“No descomeço era o verbo
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função do verbo, ele delira
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazer nascimentos –
O verbo tem que pegar delírio”
Manoel de Barros
O poeta Manoel de Barros mostra na sua poesia a infância como um território de liberdade. Crianças de todas as idades desfrutam deste lugar de ser e estar.
Manoel falava que somente as crianças e a poesia têm a capacidade de transformar o sentido das coisas, e assim ele criou um verbo próprio: “transver”. Novos sentidos, novos cheiros e olhares marcaram nossas primeiras semanas de atendimento as crianças bem pequenas e pequenas. Confira alguns desses momentos, de cenários de brincadeiras e experimentação.
Autor:
Fonseca, Cristiane
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Fonte:
CMEI Krasinski