PREÂMBULO
HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO:
A Escola Municipal Nossa Senhora da Luz dos Pinhais – Ensino Fundamental, foi construída pela companhia de Habitação Popular de Curitiba, recebendo o nome de Centro Educacional Nossa Senhora da Luz, no desejo de homenagear os pioneiros de nossa civilização, conforme prova o Decreto n º 200, de 21 de fevereiro de 1.967 da Prefeitura Municipal de Curitiba, está situado na Rua Davi Xavier da Silva , n º 841 , Vila Nossa Senhora da Luz, no bairro Cidade Industrial de Curitiba.
Esta comunidade formou-se com famílias oriundas das diversas favelas da capital, e portadoras de todo tipo de carências (física, social e moral), há aproximadamente 34 anos. Nos idos de 1965 , iniciou-se a construção deste núcleo habitacional que previa abrigar 10.880 habitantes. Em 1966, inaugurou-se e deu-se a ocupação, primeiramente com a vinda de 108 famílias , sem obedecer nenhum dos critérios estabelecidos no início de projeto, e continuou de forma anárquica e desordenada, como começou .Esta origem conturbada é a causa deste estabelecimento de ensino localizar-se em uma área onde entre os vários problemas , podemos destacar : delinqüencia juvenil, prostituição, mão-de-obra desqualificada, baixo nível sociocultural, renda per-capita aquém da necessidade familiar, expressivo número de mães solteiras (a maioria adolescentes ). Esta situação projeta sobre esta comunidade a existência de estereótipos e preconceitos.
Nestas últimas três décadas pode-se observar muitas mudanças no campo sanitário. A Vila ganhou um posto de saúde e as famílias que têm uma renda melhor buscam atendimento em hospitais de sua preferência. As casas apesar de serem pequenas e com superlotação são limpas e arejadas. E o lixo é recolhido pelo serviço público de limpeza.
Economicamente , o comércio impera no sentido de pequenos proprietários, e não raras vezes um dos responsáveis (pai ou mãe) trabalham fora de casa para complementar a renda familiar. Um dos problemas que afeta o setor econômico desta comunidade é o mesmo que afeta todo território nacional : o desemprego e o subemprego, diminuindo o poder aquisitivo de muitas famílias. Muitos adolescentes optam por evadir-se dos bancos escolares para prestar serviços, geralmente esporádicos aqui e ali, para satisfazer seus desejos imediatos. Esta situação gera uma quantidade expressiva de adultos e jovens ociosos, com pouco escolaridade, sem motivação para buscar mudanças.
A violência é altíssima, as tragédias familiares fazem parte do cotidiano e das histórias das crianças, a segurança é precária, poucos agentes na comunidade, e o desconhecimento da história desta, faz com que os policiais que ali atuam não tenham meios e preparação suficiente para conter as ações que amedrontam as pessoas que ali residem ou trabalham.
O lazer, ou melhor as atividades recreativas saudáveis destinadas às crianças, jovens e adultos não existem. Só tem direito ao lazer aqueles que conseguiram se estabelecer economicamente e tendo recursos disponíveis o procuram fora da Vila. Os programas sociais que poderiam se organizar para atender as necessidades da comunidade nesta área, devido à falta de integração não conseguem alcançar nem seus objetivos primeiros.
Culturalmente, e até por pesquisa já realizada, concluiu-se que os pais acreditam que a escola possa promovê-los socialmente e por isso matriculam seus filhos. O índice de evasão, nesta última década é baixo, quase nulo. O mais grave a repetência , que fica na maioria das vezes camuflada pela desistência.
Porém, percebe-se que a comunidade acostumou-se a esta forma de vida, assim não luta por mudança maiores, por acomodação e desconhecimento , só um trabalho comprometido, envolvendo membros da comunidade poderá despertá-la para buscar melhores condições de vida e cidadania.
Temos também um significativo número de alunos provenientes das áreas de invasão das vilas : Modelo, Resistência, Barigüi, entre outras, cuja situação continua de pobreza quase absoluta. Eles, não raro, fazem o trajeto para a escola sozinhos, enfrentando os perigos do trânsito nas travessias das ruas : desembargador Cid Campelo e Pedro Gusso.
Para a escola estes alunos representam um desafio maior. Além da distância, em caso de necessidade de contato com a família, a localização é dificultada , pois não há nem mesmo placas de indicação de ruas e telefone é praticamente inexistente.
