Projeto Politico Pedagógico - CMEI SÃO JOÃO

 

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ANO 2016

          

  1. INTRODUÇÃO

 

O Projeto Político-Pedagógico (PPP) trata-se de uma exigência legal, expressa na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que permite a revelação da identidade da Instituição, de suas concepções e de seus objetivos, ao definir a natureza e o papel socioeducativo, político, cultural e ambiental da instituição, bem como sua organização e gestão curricular para subsidiar as ações educativas de cuidar e educar.

A importância do PPP do Centro Municipal de Educação São João leva em conta a trajetória da sua comunidade escolar, a sua cultura e sua história. Este documento foi criado não só para garantir um percurso educativo de sucesso para as crianças, como também para cumprir o seu compromisso com a comunidade.

  1. IDENTIFICAÇÃO
    1. Identificação:

Centro Municipal de Educação Infantil São João

 

      1.  Localização:

Rua: Professor Antônio Carlos Raimundo, 425 – São João – Curitiba/PR

      1.  CNPJ

N º 12.223.182/0001-49

 

      1.  Telefone

Nº 3372-4695

 

      1. E-mail

cmeisaojoao@sme.curitiba.pr.gov.br

 

    1. . Caracterização da instituição

O Centro Municipal de Educação Infantil São João foi municipalizado em 19/03/2009, sendo coordenado anteriormente pela Associação de Moradores Local, recebendo as seguintes denominações: Vó Raimunda, Hamilton Simioni e Semeando o Futuro.

O decreto de criação nº 1.570 entrou em vigor na data de publicação em 10/12/2009 e o período de transição ocorreu entre 19 de março a 06 de abril de 2009, sob a intervenção da Pedagoga Viviane Maria Alessi do Departamento de Educação Infantil. Aos sete dias do mês de abril assumiu a direção da unidade, Silvana Aparecida Pagliarini. Após a saída desta gestora, assumiram nas datas respectivas:

  • 2011: Cristiane de Fátima Gural Gerards
  • 2014: Eliane Rodrigues Volpi
  • 2016: Fernanda Werner

 

    1.  Organização do espaço físico

A observação do espaço físico torna-se indispensável se buscamos perspectiva de sucesso para o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças. Este espaço deve ser acolhedor e prazeroso para a criança visto que ali as crianças brincam e recriam suas brincadeiras, sentindo-se assim estimuladas e independentes. Neste sentido, Horn (2004, p28), explica que:

É no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações entre o mundo e as pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se inserem emoções [...] nessa dimensão o espaço é entendido como algo conjugado ao ambiente e vice-versa. Todavia é importante esclarecer que essa relação não se constitui de forma linear. Assim sendo, em um mesmo espaço podemos ter ambientes diferentes, pois a semelhança entre eles não significa que sejam iguais. Eles se definem com a relação que as pessoas constroem entre elas e o espaço organizado. (HORN 2004, p 28)

Diferentes ambientes se constituem no CMEI São João, sempre organizados pensando no bem estar e no desenvolvimento global das crianças. Desenvolvemos práticas em vários espaços para que a criatividade e o lúdico das crianças sejam aflorados.

 No CMEI São João entendemos que diferentes ambientes podem se constituir dentro dos espaços e, que é nosso dever trazer possibilidades de propostas tanto nos espaços internos quanto nos externos, considerando os elementos da cultura e do meio social em que as crianças estão inseridas.

Torna-se imprescindível promover  ambientes que favoreçam a construção da identidade individual e coletiva das crianças, a autonomia,  a independência, as relações e novas aprendizagens. Que seja planejado segundo as propostas desenvolvidas, oferecendo um ambiente variado e dinâmico, estimulando os sentidos que são essenciais ao desenvolvimento humano.

 De acordo com Oliveira (2000, p.158):

O ambiente, com ou sem o conhecimento do educador, envia mensagens e, os que aprendem, respondem a elas. A influência do meio através da interação possibilitada por seus elementos é contínua e penetrante. As crianças e ou os usuários dos espaços são os verdadeiros protagonistas da sua aprendizagem, na vivência ativa com outras pessoas e objetos, que possibilita descobertas pessoais num espaço onde será realizado um trabalho individualmente ou em pequenos grupos. (OLIVEIRA 2000, p158)

 

Sendo assim, os espaços devem ser construídos para criança e com a criança para exploração da mesma em uma relação de troca de saberes, de liberdade de ir e vir e interação total. Cabe ao professor reconhecer a verdadeira importancia do espaço, planejando propostas coerentes e autônomas, priorizando o protagonismo infantil.

Constantemente os espaços são reorganizados para atender as necessidades pedagógicas e de desenvolvimento das crianças, proporcionando espaços com novos desafios e contribuindo para o desenvolvimento integral das crianças. São criados cantos de atividades diversificadas, modificando os espaços em busca do novo, do atual e das culturas que as crianças nos trazem.

      1. Instalações e equipamentos

O CMEI possui quatro turmas – Berçário único, Maternal I, Maternal II e Pré II, no total de 85 crianças.

O CMEI São João possui a seguinte infraestrutura:

  • 1 sala para secretaria/direção
  • 1 sala para almoxarifado
  • 4 sala de atividades
  • 1 sala para a pedagoga
  • 1 sala para a permanência
  • 1 sala para Programa Mama Nenê
  • 1 trocador para berçário e maternal
  • 1 banheiros para funcionários
  • 2 banheiros adaptados para as crianças
  • 1 cozinha
  • 1 lactário
  • 1 refeitório para os funcionários
  • 1 refeitório para as crianças
  • 1 lavanderia
  • 1 parquinho
  • 1 pátio externo
  • Gramado frontal

 

Na área externa, parque de areia, cimento com casinha de bonecas e grama, e uma área semi-coberta utilizado como refeitório das crianças das crianças.

 

 

    1.  Acessibilidade

 

É nosso dever proporcionar todas as condições para o total desenvolvimento das potencialidades infantis e que seja respeitada a especificidade de todas as crianças. Assim sendo, faz-se necessário um olhar cuidadoso da equipe pedagógica/administrativa em consonância com professores e familiares, planejando ações eficazes que sempre possam atender com qualidade a todas as crianças que usufruem do CMEI.

No Centro Municipal de Educação Infantil São João, temos como prioridade garantir o desenvolvimento integral das crianças e em nossa infraestrutura temos rampa de acesso na entrada do CMEI e no interior não possuímos degraus para fácil acesso. Os banheiros e refeitório também permitem que a acessibilidade seja respeitada.

 

    1. Caracterização da clientela
      1.  Condições sócio-econômicas e culturais          

O CMEI está situado em uma região muito simples e a sua clientela têm características de classe baixa, prevalecendo a informalidade como renda familiar.Em relação à escolaridade cerca de 80% dos pais possuem apenas o ensino fundamental incompleto.

 Com relação ao acesso às ampliações culturais como: cinema, visita à biblioteca, museus e teatros, são pouco freqüentes e, mesmo o hábito da leitura não fazem parte do cotidiano das famílias. Isso faz-se nítido em nossos encontros com a comunidade em dias de integração e até mesmo em conversa formal.

 Assim sendo, torna-se um dever do CMEI promover eventos e propostas que promovam a ampliação cultural e de incentivo a leitura para as crianças e para a comunidade.

 

 

    1.  Caracterizações dos profissionais da instituição

 

Relação do corpo docente e Pedagógico-administrativo:

 

    1.  Plano de formação continuada

A formação continuada tem por objetivo o crescimento pessoal, profissional e consequentemente melhoria do atendimento às crianças.

É um instrumento que direciona as propostas pedagógicas, pois, através dele podemos determinar as prioridades, os recursos e os meios para melhor atuar com as crianças, provocando reflexões e mudanças no planejamento dos professores e em suas respectivas práticas.

Ele é realizado todo ano, pelo pedagogo do CMEI e tem a sua organização baseada nos seguintes itens:

  • Diagnóstico;
  • Foco do trabalho;
  • Objetivos de aprendizagem para os profissionais;
  • Ações;
  • Cronograma;
  • Avaliação.

É a partir dele que são realizadas as formações com o pedagogo da unidade junto aos professores visando aperfeiçoar o atendimento as crianças, dar suporte aos professores, subsidiando seus trabalhos, orientando a prática pedagógica e tirando suas dúvidas.

As formações são realizadas semanalmente, uma vez por semana com cada turma e são utilizadas diversas estratégias para tornar esse momento rico em aprendizagens e trocas. As estratégias mais utilizadas são:

  • Observação em sala das atividades realizadas;
  • Filmagem das propostas pedagógicas;
  • Leituras para embasamento dos professores;
  • Tematizações sobre as observações e filmagens;
  • Vídeos com sugestões práticas para serem feitas com as crianças, dentre outras

Para além de se compreender os processos de desenvolvimento pessoal e profissional do professor, é considerá-lo detentor de uma profissão na qual o próprio sujeito histórico é capaz de produzir o seu próprio ofício. O desafio atual, segundo NÓVOA (1992, p.27):

 [...] está na valorização de paradigmas de formação que promovam a preparação de professores reflexivos, que assumam a responsabilidade do seu próprio desenvolvimento profissional e que participem como protagonistas na implementação das políticas educativas. NÓVOA (1992, p.27)

Os momentos de permanências compreendem:  

  1. Estudos
  2. Reflexão da prática
  3. Planejamento
  4. Discussões de encaminhamentos pedagógicos
  5.   Acompanhamento do desenvolvimento infantil
  6.   Avaliação.

