No trabalho com as infâncias os olhinhos curiosos e sempre abertos às novidades ditam o rumo das investigações e descobertas. É por meio da estesia das crianças que aprendemos diariamente como entender seus sentimentos e sensações. E por isso é que temos como conteúdo a vida cotidiana da nossa unidade, que estabelece um fio condutor para a aprendizagem.
Investigando os espaços externos do nosso terreno, as crianças do Maternal 2 do CMEI Caiuá Ilhéus encontraram uma arvorezinha ainda pequena que instigou muitas perguntas. Descobrimos juntos que se tratava de uma amoreira ainda sem frutos e essa ausência acabou por chatear as crianças que logo procuraram pelas amorinhas. Por isso, as professoras Jéssica e Sara convidaram os pequenos para um breve passeio pelos arredores da unidade onde sabiam que encontrariam árvores mais velhas e carregadas de frutinhas.
A colheita das amorinhas nos rendeu uma vasta investigação e como quem costura diferentes retalhos em uma mesma colcha as professoras uniram ideias relevantes para a infância atreladas as possibilidades dessa experiência: desde a interação com o espaço onde habitam, às descobertas sobre os ciclos de vida, o clima e as transformações até as possibilidades artística e sensoriais.
No desenvolvimento das pesquisas das crianças elas puderam colher dos galhos as amoras que comeram in natura e também as já madurinhas caídas no chão, que viraram tinta natural tendo os pigmentos extraídos pelas mãozinhas ávidas das crianças. E ainda, pela quantidade recolhida nos organizamos para um deliciosa culinária de um bolinho sabor amora.
Das cores até os sabores, exploramos todas as possibilidades. E a organização desse material nos rendeu uma documentação especial a ser dividida com os demais, mostrando que é assim naturalmente e intencionalmente que construímos sentido e significado sobre a vida e sobre as coisas.
Autor:
CMEI Caiuá Ilhéus - Maternal II
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Fonte:
CMEI CAIUÁ iLHÉUS