Contextos Investigativos na Educação Infantil

    Publicado por:  Ana Beatriz Souza Cerqueira

          Com muita sensibilidade, neste dia 16.04.2021, tivemos uma manhã bastante prazerosa na companhia de  Daniela Mello, fisioterapeuta, pedagoga, psicopedagoga,  a qual  abraçou a Neurociência Aplicada a Aprendizagem.

         Através de sua vivência em Reggio Emilia, Toscana, Finlândia, entre outros países,  compartilhou sua experiência e seus estudos, projetos com as escolas do Rio de Janeiro, apontando a necessidade de repensarmos o contexto investigativo  e ressignificarmos nossa prática educativa de forma holística, tratando a escola como lugar de maravilhamento , tornando a BELEZA como um direito curricular, dando a criança o  direito ao sensível, reconhecendo-as como agentes transformadores!

      Através da História dos” Os Três Lobinhos e o Porco Mau”, do autor Eugene Trevizas, levando-nos a refletir sobre a estética, estabelecendo um movimento natural de estar na relação de beleza,  apontando  outros caminhos e possibilidades para novas relações com o outro, levando-nos a refletirmos  sobre a função da escola, tendo o educador  como desenvolvedor, o adulto que sustenta  a criança no contexto investigativo, abrindo espaço de tempo para a criança “SER”! 

       Tornando assim, a escola em um lugar reflexivo,  e transformando a cultura comunitária em currículo , em  conteúdo maior que podemos ter, considerando a necessidade de planejarmos espaços, refletirmos e interpretar, tornar visível o pensamento da criança! 

 

O que nós vemos das coisas são as coisas.

XXIV

O que nós vemos das coisas são as coisas.

Porque veríamos nós uma coisa se houvesse outra?

Porque é que ver e ouvir seria iludirmo-nos

Se ver e ouvir são ver e ouvir?

 

O essencial é saber ver,

Saber ver sem estar a pensar,

Saber ver quando se vê,

E nem pensar quando se vê,

Nem ver quando se pensa.

 

Mas isso (triste de nós que trazemos a alma vestida!),

Isso exige um estudo profundo,

Uma aprendizagem de desaprender

E uma sequestração na liberdade daquele convento

De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas

E as flores as penitentes convictas de um só dia,

Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas

Nem as flores senão flores,

Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.



13-3-1914 “O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993).

“O Guardador de Rebanhos”. 1ª publ. in Athena, nº 4. Lisboa: Jan. 1925.

 

Autor: Gerda dos Santos | Fonte: CMEI Centro Cívico
00292165.jpg
Dialogo Formativo Dani Mello
1/7