 

Conforme Diretrizes Curriculares para a Educação Municipal de Curitiba, a formação dos profissionais amplia e subsidia a prática:

Um importante aspecto do processo de formação continuada é respeitar o conhecimento prévio do profissional, destacando o que considera mais significativo, pois a ação que pratica é a que acredita ser a mais acertada. No espaço de formação, esse profissional precisa de elementos para refletir sobre suas práticas e rever suas crenças, no sentido de fundamentar e redimensionar suas ações (...) (CURITIBA, 2006, p. 33).

Em conformidade com a citação, a unidade deve proporcionar um espaço para a formação profissional, compreendendo que a qualidade da educação infantil dependerá concomitantemente da qualidade da formação dos profissionais que atuam com as crianças.

 

O papel do pedagogo como formador é complexo, envolve várias tarefas:

  • Criar um contexto investigativo de formação;
  • Analisar as necessidades formativas dos professores;
  • Analisar as práticas dos professores em sala;
  • Atuar em trânsito entre o papel de professor e o de formador;
  • Compreender os processos de aprendizagem do adulto-professor;
  • Fazer parte de um coletivo de formadores: o trabalho colaborativo

 

  1. OFERTA DA INSTITUIÇÃO

        A oferta da instituição encontra-se desta forma:  

  1. Berçário Único: 18 crianças, (3 meses à 1 ano e 7 meses;
  2. Maternal I: 22 crianças, (1 ano e 8 meses à 2 anos e 7 meses);
  3. Maternal II: 20 crianças, (2 anos e 8 meses à 3 anos e 11 meses);
  4. Pré II: 25 crianças, (4 anos à 5 anos)

 

  1. REGIME DE FUNCIONAMENTO
    1. Períodos

O atendimento no CMEI é em período integral das 07h00min às 18h00minh.

    1. Dias letivos

         A unidade atenderá de acordo com o calendário aprovado pela Coordenadoria Técnica de Estrutura e Funcionamento de Ensino. A Lei Federal no 12.796/2013 assegura a obrigatoriedade dos 200 dias letivos e das 800 horas de atendimento às crianças.

 

    1. Freqüência

Para as turmas de pré-escola a freqüência mínima é de 60%, conforme Lei Federal no 12.796/2013.

    1. Organizações de grupo

A oferta da unidade descrita abaixo atende a Deliberação 02/2012 da CME – Curitiba:

  1. 1 turma de Berçário Único com 18 crianças e 3 professoras de educação infantil;
  2. 1 turma de Maternal I com 20 crianças e 3 professoras de educação infantil;
  3. 1 turma de Maternal II com 20 crianças e 2 professoras educação infantil;
  4. 1 turma de Pré I e II com 25 crianças e 2 professoras educação infantil;

 

  1. PRINCIPIOS FILOSÓFICOS E EDUCACIONAIS
    1. Fins e objetivos

 

O Centro Municipal de Educação Infantil São João tem por finalidade e objetivo oferecer serviços educacionais para crianças de 3 meses a 5 anos, no curso de Educação Infantil, de acordo com o disposto na LDB 9.394/96.

Temos o dever de proporcionar às crianças situações prazerosas de descobertas e aprendizagens, com atenção ao desenvolvimento integral, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social para contribuir na formação de pessoas cidadãs conscientes de seus direitos e deveres.

      1. Da Educação Infantil

As Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil no Município de Curitiba apontam princípios, fundamentos e procedimentos com relação à organização, articulação, desenvolvimento e avaliação das propostas pedagógicas para orientar as instituições de ensino, que visam o desenvolvimento, aquisição da autonomia e vivências essenciais que levem a criança em direção ao conhecimento (eixo: integração e brincadeiras).

A linguagem, a socialização, a expressão, o brincar e o movimento aparecem como articuladores do desenvolvimento e do processo educativo que só se consolida através da interação com outros indivíduos. O trabalho educativo tem no EDUCAR e no CUIDAR a base de sustentação do processo de aprendizagem, sendo assim um olhar reflexivo sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil é essencial pois podemos incorporar os avanços em busca da qualidade.

Sabemos que a primeira etapa da Educação Básica tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de zero a cinco anos de idade em seus aspectos físicos, sociais, intelectuais, lingüísticos e afetivos, complementando a ação da família e da comunidade como aponta a lei nº 9.394/96.art 29.

Temos o dever de assegurar o desenvolvimento do educando formando-o para o exercício da cidadania e sua inserção e apropriação da cultura e torna-se de responsabilidade das instituições que ofertam esta etapa da educação básica o desempenho de um papel ativo na construção de uma sociedade livre, justa, solidária e sócio ambientalista.

Conforme a Deliberação 02/2005, em seu artigo 8º: O trabalho educativo deve propiciar:

I – a constituição de conhecimentos e valores pela e com a criança:

II – o contato com as múltiplas linguagens de forma significativa, não havendo sobreposição do domínio do código escrito sobre as demais atividades;

III – o jogo e o brinquedo como formas de aprendizagem importantes a serem utilizadas com a criança, uma vez que articulam o conhecimento em relação ao mundo;

IV – observar, respeitar e preservar a natureza;

V – estimular a criatividade, a autonomia, a curiosidade, o senso crítico, o valor estético e cultural.

 

Dessa forma, pretende-se oferecer à criança condições para o seu desenvolvimento pleno. Respaldamos o nosso Projeto Político e Pedagógico nos princípios básicos orientados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – DCNEI (2010):

  1. Princípios éticos: valorização da autonomia, da respeitabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum ao meio ambiente e as diferentes culturas, identidades e singularidades.
  2. Princípios políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.
  3. Princípios estéticos: valorização da sensibilidade, criatividade, da ludicidade e da diversidade de manifestação artísticas e culturais.

 

A Educação infantil engloba um conjunto de práticas que busca articular as vivências e saberes das crianças com os conhecimentos.  Estas práticas são efetivadas por meio das relações que a criança estabelece como o outro e com o meio, ou seja, a criança aprende com a outra criança, com o adulto e com o objeto e as propostas devem ser planejadas e avaliadas considerando a integralidade da criança.

 

 

      1. Da Instituição

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB n.º 9.394/1996, que dispõe:

 

A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996, artigo 29).

Sendo assim, procura-se dar atenção e respostas às necessidades fundamentais do desenvolvimento das crianças que são expressas nas ações que envolvem o cuidar e o educar, o afeto e a amizade, a proteção e a segurança, a curiosidade e a capacidade de expressão, a possibilidade de movimento em espaços amplos e de contato com a natureza; acesso a ambientes educativos aconchegantes e desafiadores; o desenvolvimento da identidade cultural, racial e religiosa; a possibilidade de brincar como uma forma privilegiada de aprender e expressar conhecimentos sobre si, sobre a cultura e o mundo onde vive. ESSE É MEU ????

As propostas educativas deverão contemplar aprendizagens para a convivência que respeitem as diferenças de gênero, socioeconômicas, étnico-raciais, inclusão, permitindo que as aprendizagens contribuam com a autonomia e identidade.

COMPLEMENTAR O ITEM!!!!!! Na 1ª devolutiva sugeri que descrevessem os objetivos do regimento e não retirar como foi feito. Continuo achando importante!!!!!

      1.  Da Gestão Escolar

A gestão escolar tem o dever de ser democrática e visar o desenvolvimento de ações que beneficiarão o CMEI, as crianças e a comunidade e, também, visar estabelecer processo eficaz de ensino/aprendizagem. (o que querem dizer com “relações recíprocas de aceitação”, pois considero contraditório, uma vez que o exercício democrático se faz pelo diálogo, participação nas decisões) REESCREVER O PARÁGRAFO!!!!

A democratização dos sistemas de ensino e da escola implica aprendizado e vivência do exercício de participação e de tomadas de decisão. Trata-se de um processo a ser construído coletivamente, que considera a especificidade e a possibilidade histórica e cultural de cada sistema de ensino: municipal, distrital, estadual ou federal de cada escola.” (BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica, 2004 vol. 5. p. 25)..

A construção da gestão democrática implica na garantia da autonomia, da participação efetiva nos processos de tomada de decisões e, é defendida enquanto possibilidade de melhoria na qualidade pedagógica do processo educacional das instituições, na construção de um currículo pautado na realidade local, na maior integração entre os agentes envolvidos no CMEI – diretor, professores, crianças, equipe pedagógica administrativa, auxiliares de serviços – no apoio efetivo da comunidade às instituições, como participante ativa e sujeito do processo de desenvolvimento do trabalho escolar. CITAR REFERÊNCIA!!!!!

Essa parceria contribui para a elaboração de propostas e projetos educacionais, bem como administrar de maneira adequada os recursos materiais e financeiros da unidade, proporcionando reflexões e decisões em comum, chegando a estratégias e avaliações propícias a qualidade da educação.

Nas palavras de Marques:

A participação ampla assegura a transparência das decisões, fortalece as pressões para que sejam elas legítimas, garante o controle sobre os acordos estabelecidos e, sobretudo, contribui para que sejam contempladas questões que de outra forma não entrariam em cogitação (MARQUES, 1990, p.21).

A participação das famílias, do Conselho do CMEI, torna-se um dos pontos principais do processo administrativo e pedagógico, acompanhando o trabalho que envolve as crianças e professores, discutindo projetos, dando sugestões, fiscalizando e participando das tomadas de decisões. O conselho terá sua função deliberativa em relação as aquisições e mudanças que se fizerem necessárias na unidade.

