Projeto Político Pedagógico CMEI Ângela Dellattre - Lápis de Cor

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO BOA VISTA

CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ÂNGELA DELLATRE

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO

CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇAO INFANTIL

ANGELA DELLATTRE – LÁPIS DE COR

CURITIBA

2016

SUMÁRIO

1       INTRODUÇÃO.. 4

1.1  IDENTIFICAÇÃO DO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL.. 5

1.2  CARACTERIZAÇÃO  DA INSTITUIÇÃO(Histórico) 6

1.3  ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO.. 7

1.4  CARACTERIZAÇÃO DA CLIENTELA E DA COMUNIDADE.. 11

1.5  CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA INSTITUIÇÃO.. 13

1.6  PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA.. 13

2       OFERTA DA INSTITUIÇÃO.. 15

2.1  REGIME DE FUNCIONAMENTO.. 16

2.2  CALENDÁRIO ESCOLAR.. 16

2.3  ORGANIZAÇÃO DE GRUPOS E RELAÇÃO PROFESSOR/CRIANÇA.. 16

3       PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS E EDUCACIONAIS.. 17

3.1  FINS E OBJETIVOS. 17

3.2  CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA.. 23

3.3  INCLUSÃO.. 30

3.4  ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM O ENSINO FUNDAMENTAL.. 33

3.5  ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM A FAMÍLIA.. 34

3.6  ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM OUTROS SEGMENTOS DA SOCIEDADE NO ENCAMINHAMENTO DE QUESTÕES RELATIVAS À EDUCAÇÃO E AO CUIDADO COM A CRIANÇA.. 35

4       PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO.. 37

4.1  CONDIÇÕES DIDÁTICAS. 38

4.2  ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL   40

4.3  EDUCAÇÃO AMBIENTAL.. 41

4.4  EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS. 44

5       AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. 46

6       BIBLIOGRAFIA.. 47

Nos olhos de toda a criança se esconde o segredo da felicidade. O mundo é uma infinita fonte de descoberta e brincadeira, e seu sorriso fácil tudo descomplica e ilumina, em uma consciência onde ainda não existem definitivos.

Nos olhos de toda a criança não existe maldade, apenas vive a inocência que aos poucos a vida roubará com a promessa de que o mundo será dela, com a garantia de que o mundo conquistará se deixar de sorrir tão facilmente.

Criança é futuro, certeza de vida e alegria, mas criança é também o espelho de cada um de nós, do que fomos e no tempo se perdeu, contudo, por muito que possamos achar que tudo sabemos já, existe todo um mundo de sabedoria que devemos aprender com as nossas crianças, pois elas têm o que nós há muito perdemos – a pureza de pensamento!

(Autor desconhecido)

 

INTRODUÇÃO

  

Entendemos o Projeto Político Pedagógico como sendo o plano global da instituição. Sua construção é processual, não definitiva e se caracteriza pela construção coletiva. Será a referência dos princípios que devem dar organicidade e unidade às ações e práticas educativas, assim, constituindo-se no elemento de organização e integração da prática no CMEI Ângela Dellattre – Lápis de Cor.

Esse documento apresenta o retrato da nossa instituição de educação infantil, revelando quais os conceitos, qual a concepção de educação e de desenvolvimento infantil que professamos. É a imagem das nossas crianças, de seus familiares, da comunidade do nosso entorno e de nossos profissionais, professores, pedagogo, diretor bem como os demais funcionários, sendo, portanto resultado de um processo coletivo de reflexão da comunidade escolar sobre o trabalho educativo em sua totalidade.

 

IDENTIFICAÇÃO DO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL

1.1.1 - Nome da instituição:

CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ÂNGELA DELLATTRE-LÁPIS DE COR.

Oficializado pelo decreto nº. 374

ENTIDADE MANTENEDORA: PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

1.1.2 - Endereço:

Rua Coronel Benedito Tertuliano Cordeiro, 319

CEP: 82.600-190

Bairro Tingui

Município: CURITIBA

1.1.3 - CNPJ:

06.901.226/0001-40

1.1.4 - Telefone: 41 3251-1007

E-mail: cmeiangeladellatre@sme.curitiba.pr.gov.br

1.1.5 - Diretora: Mariele Treptow

 

 

 

CARACTERIZAÇÃO  DA INSTITUIÇÃO (Histórico)

O Centro Municipal de Educação Infantil Ângela Dellattre – Lápis de Cor está localizado no bairro Tingui, sito à rua Coronel Benedito Tertuliano Cordeiro, 319. Iniciou suas atividades em outubro de 1992, sendo uma creche comunitária, denominada Lápis de Cor – daí o que compõe o nome deste CMEI – que tinha como mantenedora a Sociedade Comunitária Graciosa “Sogra”, construída pela Provopar/Municipal, com recursos do Programa Vale Creche e conveniada com a Secretaria Municipal da Criança, na gestão do Prefeito Jaime Lerner.

Pelas dificuldades da manutenção da creche pela Sociedade Comunitária, que se mantinha de doações do comércio da região, doações dos pais das crianças e subvenção social da Secretaria Municipal da Criança, passou a pertencer a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância “Saza Lattes”, sendo esta a mantenedora até 04 de junho de 2001. Em seguida, foi devolvida à Prefeitura de Curitiba quando o Instituto Pró Cidadania assumiu a responsabilidade. Somente no 1º semestre de 2003 passou à responsabilidade da Secretaria de Educação de Curitiba, na gestão do Prefeito Cássio Taniguchi, quando já começou o atendimento com crianças sob a direção de Mauro Cesar de Souza.

