Escola Municipal CEI Jorn. Cláudio Abramo, Escola Municipal

             A ARTE EM CONEXÃO COM A VIDA NA ESCOLA

               [...] não haverá criatividade na criança se não houver criatividade no adulto. Teremos uma criança competente e criativa se houver um adulto competente e criativo. [...]. Por essa razão é absolutamente indispensável reconsiderar a nossa relação com a arte como uma dimensão essencial do pensamento humano (RINALDI, 2012, p. 193).
              É nessa perspectiva de valorização da criatividade, do espaço para construção de identidades, no favorecimento de um ambiente que amplia e enriquece as interações com o outro em conexão com as linguagens que potencializam nossa dimensão humana, que o trabalho com os estudantes do CEI Jornalista Cláudio Abramo vivenciam propostas artísticas encaminhadas por seus professores. Dentre eles, a professora Raquel no trabalho com práticas artísticas em turmas de terceiros e quartos anos do período integral, vem movimentando interesses, curiosidades e descobertas.
              Num caminho permeado por “autorretrato – artista curitibano – arte – literatura – sentimentos    memórias – diversidade - laços - amizades” que muitas histórias foram surgindo. Histórias que foram sendo tecidas e amarradas a partir da leitura de um livro do artista curitibano Guga Cidral Boslooper chamado "O menino que amarrava tudo". Os estudantes foram instigados a relembrar momentos, compor autorretrato, compartilhar suas histórias e também surgiu a proposta de retratar o artista da história que passou a ter grande interesse para as turmas: “Quem é Guga?” virou um bordão divertido e curioso. Ana Júlia diz: “Vamos fechar os olhos e imaginar como ele pode ser?! Depois vamos desenhar o que vier na nossa imaginação. João, empolgado, fala: “Acho que ele é um adolescente que virou adulto, porque a professora leu que ele cresceu.” _ Guga Cidral, um menino brincante, um grande contador de histórias que ama fazer nós de felicidade, escritor e artista paranaense. _ Mas, ainda assim: “Quem é Guga?” 
               Aos poucos, com as condições de pesquisa e manifestações que a professora foi favorecendo nas aulas, o conhecimento sobre o artista foi crescendo e pelos espaços da escola foram surgindo escritas, imagens, desenhos, expressões diversas sobre este trabalho, alimentando a vontade de saber mais. Daví diz: “Estou curioso para conhecer seu amigo Guga, pessoalmente. Será que ele vem contar a história pra gente?” É fácil perceber que quando há o interesse real permeando as aulas, a aprendizagem acontece de maneira ampla e gostosa. Neste contexto significativo, estudantes e adultos vão tornando os dias na escola repletos de sentido, para buscar mais sobre o mundo em que vivemos e os saberes que nele circulam.
              Os próximos passos que estão sendo combinados, são: comunicar-se através de carta, e-mail ou mensagens para o artista e quem sabe, recebê-lo em nossa escola! Um livro autografado especialmente para as crianças já foi conquistado, agora vamos torcer para que o encontro com o “menino, jovem, adulto” Guga, se realize, completando a alegria de todos!