 

    1.  Concepção pedagógica
      1. De Infâncias e de Criança

Segundo as Diretrizes Curriculares Municipais da Secretaria Municipal de Educação (2006, p.16) a criança é resultado de um longo processo histórico decorrente das transformações sociais, políticas, econômicas e culturais que marcam cada sociedade em diferentes tempos e espaços”.

No Brasil, como em outros países, não se teve e não se tem uma única forma de ver e de viver a infância. Sendo assim, a ideia de infância não é estática, ela se constrói e se modifica na prática social. E é fundamental que se tenha clara a concepção de infância, ou melhor, dizendo, “de infâncias” e de criança para que se organize o trabalho educativo.

Quando falamos em infância, temos a falsa impressão de que ela é igual para todas as crianças, porém, o que ocorre é que cada criança vivencia esta etapa de um modo único e singular, dependendo do meio em que vive, dos contatos entre adultos e crianças que foram proporcionados a ela, das suas experiências vividas e da cultura em que está inserida.

A infância não pode ser vista como uma etapa estanque da vida, algo a ser superação ou ainda, que termina com a juventude. A infância deixa marcas, permanece e habita os seres humanos ao longo de toda a vida, como uma intensidade, uma presença, um jeito de ser e estar no mundo. Como uma reserva de sonhos, de descobertas, de tristezas, de encanto e entusiasmos (Práticas cotidianas na educação infantil-Ministério da Educação) INCLUIR O ANO DA PUBLICAÇÃO!!!!!

Segundo a Resolução 05/2009 a criança é o centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.

São nas interações que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhes são próximas e com o meio que as circunda, que as crianças revelam o seu esforço para compreender o mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam, por meio das brincadeiras explicitam as condições de vida a que estão submetidas, juntamente com seus anseios e desejos.

É pensando na importância desses contatos, que valorizamos a participação das crianças em todas as situações possíveis, ou seja, em tudo em que elas possam opinar e tomar decisões, visando torná-las autônomas e propiciando aprendizagens.

Acreditamos na criança como um ser competente, que tem seus saberes e que esses devem ser valorizados e ampliados, para que ela se torne protagonista em suas ações e não um mero receptáculo das ideias dos outros.

 

      1. De Cuidar e educar

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. CITAR REFERÊNCIA!!!!!

Cuidar é um ato de relação com o outro, valorizando e desenvolvendo as capacidades básicas da criança, como saúde, educação, desenvolvimento.

Cuidar e educar são indissociáveis, pois “no ato de cuidar se educa e no ato de educar se cuida”. Sendo assim, educar e cuidar de modo integrado implica atenção e respostas às necessidades fundamentais do desenvolvimento das crianças. Essas necessidades são expressas nas ações que envolvem proteção e segurança, afeto e amizade, expressão de sentimentos, desenvolvimento da curiosidade, imaginação e capacidade de expressão; à possibilidade de movimento em espaços amplos e ao contato com a natureza; acesso a ambientes educativos e desafiadores; o desenvolvimento da identidade cultural, racial e religiosa; a possibilidade de brincar como uma forma privilegiada de aprender e expressar conhecimentos sobre si, sobre a cultura e o mundo onde vive. CITAR REFERÊNCIA!!!!!!

O cuidar e o educar são faces da mesma moeda. Isto é, o cuidar está embutido em todas as ações educativas e as ações de educar são permeadas pelo cuidar. Logo, as duas tem igual relevância e são indissociáveis.

Há bem pouco tempo, a Educação Infantil era ofertada em instituições da área social. Muito embora os cuidados fossem preponderantes eram desenvolvidas atividades educacionais com as crianças em que prevaleciam a disciplina e a passividade, a creche era vista apenas como um local seguro para as crianças permanecerem, onde suas necessidades básicas seriam atendidas possibilitando assim, que seus pais pudessem trabalhar tranquilos.

Hoje, quando falamos em cuidar, nos referimos as necessidades das crianças em relação à alimentação, sono, higiene, mas também as ações que acompanham as outras propostas desenvolvidas no CMEI como correr, desenhar, apreciar histórias, manusear elementos da natureza, pois é impossível pensar em qualquer situação na educação infantil que não exija cuidado.

E o cuidado está relacionado ao bem estar físico das crianças, mas também as relações que são estabelecidas durante todas as propostas realizadas, significam um olhar atento e afetivo para com as crianças, levando em conta suas necessidades e desejos, nomeando suas emoções, ensinando-as a se comunicar e resolver seus conflitos, ou seja, construindo a identidade de cada uma e reforçando a autoestima delas.

 

Essas necessidades são expressas nas ações que envolvem proteção e segurança, afeto e amizade, expressão de sentimentos, desenvolvimento da curiosidade, imaginação e capacidade de expressão

No CMEI, procuramos mostrar para as crianças que nos importamos com elas, por isso as propostas proporcionam o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo, ou seja, integral das crianças.

Segundo o parecer 20/2009, educar é dar condições para as crianças explorarem o ambiente de diferentes maneiras (manipulando materiais da natureza ou objetos, observando, nomeando objetos, pessoas ou situações, fazendo perguntas, etc.) e construindo sentidos pessoais e significados coletivos, a medida que vão se constituindo como sujeitos e se apropriando de um modo singular das formas culturais de agir, sentir e pensar.

Isso requer do professor ter sensibilidade e delicadeza no trato de cada criança, e assegurar atenção especial conforme as necessidades que identifica.

O educar e o cuidar estão relacionados com assegurar os direitos das crianças e garantir que os princípios éticos, políticos e estéticos estejam presentes no cotidiano da Educação Infantil, garantindo, assim, dentre outras coisas, a valorização de suas produções, a conquista da autonomia na escolha de propostas e colegas para brincar, o desenvolvimento da capacidade de opinar e fazer questionamentos, como também de se preocupar com as necessidades dos outros.CITAR A REFERÊNCIA!!!!!!!

Ao invés de usar os termos cuidar e educar de forma separada, o CMEI São João resolveu usar a expressão: “educar cuidando”, pois ela representa de maneira mais completa o trabalho que é realizado.

Neste sentido, a rotina do CMEI São João procura sempre estar organizada de maneira agradável e, ao mesmo tempo estimulante e desafiadora, propiciando descobertas e criando condições para que se desenvolva um sujeito social, histórico e cultural. No CMEI São João incentivamos a autonomia em relação ao cuidado pessoal, a auto-organização, as brincadeiras e a alimentação.

 

  1. Projetos Institucionais

Através dos Projetos Institucionais “Do Meu Nariz Cuido Eu” e “Alimentação com autonomia, envolvendo as ações de autocuidado e autonomia nas ações do cotidiano.

 

  1. Hora do Sono

Esse momento é dedicado ao bem-estar das crianças, que precisam de um momento durante o dia, para descansar. Porém, sabemos que nem todas têm o mesmo ritmo de sono e nem as mesmas necessidades. Então, procuramos respeitar a individualidade de cada criança, oferecendo alternativas para aquelas crianças que não querem dormir ou que acordam mais cedo. Deixando a disposição algumas propostas para que escolham  enquanto as outras crianças dormem, como por exemplo: ler histórias, desenhar, jogar, etc.

 

  1. Controle dos esfíncteres e desfralde

Esse é um momento muito importante na vida das crianças e também das famílias, este um grande interesse dos pais para que elas saiam das fraldas, o quanto antes. Porém, sabe-se que cada criança tem seu ritmo e, que se não houver uma preparação adequada e  a criança não estiver pronta, esse processo pode ser uma tortura e demorar muito mais tempo do que o necessário.

No CMEI São João, fazemos um trabalho conjunto com a família, primeiro observando se a criança já dá sinais de que pode ou quer sair da fralda (sente-se incomodada com a fralda suja e avisa a professora), depois conversando com a família sobre a importância desse momento, fazendo as orientações de como a família deve proceder em casa, se colocando a disposição para sanar suas dúvidas.

 

  1. Alimentação

Na hora do almoço no Berçário Único, para que os bebês não fiquem ansiosos até chegar a sua vez de comer, as professoras se organizam da seguinte forma, enquanto uma das professoras interage com as crianças que ainda não se alimentaram, as outras duas e a lactarista alimentam as demais. Na hora das refeições, desde o berçário, os bebês são estimulados a mamar sozinhos, segurando a sua mamadeira, mais tarde a comer sentados à mesa, segurando sozinhos a colher.

A partir do Maternal I já escolhem o que querem comer, dentre os alimentos ofertados, sendo incentivadas a experimentar de tudo. No Pré II as crianças são incentivadas a ajudar na organização do refeitório, colocando as toalhas, os pratos e guardanapos nas mesas e passando álcool gel nas mãos dos colegas e, a escolherem os utensílios faca, colher ou garfo.

Dessa forma as crianças se apropriam de modos alimentares e de cuidados estabelecidos culturalmente, mediada pelas professoras que intencionalmente planejam e cuidam da organização dessas práticas. (BRASIL, PARECER 20/2009)

 

  1. Café com cantos

O Maternal II e o Pré II participam do projeto “Café com Cantos”, onde as crianças podem escolher entre tomar o café com os colegas e continuar brincando, ampliando o tempo de brincar. No caso de não estarem com fome naquele momento, seja por ter tomado café em casa ou por quererem tomar depois, as crianças podem fazer a opção por propostas de brincadeiras organizadas no refeitório. O movimento consiste em ofertar o café juntamente com propostas simultâneas de brincadeiras (jogos, materiais para desenho) a disposição das crianças para que essas não precisem ficar sentadas à mesa sem fazer nada, enquanto esperam pelos colegas que estão terminando o café.