Pelo Decreto n º 1.364 de 23 de outubro de 1.967 foi criada a Escola, seu funcionamento legal , só foi confirmado em 1.969 com Decreto n º 17.789 de 30 de dezembro de 1.969. A mais nova autorização de funcionamento foi obtida pela Resolução n º3.003 de 23 de novembro de 1.982. Sendo publicado em Diário Oficial de n º 1427 de 03 de dezembro de 1.982.
Na época eram 18 salas de aula e 1.186 alunos.
No dia 10 de abril de 1.976 foi inaugurado o bloco 4 da Escola, ampliando o prédio em mais 5 salas de aula.
Atualmente contamos com 21 salas de aula em funcionamento no três turnos, sendo 20 turmas no turno da manhã, 19 turmas no turno da tarde e 3 turmas no turno da noite com a Educação de Jovens e Adultos , (Deliberação n º 7 005/91 de 08.02.91) num total de 1.200 alunos matriculados. Nosso prédio escolar conta ainda com : duas Salas de Educação Artística, Biblioteca, Sala de Professores, Almoxarifado, Mecanografia, Sala de Projetos, Sala do Diretor, Vice-Diretor e Coordenador, Secretaria, Sala de Orientação e Supervisão, Sala de Educação Física, Cantina, um Depósito de Material de Limpeza e um Depósito de Merenda, dois banheiros para professores e funcionários, sendo um masculino e outro feminino, cinco banheiros para os alunos sendo três femininos e dois masculinos e quatro pátios internos.
Na parte externa contamos com cinco canchas de esporte, uma cancha de areia, uma sala para depósito de materiais de horticultura sendo utilizada , provisoriamente, para outros fins.
A Escola recebeu as seguintes denominações :
1. Centro Educacional Nossa Senhora da Luz – DEC.1364/67
2. Unidade Escolar Nossa Senhora da Luz – 1.971
3. Escola Fundamental Municipal Nossa Senhora da Luz – 1.973
4. Unidade Escolar Nossa Senhora da Luz – DEC.61/74
5. Escola de 1 º Grau Nossa Senhora da Luz dos Pinhais – DEC.624- de 27.09.1976
6. Escola Nossa Senhora da Luz - Ensino de 1 º Grau – 1.979
7. Escola Nossa Senhora da Luz dos Pinhais – Ensino de 1 º Grau – 1.981
8. Escola Municipal Nossa Senhora da Luz dos Pinhais – Ensino de 1º Grau - DEC. Nº 264/83
9. Escola Municipal Nossa Senhora da Luz dos Pinhais - Ensino Fundamental – DEC . nº 09/99 de 07/01/99.
Em 1.990, foi idealizado o programa de EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, que foi aprovado para experiência por dois anos; em 1.991 e já em 1.993, foi integrado ao Sistema Estadual de Ensino, dentro da área de Curitiba. Desde 1.993 se expande por toda a Rede Municipal de Ensino. A proposta foi criada pelo Parecer 001/91 aprovado em 07/02/1991 e pela DELIBERAÇÃO 005/91 de 08/02/1991 foi aprovada a PROPOSTA DE EDUAÇÃO BÁSICA DE JOVES E ADULTOS da rede Municipal por dois anos como experimento. Em 1993 através da RESOLUÇÃO nº 2629/93, que autoriza o desenvolvimento da PROPOSTA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DE JOVENS E ADULTOS a nível das 4 primeiras séries do 1º grau supletivo, com efeito retroativo a 04/01/1993.
Em 30 de junho de 1.967 , durante a gestão do então Prefeito de Curitiba Dr. Omar Sabbag a Escola foi inaugurada tendo como primeiro Diretor o Professor Frederico de Almeida Torres. Após ele, a Escola Municipal Nossa Senhora da Luz dos Pinhais – Ensino Fundamental, teve como Diretores as Professoras : Everli Romilde Stencil; Lucia Helena L. Fernandes; Rosemari B. Fraceschi ; Marli E. de Castro ; Maria de Nazareth P. F. Di Credo; Sandra Lenara N. de C. Smanhotto; Marina Beatriz Mattos, Eliane Benedetti,Ester Figueiredo Boell e atualmente a professora Eliane Benedetti.