarina do cup cake que as crianças prepararam em conjunto com as professoras para cantar parabéns a Curitiba e depois saborear, ele ajudou a colocar e respondia a tudo que vivenciava, abrindo sua boquinha, com balbucios, muitos sorrisos e expressões de satisfação.
Enxergar a nossa amada Curitiba pelos olhos das crianças faz com que nos apaixonemos ainda mais pela cidade...
É a arte do olhar, das sutilezas, do encantamento, das aprendizagens significativas que se tornaram experiências e pra lá de significativas...
Parabéns Curitiba, parabéns aos/as cidadãos/ãs curitibanos/as, especialmente as crianças e toda comunidade educativa do CMEI Dr. Eraldo Kuster, que tem o encanto no olhar...
Autor:
Dr. Eraldo Kuster, CMEI
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Fonte:
Ivete Bussolo