      1. De Desenvolvimento humano (físico emocional e social)

O período de vida atendido pela Educação Infantil caracteriza-se por marcantes aquisições: a marcha, a fala, o controle esfincteriano, a formação da imaginação e da capacidade de fazer de conta e de representar usando diferentes linguagens.

Embora nessas aquisições a dimensão orgânica da criança se faça presente, suas capacidades para discriminar cores, memorizar poemas, representar uma paisagem através de um desenho, consolar uma criança que chora etc., não são constituições universais biologicamente determinadas e esperando o momento de amadurecer. Elas são histórica e culturalmente produzidas nas relações que estabelecem com o mundo material e social mediadas por parceiros mais experientes.

Assim, a motricidade, a linguagem, o pensamento, a afetividade e a sociabilidade são aspectos integrados e se desenvolvem a partir das interações que, desde o nascimento a criança estabelece com diferentes parceiros, isso porque, na realização de tarefas diversas, na companhia de adultos e de outras crianças, no confronto dos gestos, das falas, enfim, das ações desses parceiros, cada criança modifica sua forma de agir, sentir e pensar.” (Parecer 20/2009)

As diversas pesquisas e estudos sobre o desenvolvimento infantil, assim como as transformações nas práticas educativas, apontam para a criança como ser competente, com vontade própria e maneiras peculiares no modo de agir e pensar.

 Sendo a criança intensa na maneira de se expressar, comunicar, experimentar, como ressalta o documento Orientações para (re) elaboração, implantação e avaliação de proposta pedagógica na Educação Infantil (2006):

Para as crianças se desenvolverem e aprenderem sobre o mundo em que vivem, precisam interagir física, afetiva, social, intelectual e culturalmente na vida familiar e comunitária em que estão inseridas.

É através das interações com as pessoas e com o meio que a criança constrói sua imagem corporal e desenvolve sua autonomia. É importante que essas interações possam ser afetivas e que a criança tenha oportunidade de expressar suas emoções.

Pensando na importância das interações para o desenvolvimento infantil desenvolvemos o Projeto Institucional de Interação e integração entre crianças de diferentes faixas etárias, que chamamos de momentos de integração. Acontecem três vezes por semana, todas as turmas inclusive o BU, brincam e interagem com várias propostas e materiais diversificados (industrializados, confeccionados pelas professoras e crianças, elementos da natureza e os de largo alcance - caixas, tecidos, canos, cordas, etc.).

A integração possibilita com que as crianças convivam entre si, troquem experiências, desenvolvam ações de cuidado consigo e com outro, imaginem e fantasiem durante as brincadeiras e desenvolvam a inteligência e a criatividade. Além disso, proporcionamos que irmãos que são de salas diferentes, possam se ver e conviver mais tempo, fortalecendo o vínculo familiar entre eles.

Integração 2015

      1. Desenvolvimento por faixa etária
  1. Berçários:

Nessa fase ocorre uma aprendizagem totalmente lúdica, mudanças muito rápidas e significativas como: o sentar, o engatinhar, o desmame, a dentição, a introdução de novos alimentos a sua dieta.

As crianças têm acesso a materiais de diferentes pesos, texturas, cores, formas, tamanhos, explora-os livremente através dos seus sentidos. Dessa forma prioriza-se a constante mudança na sala, trocando os desafios e os móveis de lugar sempre que percebemos que as necessidades dos bebês mudaram e a sala já está perdendo o interesse.

Como trabalhamos com berçário único, existe a preocupação de estar pensando em desafios que contemplem tanto o interesse dos mais novos como dos maiores. Aliando a segurança com a liberdade de movimentos, os bebês têm a liberdade de escolher entre ficar na sala ou ir para o solário, para que mais uma vez eles tenham a oportunidade de experenciar outros espaços e não apenas a sala de referência, exercendo a autonomia desde cedo.

  1. Maternais:

Nesse momento, a criança fará uma série de “acomodações” em busca de maior compreensão do mundo que a rodeia. O brincar de faz-de-conta é fundamental: imitar pessoas, animais, situações diferentes; construir sua história de vida e outras pequenas histórias, além de participar de atividades de curta duração que envolvam o coletivo e de momentos para pequenas negociações e limites, permitindo-lhes, assim, maior descontração e autonomia. Correr, chutar bola sem perder o equilíbrio, subir escadas, construir torres, manipular lápis, dizer seu nome, estabelecer controle esfincteriano. Essas são as inúmeras experiências proporcionadas às crianças através das brincadeiras, das rodas de conversa (onde todas as crianças têm autonomia de falar ou de só escutar os colegas), dos jogos e dos Cantos de Atividades Diversificadas, modalidade de organização da sala onde são oferecidas várias propostas ao mesmo tempo e as crianças têm a liberdade de escolher os espaços, materiais e colegas.

  1. Pré:

 As crianças recebem informações com muito entusiasmo e demonstram interesse em viver personagens das histórias que lhe são contadas. Gostam de brincar sem ajuda do adulto, mas pedem auxílio quando necessário. Já tem marcada a sua individualidade ainda com um forte sentido de posse.. Mostra-se prestativa, sente-se bem ao ser elogiada, fala muito dos pais, reconhece e sente sua falta, expressando-a. Veste-se sozinha e tem maior independência nas atividades da vida diária. Retirar a parte grifada!!!!! Só senti nessa leitura o quanto a escrita pode determinar uma ação esperada para as crianças desta faixa etária.

Nos momentos de integração ajudam a cuidar dos menores e fazem questão de brincar com eles e de dividir os seus brinquedos. 

      1. De Ensino aprendizagem

Segundo o Parecer 20/2009 “Cada criança apresenta um ritmo e uma forma própria de colocar-se nos relacionamentos e nas interações, de manifestar emoções e curiosidades, elabora um modo próprio de agir nas diversas situações que vivencia desde o nascimento. Conforme experimenta sensações de desconforto ou de incerteza diante de aspectos novos, suscitam necessidades e desejos na busca por novas respostas.

Assim busca compreender o mundo e a si mesma, testando de alguma forma as significações que constrói, modificando-as continuamente em cada interação com outro ser humano e/ou objetos.

Cabe ao professor levar em conta os conhecimentos prévios das crianças e propor desafios que as façam avançar, criar contextos desafiantes, confrontar as suas idéias com as idéias que lhe são transmitidas e reelaborar suas hipóteses, sempre respeitando a individualidade de cada uma e o interesse de cada faixa etária.

O desenvolvimento da criança é uma constante busca de sua autonomia e identidade. Não é tarefa fácil, pois gera conflitos e é nesse sentido que o adulto torna-se ser fundamental na prática da interação social e na troca de experiências afetivas.

Vasconcelos (2000), diz que para que uma aprendizagem ocorra de forma significativa, exige-se que ela seja vista como compreensão de significados, relacionando-se experiências anteriores e vivencias pessoais da criança, permitindo a formulação de problemas de algum modo desafiantes, que incentivem aprender mais. Estabelecer diferentes tipos de relações entre fatos, objetos, acontecimentos, noções e conceitos, possibilitando modificações de comportamentos e contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes situações.

Sobre os processos de aprendizagens e de elaboração do conhecimento pelas crianças, respaldamos nossas reflexões nos conceitos de Vygotsky sobre a zona de desenvolvimento proximal, zona de desenvolvimento real e zona de desenvolvimento potencial. Em que a zona de desenvolvimento real indica o que a criança pode realizar por si própria, sem o auxílio de adultos ou de pares mais experientes. A zona de desenvolvimento potencial refere-se tudo aquilo que a criança realiza com o auxílio de adultos ou parceiros mais experientes. E a zona de desenvolvimento proximal indica a distância entre o desenvolvimento real e o potencial.

Neste sentido, o CMEI tem como proposta um ensino que considera as diferentes linguagens e possibilidades da criança, que é ouvida e considerada de forma integral. Para que as suas aprendizagens sejam significativas e transformadoras na vida cotidiana e nas relações sociais. Além de considerar que o melhor jeito das crianças aprenderem é brincando e interagindo com parceiros mais competentes, sejam eles adultos ou crianças.

É justamente nas atividades realizadas em colaboração e no esforço compartilhado que a criança se apropria das habilidades e conhecimentos culturais, por isso a importância de propiciar a brincadeira como forma de aprender de maneira lúdica.

Ao brincar, desde cedo as crianças conhecem o próprio corpo, o mundo em que vivem e seus objetos, imitam os comportamentos dos adultos à sua volta, assimilando valores e hábitos culturais, elaboram sentimentos e situações vividas. Brincar é uma das formas mais importantes de estar no mundo e pensar sobre ele (Revista Avisa - lá abril de 2008).

      1. As brincadeiras e interações nas propostas de ensino aprendizagem

É através do brincar que as crianças aprendem, trocam experiências e se dedicam na construção de contextos para as brincadeiras, participando da sua elaboração no antes, durante e depois, condições essenciais para que haja construção de conhecimento. Além disso, as práticas mediadas pelo brincar são prazerosas, permitem que a criança escolha as propostas, materiais, de realizar sozinhas ou acompanhada.

Neste sentido, nas práticas desenvolvidas pelo CMEI São João as brincadeiras têm um papel fundamental e são mediadas pelos professores, que se envolvem nas brincadeiras, observam o que as crianças dizem, oferecem materiais adequados, espaços organizados, acolhedores e ricos em desafios, que permitem o desenvolvimento da imaginação.

