Na manhã desta segunda feira 01.06.2020, tivemos a honra de Dialogar com o nosso amado arte educador Guga Cidral.
Guga é formado em artes e comunicação, ator, escritor, cantor, integrante do grupo Tupi Pererê e um eterno brincante. Curitibano, apaixonado pela educação infantil e pelas coisas belas da vida, Guga nos presenteou com sua simplicidade e inteligência ao abordar temas que é de extrema importância para nós professores.
Assim neste diálogo criativo e inspirador, sob a perspectiva Triangular da Ana Mae Barbosa Guga evoca o marco histórico, do lugar e o marco histórico de cada um, dando destaque a celebrar as conquistas, as bagagens, oferecendo e partilhando nossos conhecimentos, principalmente com as crianças, oferecendo a elas uma escuta sensível, a presença, a potência, o silêncio, as histórias, as matérias, ao qual a criança seja o grande sujeito da experiência. Guga enfatiza a compreensão do corpo da criança como a primeira matéria, um corpo que se expande, que quer falar, narrar, que habita no espaço, que expande a matéria. Este corpo potente que nos faz repensar as nossas atitudes em relação a matéria, ao espaço e ao ser professor neste contexto, que ofereça essa expansão.
Foi trazendo ideias e estratégias sobre o espaço do CMEI, suas possibilidades e a reflexão dos contextos ofertados às crianças no cotidiano da educação infantil, a importância e as potencialidades dos materiais, da linguagem da arte e como tudo isso pode ser organizado em nossas práticas.
Enfatizou o brincar e a relação das crianças com as materialidades, do espaço corporal que a criança habita, pois é por meio da interação deste corpo com o outro e o entorno que a criança constrói seus conhecimentos, desta forma provoca a repensar a oferta e a organização dos espaços internos e externos da unidade, pensando na estética, na curiosidade e na forma como tudo é exposto a partir de determinada intencionalidade.
Nos instiga a pensar e organizar diversos contextos para as crianças inspirados nos onde as crianças podem explorar, investigar, descobrir, participar, criar, brincar, enfim... conhecer e se encantar. Enfatiza a potência dos materiais, de larga exploração, a importância dos professores conhecê-los, catalogá-los, planejar já pensando em possíveis possibilidades de interação. Pensar em colocar as crianças em contato com elementos onde possam deixar a imaginação fluir, interagir, criar, brincar , inventar.
Cada espaço criado dentro das unidades precisa ser planejado para o desenvolvimento individual e coletivo de nossos pequenos. Entendendo que respeitar o contexto individualizado e o tempo de percurso de cada criança é um dever , que nós professores temos que proporcionar a elas.
“A criatividade requer que a escola do conhecimento encontre a escola do expressar, abrindo portas - esse é o nosso lema - para as cem linguagens da criança.” (MALAGUZZI, apud Edwards, Gandini e Forman, pg. 68)
Referências:
As Cem Linguagens da Crianca – Edwards, Gandini e Forman. Porto Alegre: Ed. Penso, 2016
Autor:
Profª. Patricia Daniela Zanuncini
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Fonte:
CMEI Centro Cívico