Avaliação dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Educação Infantil

    Publicado por:  Caroline Kupczki Krezko

A Avaliação dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Educação Infantil aconteceu conforme previsto, sentando juntos/as e olhando para a unidade.

No sábado dia 19 de outubro de 2019 foi hora da equipe do CMEI e as famílias sentarem lado a lado e assim olhar os ambientes, as ações desenvolvidas no CMEI e analisar o que está bom e dar continuidade, o que é necessário avançar e como agir a fim de promover as mudanças, na garantia do respeito aos Direitos das crianças.  Há de se observar que as crianças também participaram de grande parte da avaliação, sendo assim, não foi bem um sentar e conversar, teve muito mais. 

A humanidade é assim, ela evolui se modifica no caminhar da vida e da história; nessa evolução, mudamos o nosso entendimento sobre os indicadores, sobre as coisas, como acontece o processo do desenvolvimento infantil, a concepção de criança e como ela vive essa infância, entendendo a criança como sujeito competente, capaz, que tem uma cultura própria e cultura familiar e traz consigo saberes da experiência vivida, em um tempo histórico.

Em posse da concepção de campos de aprendizagens, o olhar para os Parâmetros partiram dos Direitos de Aprendizagens: da criança de conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Tendo como eixo a interação e brincadeira; as estratégias para realizar a Avaliação dos Parâmetros fora interagindo, brincando; uma vez que as aprendizagens qualitativas acontecem experenciando, fazendo, as famílias e crianças, mediadas pelas professoras no primeiro momento vivenciaram situações que acontecem no cotidiano das crianças; o modo como a criança vive esse Direito no período de permanência no CMEI.

A organização aconteceu em subgrupos por turma das crianças. Cada grupo ficou responsável por avaliar um Direito dos Parâmetros, fundamentados nos Direitos de Aprendizagens. 

O grupo que ficou responsável pelo Direito da criança conviver em um espaço aconchegante, com beleza estética, seguro e desafiador; as famílias e crianças de forma lúdica exploram os ambientes internos e externos; plantaram flores dando mais estética e beleza aos ambientes, vivenciando na prática como as crianças vivem o Direito e de forma descontraída percorrendo os ambientes, conversaram sobre os espaços, analisando os aspectos que estão bons e o que é possível avançar.

O grupo responsável de avaliar o Direito a Brincadeira se divertiu fazendo uma caça ao tesouro que exemplificava os diferentes brinquedos e brincadeiras cotidianas das crianças se balançaram nas redes, entraram no mundo de faz de conta, brincaram com carrinhos, bonecas, jogos entre outras brincadeiras e depois conversaram sobre os brinquedos e brincadeiras presentes no cotidiano do CMEI.

Avaliando o Direito a Desenvolver a Identidade, o grupo realizou atividades de contato, de percepção de si e percepção do outro; atividades afetuosas de carinho, outras divertidas e cheias de movimento das mãos, dos pés e do corpo todo; ouviram histórias, realizaram roda de conversa falando sobre si e sobre o outro e refletindo as ações cotidianas das crianças e como elas exercem o Direito de participar das decisões e de se identifica e sentir-se pertencida ao ambiente.

A equipe do Direito da criança de Proteção, afeto e amizade numa conversa agradável e numa dinâmica, mais gostosa ainda, trataram de cuidar de um balão no ar sem deixar cair protegendo de todas as formas e ao mesmo tempo interagindo com as outras pessoas, protegendo a bexiga das outras pessoas, enquanto realizavam a dinâmica conversavam sobre a postura e o papel dos adultos nessa participação e papel das crianças e como se constrói a relação de confiança e amizade, entre as crianças, com as professoras e famílias.

O Direito de se expressar, nas diferentes linguagens as professoras se personificaram dentro de uma história cheia de magia e tendo acesso a diferentes tipos de materiais, elementos da natureza, riscantes, tintas, argila, entre outros materiais, as crianças, famílias e professoras se expressaram de forma livre e criativa nas diferentes linguagens. Concomitante a tudo isso conversaram sobre como as crianças exercem esse Direito que as crianças tanto amam, nos diferentes espaços da unidade.

O grupo responsável por avaliar o Direito das crianças de receberem alimentação saudável, conversaram bastante, percorreram os ambientes onde acontecem as alimentações das crianças e onde são preparados os alimentos; olharam os cardápios, os projetos de incentivo a alimentação, a horta e todas as ações realizadas na promoção da qualidade da alimentação e no envolvimento das famílias nesse processo, que são parceiras em todas as atividades e olharam com simpatia e de forma bem positiva.

Na sequencia todos os grupos incluindo as crianças se reuniram em um só grupo e através de imagens e conversas foi compartilhado momentos do cotidiano das crianças e suas interações entre elas, com as professoras, as famílias, equipes terceirizadas e todo ambiente educativo; como ela vive a Infância como tempo de Direitos.

 Os grupos realizaram uma síntese das conversas sobre o Direito que tinham ficado responsáveis a avaliar.  De forma democrática, foram apontados os aspectos positivos e negativos, havendo mudanças na avaliação de alguns critérios após consensar os olhares. A mãe de uma criança foi porta voz de sua filha que havia observado que as paredes da sala tinham buracos; critério que o grupo responsável pelo Direito dos espaços havia avaliado como consolidado, mas pela observação da mãe foi mudado, assim como teve critérios que o grupo menor avaliou como em processo e que o grupo maior entendeu como consolidado.

O Direito das crianças de ter profissionais capacitados e da gestão democrática foi analisado, exercendo a gestão democrática com a participação de todo o grupo. A voz é Direito de Todos/as e as crianças também participaram. Claro que não foi respondendo as perguntas conforme os parâmetros indicam, mas sinalizando, se como protagonistas estão sendo ouvidas; se o Conselho e toda comunidade educativa levando em consideração as vozes das crianças, necessidade, interesse e a cultura das crianças. Foi considerado que a gestão democrática está presente no cotidiano da unidade e que há grande respeito ao Direito de participação e que no CMEI Dr. Eraldo Kuster só há protagonistas.

Em relação aos Direitos das crianças, existem sim horizontes a seguir, caminhos que apontam a necessidades de avanços. Não por considerar que os Direitos das crianças não estão sendo respeitados, mas pela natureza humana inacabada que não para de evoluir no pensar, nas novas concepções e essas são seguidas a novos fazeres e novas ações.

 

 

Autor: Dr. Eraldo Kuster, CMEI | Fonte: Ivete Bussolo
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