Propiciamos diariamente, os Cantos de Atividades Diversificadas com propostas de faz de conta, leitura, artes visuais, jogos e outras brincadeiras atrativas e convidativas. Todas as ações que desenvolvemos são de caráter lúdico, tanto as de cuidado quanto as educativas.

Também, promovemos a valorização e manutenção das brincadeiras tradicionais experimentadas pelos profissionais e pelos familiares das crianças durante a sua infância, como uma forma de resgatar a história da comunidade, a sua origem, de valorizar os conhecimentos e vivências que as crianças trazem de casa, aproximando a família do CMEI.

Ao falarmos sobre o brincar, também temos que relacionar o brinquedo.

 

Brinquedo não é só para ver, é para tocar, sentir, lamber, movimentar, experimentar suas possibilidades em todas as formas e jeitos. Às vezes, a curiosidade leva a destruir o brinquedo para conhecer seu interior, ver como funciona, o que  acontece com ele, o que faz ele se mover. Brinquedo é para todas as idades e só tem função quando utilizado para brincar. Brinquedo é material de consumo, estraga, perde validade, fica antigo, fora de moda, quebra. Não é objeto de decoração. Brinquedo é suporte de brincadeira, portanto deve estar sempre disponível (Brinquedos e Brincadeiras nas Creches, p.147).

Nesta perspectiva, os brinquedos não precisam ser só industrializados, pelo contrário, é importante oferecer materiais que permitam a construção de brinquedos e brincadeiras pelas crianças, utilizando os materiais de largo alcance e elementos da natureza. Meninos e meninas devem brincar com todos os tipos de brinquedos: carrinhos, bonecas, super-heróis, sem a separação de brinquedos de meninos e de meninas.

De acordo com Horn (2004, p. 71), “o brinquedo satisfaz as necessidades básicas de aprendizagens das crianças, como, por exemplo as de escolher, imitar, dominar, adquirir competências, enfim de ser ativo em um ambiente seguro, o qual encoraje e consolide o desenvolvimento de normas e valores sociais”.

No CMEI São João, nos preocupamos em garantir que as crianças tenham tempo suficiente para brincar, pois esse é um direito que elas têm Por isso, além de planejar os espaços, temos um olhar sensível sobre a criança, levando em consideração que o tempo dela não é o tempo do adulto, E esse tempo precisa ter qualidade, para que possa ser sentido por elas como significativo, e não apenas um tempo livre, sem propostas, que não possibilite interações e descobertas.

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais (RCNEI).

Por isso, no CMEI São João acreditamos que a brincadeira faz toda a diferença na vida das crianças e por isso é proporcionada em todas as propostas desenvolvidas com a participação de cada turma individualmente e de todas.

    1. Inclusão

Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), que define a educação infantil como a primeira etapa da educação básica, também nos diz que ela tem como finalidade o desenvolvimento integral de todas as crianças de até 6 anos, sem distinção de aspecto físico, psicológico, intelectual e social.

A Convenção de Guatemala (2001) resguarda que a inclusão também pode contar com reforços que proíbem qualquer tipo de distinção, de exclusão ou de restrição baseadas na deficiência das pessoas.

Embora possamos reconhecer que temos leis que garantam o acesso e a permanência da criança com necessidades especiais nas escolas e mesmo na Educação Infantil, a instituição e os profissionais são fundamentais para o sucesso da educação inclusiva.

Para tal, consideramos essencial organizar e adaptar a acessibilidade das crianças na instituição adequando mobiliários, equipamentos, brinquedos interativos... medidas indispensáveis para que ocorra a inclusão, pois não basta aceitar a criança e não disponibilizar recursos pedagógicos e  infra-estrutura para um trabalho de qualidade. RETIRAR AS PARTES GRIFADAS!!!!!

No CMEI São João, a matrícula de crianças com deficiência segue a orientação da Lei Nacional Nº 7.853 de 24 de outubro de 1989 que determina: “a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino”, oferecendo aos mesmos benefícios iguais aos conferidos aos demais educandos.

A criança sendo sujeito de direito que é, tem a garantia da sua caminhada no processo aprendizagem no CMEI São João, pois compreendemos que a inclusão de crianças com deficiência, seja qual for, garante a ela a convivência, a interação com demais crianças, onde se produz respeito pelas diferenças.

    1. Articulação da instituição com o ensino fundamental

Ressaltamos que a Educação Infantil não é um nível preparatório para o ingresso no Ensino fundamental, pois cada um possui suas especificidades, mas o que se deve buscar é a articulação entre as etapas, para que não ocorra uma ruptura de um nível para o outro, sem que seja considerada uma preparação para essa transição.

Normalmente essa passagem gera medo nas crianças, por saber que vão sair de um lugar que já conhecem, para um totalmente desconhecido e com pessoas estranhas, longe de seus amigos e professores. Por isso, é importante conversar com as crianças sobre as novidades que elas encontrarão no Ensino Fundamental, salientando as diferenças de modo positivo.

Além disso, no CMEI São João fazemos um ritual de despedida para marcar essa passagem, que se inicia com rodas de conversas onde as crianças têm a liberdade de falar sobre essa passagem e seus medos, dividindo esses momentos com os seus colegas e com as professoras.

O momento de integração com o Ensino Fundamental também é compartilhado com a família para que ela compreenda as mudanças fundamentais que ocorrerão e ajude no processo de adaptação da criança.  As professoras entram em contato com as famílias, explicando sobre a importância dessa passagem e como ela deve ser trabalhada em casa, através de conversas e com o esclarecimento das  dúvidas das crianças.

Também, fazemos uma visita à escola mais próxima, devidamente agendada, para que as crianças conheçam o local, os possíveis professores, o uniforme, dentre outros. Nesse encontro fazemos um momento de atividade programada com as crianças que já estão no 1º ano e as crianças do CMEI. Após a visita é o momento de conversar com as crianças  sobre as dúvidas e as expectativas em relação à escola.

Além disso, compartilhamos com as escolas os pareceres descritivos com o percurso das crianças na Educação Infantil, enviando os pareceres às famílias e orientando-as a entregá-los nas escolas que a criança irá freqüentar, de modo que a instituição saiba o trabalho que foi realizado e possa partir das aprendizagens já adquiridas.

 Dessa forma, o professor da escola tem a oportunidade de saber de onde partir, para então construir uma trajetória pedagógica, considerando os conhecimentos que as crianças já adquiriram. Assim, nossas crianças tem um acompanhamento dinâmico do seu processo de desenvolvimento, possibilitando o estabelecimento de relações entre o que já conquistaram e o que vão aprender, o reconhecimento de seus avanços e  de, suas dificuldades, valorizando assim toda a sua trajetória de vida. 

    1. Articulação da instituição com a família

A instituição de Educação Infantil e a família são instituições diferentes, mas que tem um ponto em comum: a preocupação com a criança. Portanto, faz-se necessário integrá-las no dia-a-dia das instituições, buscando acolhê-las e saber quais suas expectativas em relação ao CMEI.

Cada criança provém de uma família singular, que trazem em sua bagagem uma história própria, que precisa ser respeitada e valorizada, pois é ela o primeiro referencial de identidade que a criança recebe e traz para o CMEI. É papel do CMEI conhecer essa história e acrescentar a história e a cultura das outras crianças para que assim haja um compartilhamento de vivências  que contribuirá para que cada criança se enriqueça culturalmente. 

 

  1. Recepção das famílias

Uma estratégia para aproximar as famílias e o CMEI é a de “abrir os portões e portas” para que os pais participem da rotina do CMEI, especialmente nos momentos em que vêm trazer e buscar seus filhos, conversando com os professores e conhecendo aos espaços  da unidade (pátios,parques,refeitórios, etc.). “Receber as famílias todos os dias, com disponibilidade de tempo e organização fortalece os vínculos e melhora a qualidade do atendimento às crianças” (Diretrizes Municipais da Educação Infantil: caderno de estudos, p.39). RETIRAR A PARTE GRIFADA!!!!!!

 

  1. Mama nenê

No CMEI São João as mães têm uma sala tranqüila e aconchegante para amamentarem os seus bebês. Mesmo antes do ingresso dos bebês no CMEI, as mães já são orientadas sobre os benefícios da amamentação através de folders do Programa Mama Nenê.

 

  1. Instrumentos de comunicação

 

Criamos canais vários canais de comunicação com as famílias, informativos colocados nos murais do corredor, a agenda, contato telefônico e exposições com as produções das crianças, que vêem abaixo descritas. 

O informativo que é uma maneira de o CMEI envolver as famílias em suas ações, de se comunicar, inteirando-as sobre os acontecimentos. Por exemplo, do cardápio do mês e do roteiro semanal (experiências que a criança teve durante a semana). →RETIRAR A PARTE GRIFADA!!!! Vejam que a palavra diários não está de acordo com os exemplos cardápio do “mês” e roteiro “semanal”.

Outro instrumento importantíssimo é a agenda. Sempre que a família ou o CMEI tem algo importante a tratar a utilizamos como um meio eficiente de comunicação. Por isso, constantemente lembramos as famílias sobre a importância de atualizarem os seus dados, como uma forma de otimizar o atendimento as crianças em caso de emergência.

Em caso de faltas sem justificativa, o CMEI entra em contato com a família para saber o que está acontecendo e orientando-a sobre a importância de trazer a criança todos os dias, a fim de que não se perca o vínculo com a instituição, os professores e todo o trabalho desenvolvido.

