ACOLHIMENTO DAS CRIANÇAS E DAS FAMÍLIAS

    Publicado por:  Caroline Kupczki Krezko

A inserção das crianças no CMEI exige estratégias bem planejadas com olhar sensível ao acolhimento da criança e da família. A unidade deve dar o primeiro passo acolhendo a família já no ato da matricula. Sendo fundamental o estreitamento de vínculo entre a família e os profissionais para que ambos ajudem a criança a passar por esse processo de forma tranquila e sem traumas.

No CMEI Dr. Eraldo Kustero processo de acolhimento das crianças para frequência de 2018 começaram no ato da matrícula no final de 2017, com conversas e esclarecimentos sobre o trabalho desenvolvido pela a unidade, aos familiares das crianças de Pré escola. Após a matrícula a pedagoga realizou conversas individuais comos (as) responsáveis pela criança para fazer registros das características relevantes sobre o desenvolvimento da criança: hábitos, problemas de saúde da criança, etc. Levando em consideração que no CMEI, só de Pré escola abriram 60 vagas foi realizada ainda em dezembro de 2017 uma reunião acolhendo os familiares das crianças matriculadas com apresentação dos Princípios e Fins da Rede Municipal; a Proposta Pedagógica com imagens reais de ações desenvolvidas dentro da unidade, incluindo a rotina da criança, justificou-se a apresentação de normas, respeitando à criança e o ambiente de coletividade.

No inicio do ano letivo na SEP foram realizados estudos e conversas sobre o acolhimento sensível das crianças e das famílias, estreitando vínculo com os familiares para que esses ajudassem no processo de adaptação da criança. As professoras planejaram e organizaram os espaços da unidade de forma acolhedora, com propostas convidativas para que as crianças tivessem vontade de estar nos espaços e as famílias sentissem segurança ao deixar seu filho naquele ambiente.

E as crianças chegaram com seus cheiros, chupetas, objetos de apegos e queriam também, que o papai, a mamãe, o irmão, a irmã, a vovó, o vovô ficassem com ela. No primeiro momento até ficaram um pouquinho e no afastar-se vieram as inseguranças e então, vieram os abraços, as conversas, as brincadeiras. Foi necessário confortar não só a criança, mas também a família, que sentiam uma mistura de culpa, insegurança, perda e a dor da separação, ainda que fosse breve. 

A unidade necessita acolher e encontrar caminhos para acolher a família que se sente insegura, a família que tem dificuldade de adaptação por morar distante do CMEI, porque até então levavam juntas a criança para o trabalho; enfim haja criatividade e bom senso para conciliar encontrando saídas que respeitassem o tempo da criança e a necessidade da família.

Em conjunto com o processo de adaptação das crianças dos prés e das crianças que já frequentaram aconteceram as visitas famílias das crianças que haviam realizado solicitação de vagas com idade de creche.

Após as visitas, reuniões de conselho foi hora de matricular as crianças de Berçário e maternais. O processo de matrícula, entrevista com a pedagoga foram semelhantes aos das crianças de Pré escola. Somente a reunião com as famílias aconteceram, no primeiro dia de frequência, já na sala das crianças. As famílias no primeiro momento participaram da rotina em que a criança seria inserida, iniciaram dando, café, mamadeira, conforme a idade da criança. Na sequencia houve uma conversa com as famílias apresentando as ações desenvolvidas pela unidade, o Programa Mama Nenê entre outras propostas. Após as famílias acompanharam seus filhos visitando os espaços internos, permanecendo livremente por um pequeno período nesses espaços, demorando mais tempo no parque da área externa. As crianças amaram estar nesses espaços com a família, encerrando assim o primeiro dia da criança na unidade. No dia seguinte a adaptação seguiu conforme a possibilidade da família e necessidade da criança, permanecendo um breve momento junto a criança, outros (as) por um tempo maior e aos pouquinhos as crianças foram sentindo-se seguras para estar nesses espaços sem a presença de seus familiares.

Assim aos pouquinhos com alguns choros, que não pode ser ignorado, mas é normal; resistências a criança, mas sem traumas, foi sendo inserida, no primeiro ambiente em que teve a oportunidade de se relacionar coletivamente.

 

Autor: Dr. Eraldo Kuster, CMEI | Fonte: Ivete Bussolo
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