No próximo dia 7, 15 adolescentes de 15 anos da Escola Municipal Albert Schweitzer, na CIC, realizarão o sonho de ganhar um baile de debutante.
A organização do evento é do programa Comunidade Escola, da Secretaria Municipal da Educação, com apoio da Guarda Municipal e da comunidade local (empresários, profissionais de diversas áreas e moradores do bairro).
Essa é a segunda edição do baile, que já contemplou outras 15 estudantes no ano passado.
A festa, com a famosa valsa, vai reunir familiares e comunidade escolar a partir das 14h na quadra de esportes da unidade.
A confecção dos vestidos, aulas de dança, maquiagem e demais preparativos contam com o envolvimento de voluntários.
“Também incluímos aulas de campo na cidade, por meio do programa Linhas do Conhecimento. Elas participaram de curso de etiqueta urbana e foram ao Teatro Guaíra”, conta Andrea Barletta, responsável pela Coordenadoria de Projetos da Secretaria Municipal da Educação, departamento ao qual o Comunidade Escola está vinculado.
O programa oferece à comunidade atividades gratuitas de lazer, cultura e esportes nas escolas aos sábados, e já tem 29 unidades participantes, com mais de trinta mil pessoas beneficiadas.
Para a secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila, a iniciativa garante a oportunidade de toda comunidade usufruir de um espaço de lazer e formação.
“O Comunidade Escola é uma festa de encontros onde, para além das ações educacionais, estão as lições de cidadania, amizade, partilha e colaboração”, afirma Maria Sílvia.
Imigrante, Alfonso adotou Curitiba para viver e é um dos voluntários do baile
Alfonso Alejandro Santander Garcia, 20 anos, deixou Caracas, na Vanezuela, em dezembro de 2016. Para escapar da crise em seu país, o cabeleireiro foi para o Estado de Roraima em busca de uma vida melhor, com a mãe e a irmã. E assim começou a jornada que o trouxe à capital do Paraná, cidade que adotou como seu novo lar.
Começou a trabalhar, mas, depois de nove meses, decidiram procurar um novo lugar. Tentaram o Rio de Janeiro, em Cabo Frio e depois Búzios. Mas a irmã sempre cobrava que ele voltasse a estudar. Porém, na pequena área de Búzios, no litoral do Rio, não havia muita opção, lembra Alfonso.
Então a família pesquisou cidades com mais oportunidades e, entre São Paulo e Curitiba, os três decidiram desembarcar na capital do Paraná, há cerca de dois anos, em busca de empregos melhores e qualidade de vida.
“Eu estava trabalhando num salão ali perto do supermercado Extra da Avenida Kennedy. E minha irmã falando pra eu voltar a estudar. Então me matriculei num curso de produção audiovisual”, conta Alfonso.
Como também trabalha num padaria, conheceu uma professora, cliente do estabelecimento. “Claro que a primeira coisa que ela me perguntou foi se eu estava estudando”, lembra ele, rindo.
“Contei que fazia curso de audiovisual e aí ela comentou do baile para as meninas. Topei ajudar na hora, com o que eu sei fazer. É muito importante apoiar, pois recebi apoio aqui”, afirma o jovem.
“Sou muito feliz aqui. As pessoas são educadas, e é fácil se deslocar pela cidade nesse ônibus enorme que parece um metrô”, diz, referindo-se ao biarticulado.
Autor:
SME
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Fonte:
SME