 

 

  1. Sábados de integração:

Temos previstos em calendário, ao longo do ano, vários sábados de integração com as famílias, momentos em que são desenvolvidas propostas que aproximam as famílias da rotina do CMEI, jogos, brincadeiras, leitura de histórias, teatro, festas para que conheçam a rotina das crianças, a sala de referência, seus professores e os colegas de turma.

A equipe pedagógica administrativa também fica a disposição para esclarecer dúvidas, fazer encaminhamentos, dar orientações e interagir.

Dentre os sábados de integração com as famílias, escolhemos dois por ano, um em julho e outro em dezembro para a entrega dos pareceres, aonde além dos pais receberem uma devolutiva sobre o desenvolvimento das crianças, ainda tem mais uma oportunidade de compartilhar as atividades mais significativas desenvolvidas durante o semestre através de vídeos, fotos e trabalhos fixados nos murais das salas e no corredor.

 

  1. Conselho do CMEI e APPF

Outro momento muito significativo para fortalecer a parceria com a família diz respeito às reuniões do Conselho do CMEI e  da APPF, que os pais são convidados a fazer parte como representantes envolvendo-se com o cotidiano das crianças e nas tomadas de decisões. Deixando claro aos pais o quanto são fundamentais no processo educativo e precisamos do seu apoio.

 

  1. Avaliação dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade

Acontece anualmente a avaliação das práticas desenvolvidas pelo CMEI através dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade, processo em que as famílias e profissionais avaliam a qualidade das ações, atitudes e situações  desenvolvidas durante o ano, visando aprimorar o trabalho cada vez mais.

Dessa forma as famílias podem dar sua opinião sobre o que está bom e o que gostariam que fosse diferente. Essa avaliação é muito importante para o CMEI, pois direciona o trabalho do ano seguinte, fazendo com que possamos refletir sobre as necessidades das famílias e também conhecê-las melhor, fortalecendo assim a parceria: CMEI – família.

 

  1. Plano de Ação

Após a realização da avaliação dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade, o Conselho pode dar início ao planejamento do próximo ano, visando melhorias analisando as metas que não foram atingidas.

Segundo os princípios de Educação Infantil para a Rede Municipal de Curitiba é importante trilhar relações com famílias, comunidades e instituições através de ações compartilhadas aproximando as famílias de modo que estas se percebam co-responsáveis pelo processo educativo das crianças no CMEI.

 

  1. Sacola de leitura

Desenvolvemos o Projeto de leitura “a sacola da leitura”. Essa é uma prática realizada por todas as turmas durante todo o ano, a criança leva um livro para ler junto com a família, que faz um comentário sobre como foi esse momento. Dessa forma aproximamos a família da criança, incentivamos o hábito da leitura e mostramos aos pais o trabalho desenvolvido no CMEI

 

  1. Período de acolhimento

Outra forma  de agregar a família  são as práticas realizadas no período de acolhimento da criança e da família na instituição, os quais inquestionavelmente garantem a qualidade e a permanência saudável da criança no CMEI, além do sentimento de segurança das famílias que amenizam os efeitos da separação família. 

Para qual, ressalta-se a importância do Planejamento voltado às ações de acolhimento, como, respeitar o tempo das crianças sem instituir um prazo limítrofe para todas as famílias, pois algumas conseguem passar por esse período mais facilmente, enquanto outras demoram mais, assim cada situação deve ser personalizada.

Gisele Ortiz, em um artigo “Entre adaptar-se e ser acolhido” da Revista Avisa Lá, nº 2 estabelece alguns princípios para os professores e auxiliares para planejar uma boa acolhida.

1. Manter a rotina que a criança pequena tem em casa, no caso de menores de três anos, quanto aos cuidados específicos. Manter os rituais para dormir, comer ou usar o banheiro.

2. Para as maiores de três, explicar como será o seu dia a dia e colocar a rotina visualmente num quadro, para que a criança aprenda a controlar os diferentes momentos.

3. Objetos Transicionais ou objetos de apego – Algumas crianças usam objetos tais como paninhos, chupetas, brinquedos e ficam apegadas a elas. Estas coisas têm um significado especial para elas, pois criam a ilusão de que a mãe ou a pessoa na qual investem afeto estão próximas, lhes proporciona maior conforto emocional e segurança.

4. Valorizar a identidade da criança, e escolher junto com ela seu escaninho, seu cabideiro, colocando seu nome e garantindo que aquele lugar ficará disponível para ela todos os dias para que possam guardar suas coisas.

5. Não ficar ansiosa (o) para que a criança ajuste sua rotina a do grupo muito rapidamente.  Deixar que a criança mantenha seu jeito de ser, seus rituais e sua rotina individualizada, para aos poucos se ajustar ao grupo, proporciona suavidade ao processo sem rupturas bruscas e maior controle do adulto sobre o processo.

6. Conversar com a criança sobre seus sentimentos, sobre a rotina, contar o que vai acontecer com ela, ajudar a criança a expressar seus sentimentos, valorizá-la enquanto pessoa e promover sua autoconfiança para lidar com esta situação.

7. A inserção das crianças deve ser feita progressivamente, duas crianças por subgrupo, por semana, sendo que cada criança inicia em um período do dia (manhã/tarde), o que dá às educadoras maior disponibilidade no atendimento a cada criança e seu acompanhante.

8. Normalmente uma semana é necessária para que algum familiar permaneça junto à criança na creche, sendo seu tempo de permanência, gradualmente reduzido, na medida em que aumenta o tempo de permanência da criança na escola, até este ficar mais tranqüilamente o período integral.

9. A professora deve procurar manter uma rotina estável sem muitas variações para que a criança vá dominando cada vez a rotina. As crianças aprendem a se localizar no tempo, no espaço e com as atividades quando a rotina é mantida, além de construir vínculos e se organizar para a aprendizagem.

10. Organizar cantos de atividades diversificadas com aquelas que ele sabe que dão mais “Ibope” para aquela faixa etária específica auxilia o professor a despertar o interesse da criança pela brincadeira e a se interessar pela escola. Vale também saber quais as brincadeiras e brinquedos preferidos da criança para introduzi-los neste momento. Os cantos de atividades podem também favorecer que as outras crianças fiquem mais livres e brincando entre si, enquanto o professor pode dispensar uma atenção especial para a criança nova.

11. Considerar o parque como um espaço de atividade e planejar também intervenções também para este momento. No verão, brincadeiras na areia e na água, bolhas de sabão, lavar roupas de bonecas, lavar o quintal, regar plantas, e fazer estas coisas com todo o grupo vai mostrando para as crianças que o ambiente doméstico e o escolar possuem diferenças e semelhanças. No inverno os jogos motores, as cirandas, os circuitos e obstáculos, garantem que a criança possa brincar fora e estar aquecida.

12. Propor atividades culinárias simples: fazer gelatina, pipoca, suco, docinho de leite em pó, salada de frutas para o lanche ou sobremesa, favorece que a criança perceba a continuidade temporal.

13. Propor leitura de histórias como metáforas dos momentos que a criança vive. Pode-se conversar sobre as histórias falando dos medos básicos de todas as crianças assim é possível que a criança também se exponha e consiga lidar melhor com seus sentimentos.

O envolvimento de todos os profissionais é fundamental para que família e criança possam sentir-se tranqüilas e seguras em relação ao trabalho do CMEI. No CMEI São João esse envolvimento inicia-se pela matrícula, onde o atendimento é agendado para que se consiga fazer um atendimento personalizado, momento necessário em que instituição e a família trocam informações e se conhecem.

À instituição cabe conhecer dados relevantes da vida da criança em casa e mostrar as famílias o funcionamento do CMEI para que compreendam como ocorre o trabalho pedagógico.  O CMEI apresenta a cada família os espaços e funcionários, para que possa compreender e sentir-se segura sobre o local que essa criança irá frequentar.

Cabe ao CMEI também fortalecer a parceria com a família para que  seja co-responsável pelo bem-estar e pelo pleno desenvolvimento das crianças.

    1. Articulação da instituição com outros segmentos da sociedade no encaminhamento de questões relativas à educação e ao cuidado com a criança

São as parcerias que acontecem com associações e instituições federais, estaduais, municipais ou privadas para ampliar conhecimentos, obter informações ou receber orientações para melhor atender às crianças, sempre colocando a família como co-adjuvante deste trabalho, enfatizando a elas que essas parcerias só ocorrem se houver o envolvimento das famílias.

DESCREVER SOBRE AS PARCERIAS!!!!! A parceria com a escola Bambinata se mantém? Se continua: De que forma acontece? Evitem colocar quando for apenas de caráter assistencialista (Páscoa, Natal)

 

  1. PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO

No Brasil, o processo educativo da criança na primeira infância-Educação Infantil, embora tenha mais de um século de história, foi somente no final do século XX reconhecido como direito da criança, da família, como dever do Estado e como a primeira etapa da Educação Básica.

As políticas desenvolvidas ao longo da história da regulamentação da Educação Infantil no Brasil (a constituição de 1988, as leis de do estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/90 – da Lei de diretrizes e Bases da Educação - Lei nº 9.394/96 e os Referenciais Curriculares Nacionais, de 1998, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, de 1999 e os Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil ( 2006) priorizam a organização do trabalho educativo da primeira infância, com base em aspectos culturais, sociais, naturais e em práticas pedagógicas que envolvam os atos de brincar, refletir, fazer, representar, pensar.

Além disso, essas políticas consideram a criança como sujeito social e histórico inserido em uma sociedade com a qual partilha de uma determinada cultura. Portanto, o ato de educar deve envolver a dimensão do cuidado (afetivo e biológico), o desenvolvimento de valores e os direitos da criança, como forma de ampliar a sua própria história para que ela possa viver e conviver no mundo.

 

    1. Currículos na educação infantil

O currículo é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, cientifico e tecnológico.  Ele incorpora ações educativas que tenham qualidade, que dêem voz as crianças e que valorizem a maneira delas enxergarem o mundo.

Além disso deve desenvolver ações que envolvam o meio ambiente, no sentido de conscientizar as crianças da importância de preservá-lo.

Outro item abrangido por ele diz respeito a  valorização de todas as culturas e o incentivo de valores como liberdade, justiça e solidariedade,  contribuindo para desenvolver nas  crianças o senso de igualdade social.

Também é assumida a responsabilidade de compartilhar com as famílias o cuidado e a educação das crianças, procurando envolvê-las e enxergando-as como parceiras durante todo o período que a criança permanece no CMEI desde a sua matrícula até o último dia delas na instituição.

Por isso, no CMEI São João as propostas priorizam as relações entre as crianças, entre as crianças e os adultos e entre as crianças e o meio, procurando observar e dar voz as crianças através de seu corpo, suas linguagens e suas emoções.

Assim o planejamento das atividades prevê espaço para o “inesperado”, procurando estar aberto às necessidades que possam surgir no meio do caminho, para os interesses e curiosidades das crianças que são muitas, pois entendemos que as crianças devem ser protagonistas no seu processo de desenvolvimento e aprendizagem,

A Educação Infantil tem a função de propiciar as crianças muitas e enriquecedoras experiências, para que cada criança possa manifestar a sua individualidade que é diferente das demais crianças, desenvolvendo assim o desabrochar de um sujeito crítico, criativo, autônomo, solidário, cooperativo e argumentativo, que saiba encontrar solução para os problemas com que se depara.

      1.  Objetivos

Os objetivos do CMEI estão em conformidade com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.

      1.  Metodologia de trabalho

A organização das metodologias de trabalho busca atender as orientações da Rede Municipal de Ensino de Curitiba para a Educação Infantil, a utilização e articulação das diferentes modalidades organizativas do tempo didático no planejamento do trabalho educativo do professor/

Conforme os Referencias para Estudos e Planejamento na Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Curitiba, As modalidades organizativas consistem em: atividades permanentes, seqüências didáticas projetos didáticos e atividades ocasionais. Podemos resumir as modalidades organizativas:

  1. ATIVIDADES PERMANENTES: são as circunstâncias de aprendizagens realizadas regularmente, durante o ano todo, podendo ocorrer de formas diversificadas, mas sistematicamente em um determinado período do dia de forma que a criança espera pela atividade. São elas: leitura, movimento, roda de conversa, chamada e calendário e atividades dirigidas.
  2. SEQUÊNCIA DIDÁTICA: refere-se a um conjunto de atividades planejadas e articuladas, com objetivos preestabelecidos e uma duração determinada que possibilitem aprendizagens específicas.
  3. PROJETO DIDÁTICO: é o desenvolvimento de situações didáticas contextualizadas que se articulam e que têm propósitos didáticos, comunicativos ou sociais em razão de um objetivo e de um produto final.
  4. ATIVIDADES OCASIONAIS: são atividades planejadas pelo professor/educador para ocorrerem esporadicamente (passeios, visitas, aniversário da cidade, copa, etc.)
  5. PROJETOS INSTITUCIONAIS: álbum do bebê, álbum da turma e integração entre as diferentes faixas etárias comentado anteriormente.

Álbum do Bebê, um projeto de oralidade, leitura e escrita realizado com o BU, onde as professoras escrevem na presença das crianças legendas para as fotos de cada criança, suas experiências no CMEI e alguns momentos significativos vivenciados em família.

 No MI é feito o Álbum da Turma, onde são registradas as experiências vividas por toda a turma ao longo do ano.

    1. Avaliação da aprendizagem

Saber o porquê avaliar no processo educativo na Educação infantil é fundamental para o redimensionamento do fazer pedagógico, pois essa compreensão influenciará diretamente na qualidade de nossa interação com a criança.

Espera-se que a avaliação haja sobre todo o contexto da aprendizagem, contribua para seu avanço e para o desenvolvimento das crianças, ressaltando a heterogeneidade e as diferenças de cada uma, entendendo-as como seres únicos.

A avaliação não é apenas um momento, ao final de um período, mas um processo permanente de observação, registro e reflexão acerca da ação e do pensamento das crianças, de suas diferenças culturais e de desenvolvimento, embasador do repensar do educador sobre o seu fazer pedagógico (HOFFMANN-2009, p.20).

 

É uma prática que acontece todos os dias, através de observações, filmagens, conversas e registros das interações das crianças entre si, delas com os professores e com os objetos de conhecimento, buscando novos encaminhamentos para um melhor desenvolvimento das crianças.

Logo, ela não tem caráter de servir como julgamento das crianças, descrevendo o que elas não são capazes de fazer e nem como algo definitivo, que traz certezas e afirmações incontestáveis. Pelo contrário, ela é representativa de comportamentos e ações, que estão constantemente em mudança. Segundo Kramer (1993), é necessário que a “clássica” forma de avaliar, buscando os “erros” e os “culpados”, seja substituída por uma dinâmica capaz de trazer elementos de crítica e transformação para o nosso trabalho.

LDB (1996, art. 31) “Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e registro do desenvolvimento da criança, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”.

Para que isso se efetive na prática no CMEI São João são realizadas observações sistemáticas das aprendizagens das crianças, das suas brincadeiras e das suas interações. As observações ocorrem em diversos momentos para que haja uma compreensão clara de como elas se apropriam dos conhecimentos culturalmente constituídos e ajudar os professores a reorganizar as suas propostas de modo a aperfeiçoá-las

Os registros feitos pelos professores são chamados de pareceres e outros dados relevantes sobres as crianças acompanham a sua trajetória na Educação Infantil.  

    1. Instrumentos de avaliação

É fundamental, na educação infantil, a observação sistemática do desenvolvimento das crianças, do grupo de crianças, do trabalho dos professores, dos materiais e do espaço utilizados, do tempo das propostas, entre outros.

 Segundo os Referenciais para Estudo e Planejamento na Educação Infantil para a composição de registros de avaliação das crianças utilizamos os seguintes instrumentos:

  1. PORTFÓLIO: O portfólio é um instrumento revelador de memória e produtor de sentidos. É a memória de uma história – da instituição, da formação docente, das concepções sobre infância – e a memória de um percurso de trabalho e de aprendizagens. Ele se define como uma coleção de amostras significativas que evidenciam o desenvolvimento do sujeito em um determinado período.

Para acompanhamento e análise desse percurso, ou melhor, desse processo de evolução, é preciso observar no portfólio as atividades periódicas coletadas e analisadas, permitindo conhecer a evolução das produções das crianças. Isso permite refletir sobre uma avaliação do percurso de aprendizagem que não é estático; cada atividade, cada foto, cada comentário e cada reflexão das crianças do que acham que já aprenderam, ou do que ainda é difícil, é o retrato do instante,  que pode mudar inclusive, de um dia para o outro.

O olhar investigativo e a prática reflexiva dos professores são fundamentais nesse processo, possibilitando que revejam suas ações e as modifiquem quando necessário para o crescente desenvolvimento das crianças.

No CMEI São João, elaboramos três tipos de portfólios para subsidiar o trabalho pedagógico: portfólio do pedagogo, portfólio do professor e o portfólio da criança, porque os entende como importante instrumento de consulta sobre o percurso formativo e de aprendizagens de crianças e profissionais.

No portfólio do pedagogo deverá constar:

- Plano de formação;

- Planejamentos dos educadores/professores;

- Síntese de observações de reuniões, encontros, permanências;

- Devolutivas;

- Textos trabalhados;

- Fotografias dos momentos formativos e do trabalho com as crianças;

- Registros escritos do percurso do trabalho de formação;

- Produções das crianças;

- Avaliações da pedagoga e do grupo;

- Depoimentos dos profissionais e das crianças

 

No portfólio do professor, que será construído pelo grupo de profissionais da turma, deverá constar:

- Planejamento anual e diário;

- Sínteses e observações referentes às crianças;

- Fotografias;

- Registros escritos do percurso de trabalho;

- Produções das crianças (desenhos, tentativas de escrita, atividades artísticas);

- Observações da turma;

- Fala das crianças.

 

No portfólio da criança elaborado pelo professor deverá constar:

- Produções artísticas, desenhos, tentativas de escrita (a partir do MU);

- Fotografias;

- Relatos de pais e crianças;

- Registros sistemáticos de observações

- Avaliação da criança

 

  1. PAUTA DE OBSERVAÇÃO: A pauta de observação é um importante instrumento para subsidiar a observação sistemática das crianças. Auxilia o professor no registro dos diversos momentos vivenciados pelas crianças. A pauta de observação deverá contemplar a observação de poucas crianças de cada vez, para facilitar o acompanhamento do desenvolvimento infantil.

 

  1. PARECER DESCRITIVO: O parecer corresponde ao registro-síntese do percurso realizado pela criança. Sua elaboração dependerá dos registros contidos no portfólio, das observações feitas pelo professor, nas pautas de observação, entre outros.

O parecer descritivo será construído semestralmente, arquivado na instituição e entregue aos pais em reunião com as famílias. É um documento que contribui para o acompanhamento da aprendizagem da criança e também possibilita ao professor a análise e a avaliação de seu trabalho.

Assim, os pareceres descritivos no CMEI São João levam em consideração as aprendizagens das crianças: questões de ordem cognitiva e socioafetiva das crianças e de suas relações e o percurso da criança, focando na aprendizagem não no comportamento.

Os pareceres representam o acompanhamento do processo de construção do conhecimento da criança, uma análise reflexiva do ritmo próprio de cada uma, comparando-a com ela mesma e diferenciando-a das demais, tornando seu conteúdo único e não um documento padronizado para todas. Assim asseguramos o respeito às diferenças e o registro da história vivida por cada uma.

O parecer descritivo contém:

PARTE 1 – Relatório Geral (relato das atividades desenvolvidas do período, com toda a turma,

PARTE 2 – Relatório Individual (relato de como a criança desenvolveu-se durante as propostas realizadas, suas aprendizagens;

PARTE 3 – Relato de como os pais se refere ao desenvolvimento de seu (a) filho (a).

PARTE 4 - Relato de como a criança se refere ao seu desenvolvimento no período.

As reuniões de entrega de pareceres descritivos aos pais serão realizadas há cada final de semestre. Os responsáveis nesse processo são convidados a discutir a aprendizagem e o desenvolvimento da criança, permitindo que a parceria entre Família/CMEI seja mais efetiva.

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil: “A responsabilidade dos professores de avaliar as crianças, a si próprios e a proposta pedagógica, permitirá constante aperfeiçoamento das estratégias educacionais e maior apoio e colaboração com o trabalho das famílias”.

Essa avaliação da aprendizagem e desenvolvimento da criança oportuniza a ampliação e compreensão sobre a criança, para o professor e também um canal de interlocução com as famílias.

    1. Educação ambiental

O mundo onde as crianças vivem se constitui em um conjunto de fenômenos naturais e sociais indissociáveis diante do qual elas se mostram curiosas e investigativas. Desde muito pequenas, pela interação com o meio natural e social no qual vivem as crianças aprendem sobre o mundo, fazendo perguntas e procurando respostas às suas indagações e questões.

Como integrantes de grupos sócio-culturais singulares, vivenciam experiências e interagem num contexto de conceitos, valores, ideias, objetos e representações sobre os mais diversos temas a que têm acesso na vida cotidiana, construindo um conjunto de conhecimentos sobre o mundo que a cerca.

Nesse sentido o professor/ educador atua como parceiro das crianças, transformando a curiosidade infantil em possibilidade de construção de novos conhecimentos, oferecendo as crianças o contato com a experimentação, a construção e a desconstrução de hipóteses “para auxiliar a compreensão das crianças sobre fenômenos naturais e sociais, sobre o mundo em que vivem” (CURITIBA, 2006).

Faz-se necessário com as crianças a observação direta do ambiente próximo para que eles identifiquem seus componentes, algumas relações de interdependência, além da forma de ação do ser humano nesse local. Envolver toda a comunidade do CMEI em ações que são da responsabilidade das pessoas para a manutenção e a melhoria da qualidade do ambiente.

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, no seu artigo 225, capítulo VI – Do Meio Ambiente, nos trás que:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essenciais à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

Cabe destacar que a Educação Ambiental na Educação Infantil assume uma função transformadora, na qual a co-responsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para promover um novo tipo de desenvolvimento - o sustentável. CITAR REFERÊNCIA!!!!!!

Educação Ambiental é necessária para modificar um quadro de crescente degradação sócio-ambiental. Temos o dever de oportunizar as crianças o contato e o manuseio com elementos da natureza. Desse modo a criança passa a compreender a ação do homem como agente transformador da paisagem. Entender o significado do ciclo de vida dos produtos e serviços que usufruímos permite a criança ampliar a compreensão de nossa responsabilidade e atuar de forma mais efetiva para a melhoria do meio em que vivemos. CITAR REFERÊNCIA!!!!!

 

Continua Incluir práticas realizadas no CMEI (fotos)

 

    1.  Relações étnico-raciais

Conforme nos trás o Parecer 03/04 CNE/CEB:

Reconhecer exige a valorização e respeito às pessoas negras, à sua descendência africana, sua cultura e história. Significa buscar, compreender seus valores e lutas, ser sensível ao sofrimento causado por tantas formas de desqualificação: apelidos depreciativos, brincadeiras, piadas de mau gosto sugerindo incapacidade, ridicularizando seus traços físicos, a textura de seus cabelos, fazendo pouco das religiões de raiz africana (BRASIL, 2004).

Em consonância com o Parecer e com a Lei 10.639/03[1], onde determinam-se que sejam incluídas nos currículos das escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio a história e cultura afro-brasileira e africana, devemos buscar subsídios para garantir que nossa função sociopolítica e pedagógica, rompam com diversas dominações entre elas a étnico racial. Devemos criar condições para que as crianças compreendam valores, sensibilizem-se com as raízes de cada etnia, buscando sempre que o desenvolvimento dentro desse item seja pleno.

Devemos buscar planejamento, livros, vídeos, revistas, instrumentos, vestuários e demais materiais e experiências que sejam importantes para a educação infantil. As propostas devem contemplar várias etnias e serem desenvolvidas para boas práticas, para uma igualdade racial, sempre respeitando as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil.

 

 

  1. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

O Ministério da Educação lançou os Critérios para um Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças (2009), Indicadores da Qualidade na educação Infantil (2009), Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de educação infantil (2006), Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil (2006).

O Sistema Municipal de Educação de Curitiba, através da Secretaria Municipal da Educação, também lançou Parâmetros e Indicadores de Qualidade voltados aos Centros Municipais de educação Infantil e às escolas que ofertam esta etapa educacional.

Fazer a avaliação dos serviços educativos prestados à população é um compromisso a ser assumido por todas as instituições de educação infantil, seja pelos investimentos aplicados, seja pelo direito de seus usuários à educação de qualidade.

Avaliar a instituição é tarefa complexa, pois implica verificar resultados, o que exige dos envolvidos no processo educacional o conhecimento dos critérios e indicadores que orientam o julgamento da qualidade do trabalho desenvolvido.          

Nesse sentido, vários documentos têm sido lançados para avaliar a qualidade da educação infantil, desafio que se põe simultaneamente ao da oferta de vagas. Esses documentos servem de base para a discussão da qualidade no interior das instituições, norteando a compreensão e a definição de procedimentos para a avaliação do trabalho desenvolvido, o que precisa ser explicitado no Projeto Político Pedagógico.

  1. Bibliografia

BORDIGNON, G.; GRACINDO, R. V. Gestão da educação: o município e a escola. In: FERREIRA, N. S. C.; AGUIAR, M. A. da S. (orgs.). Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2000. 

 

BORGES, Maria Fernanda Silveira Tognozzi; LARA, Maria Lúcia Martins Pinto. Descobrindo bebês: Implicações pedagógicas do trabalho com crianças de 0 a 1 ano. I

 

BRASIL.Lei LDB:de diretrizes e bases da educação: lei n. 9394/96

 

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC / SEF, 1998. 3v.:il.

 

CARVALHO, M.P. Escola e participação popular: Um invisível cordão de isolamento, IN Cadernos de Pesquisa, São Paulo(70): 65-73, agosto 1989

 

Constituição Federal do Brasil de 1988

 

Diretrizes Curriculares para a Educação Municipal de Curitiba- 2009 – Curitiba – Paraná

 

FREINET, Celestin. Pedagogia do bom senso. São Paulo: Martins Fontes, 1996

 

HOFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 2009.

 

KRAMER, Sônia. A Política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. 7ª edição. São Paulo: Cortez, 2003

 

MARQUES, Mário Osório. "Projeto pedagógico: a marca da escola". In: Revista Educação e Contexto. Projeto pedagógico e identidade da escola n 2 18. Ijuí, Unijuí, abr./jun. 1990.

 

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti; REALI, Aline Maria de Medeiros; REYES, Cláudia Raimundo; MARTUCCI, Elisabeth Márcia; LIMA, Emília Freitas;

 

NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Prodil, 1994.

 

NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. Os professores e a sua formação. Lisboa: Nova Enciclopédia, 1992.

 

PANIAGUA, Gema; PALACIOS, Jesus. Educação infantil: resposta educativa à diversidade. Porto Alegre: Artmed, 2007

 

Plano Nacional de Educação (PNE)

 

Regimento do Centro Municipal de Educação Infantil São João

 

Resolução CNE/CEB Nº 05/09 e Parecer CNE/CEB Nº 20/2009 – Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil

 

Secretaria Municipal de Educação de Curitiba. Referenciais para Estudo e Planejamento na Educação Infantil. Planejamento e Avaliação: 2010

 

TANCREDI, Regina Maria Simões Puccinelli; MELLO, Roseli Rodrigues. Escola e aprendizagem da docência: processos de investigação e formação. São Carlos: EdUFSCar, 2002. 203p.

 

VASCONCELLOS, Celso dos S. Ciclos de Formação: uma alternativa libertadora de organização escolar. In Revista de Educação. Alvorada (RS): Secretaria Municipal de Educação, 2000.

 

VYGOTSKY. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

 

BRASIL, Lei da Acessibilidade. Lei Federal 10.098, de 19/12/2000.

 

CARVALHO, Maria Campos de; RUBIANO, Márcia R. Bonagamba. Organização dos espaços em Instituições Pré-escolares. In: OLIVEIRA, Zilma Morais. (org) Educação Infantil: muitos olhares. 5. Ed. São Paulo: Cortez, 2001.

 

HORN, Maria da Graça de Souza. Sabores, cores, sons, aromas. A organização na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004.

 

 

 

 

 

 

 

 

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