No 2º semestre de 2004, foi instituído o Conselho de CMEI, órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva e fiscal, que tinha como atribuições: estabelecer, avaliar e realimentar a Proposta Pedagógica. Neste mesmo período, implantou-se o Programa de descentralização de Recursos Financeiros pela Secretaria Municipal de Educação, recursos estes repassados através da Associação de Pais e Funcionários – APF e tinham como objetivo:

Oferecer ao CMEI progressivos graus de autonomia de gestão financeira, conforme o artigo 15 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº9394/96;

Estabelecer uma parceria eficaz entre o CMEI e a comunidade;

Simplificar os procedimentos administrativos, possibilitando ao CMEI adquirir materiais e serviços com mais qualidade, menores custos e obtendo maior adequação às suas demandas específicas.

Hoje, nosso CMEI está sob a direção de Mariele Treptow que assumiu esta função em julho de 2005, presidindo também o Conselho de CMEI.

 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO        

 

 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

O CMEI Ângela Dellattre – Lápis de Cor tem capacidade para 80 crianças de Maternal I à Maternal III e compreende uma construção de quatro salas de atividades com capacidade máxima de 20 (vinte) crianças em cada sala em 2016. Esta organização pode mudar a cada ano de acordo com a demanda da região.

               

O espaço físico é organizado e reorganizado, tanto fora quanto dentro das salas, de acordo com a faixa etária e as necessidades das crianças tendo em vista o objetivo pensado e planejado pela equipe. Dessa forma, os armários estão dispostos de forma a estimular a autonomia, as mesas do refeitório são organizadas de forma a facilitar a socialização e as das salas de atividades de forma a realizar atividades de artes e jogos.

Pensando no interesse e necessidade das crianças, são organizados nas salas e também no espaço externo os Cantos de atividades diversificadas, com propostas que possam contribuir para o desenvolvimento de nossos pequenos. As salas de atividades possuem o que chamamos de instrumentos de aprendizagens que estimulam o conhecimento, como calendário, alfabeto, quadro numérico e chamada,  adequando-se a faixa etária.

O espaço externo possui brinquedos (parque) na grama e na areia, e uma casinha de bonecas. Este espaço também tem condições de serem inseridas novas propostas que podem ser modificadas anualmente, como “falsa baiana”, quadro de  giz na parede, muro de escalada e brinquedos interativos.

                 

Também temos os solários onde as crianças podem brincar diariamente nos brinquedos fixos e/ou com propostas organizadas pelas professoras.

                           

Recursos Físicos:

    Turmas

Maternal I

20

3 professores de educação infantil

Maternal II

20

3 professores de educação infantil

Pré I (2 turmas)

20

2 professores de educação infantil e 1 professor docência 1 em cada turma

Equipe de Apoio para cobrir permanências

3 professores de educação infantil

Total

4 turmas

13 professores de educação infantil e 2 de docência 1

Instalações sanitárias completas, próprias para o uso das crianças:

N.ºde banheiros para as crianças: 03

Nº. de trocadores: 02

Nº. de cubas para banho: 03

N.ºde vasos sanitários: 10

N.ºde pias: 10

N.ºde filtros: 03

   Instalações higiênicas – sanitário para adultos:

   Nº. de instalações sanitárias: 01

       Instalações específicas para:

a) Recepção

b) Direção

c) Apoio pedagógico.

d) Refeitório para as crianças.

e) Almoxarifado

f) 4 Salas de referência para as crianças

g) 3 Solários

h) Área livre para atividades de expressão física, artística e de lazer: parque de areia

i) Área livre para atividades de expressão física, artística e de lazer: gramado

k) cozinha

l) lactário

m) lavanderia

Serviços prestados por empresas terceirizadas:

Refeição: 01 colaboradora

Limpeza: 02 colaboradoras

ACESSIBILIDADE

Não há espaços ou equipamentos de acessibilidade específicos para crianças com necessidades especiais em nosso CMEI.

No entanto, o CMEI conta com mesas e cadeiras em tamanho adequado às crianças da faixa etária que atendemos, tanto nas salas de atividades como no refeitório, onde também há um buffet que viabiliza o servimento dos alimentos estimulando a autonomia no momento das refeições. Também possuímos vasos sanitários e  pias que atendem a altura das crianças.

Nas salas de atividades os escaninhos para mochilas estão à altura dos pequenos de forma que eles mesmos possam guardar seus pertences. Da mesma forma, vários materiais e brinquedos estão ao acesso das crianças como: livros, jogos, calendário, quadro numérico, lápis, canetas, entre outros.

.

Também como forma de incentivar a autonomia e como parte do Projeto Institucional “Do meu nariz cuido eu”, estão ao alcance os materiais necessários para higiene pessoal.

CARACTERIZAÇÃO DA CLIENTELA E DA COMUNIDADE

 CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS, CULTURAIS

As crianças matriculadas fazem parte de famílias, que na sua maioria, são pertencentes à classe média. Por meio dos questionários aplicados com os pais, pôde-se perceber que a renda familiar se situa em média na faixa de três salários mínimos ou mais, têm em média 4 a 6 pessoas e residem, na sua maioria em casas próprias ou cedidas.

As famílias pensam no CMEI como um parceiro nas aprendizagens e fortalecimento de valores e princípios necessários para o desenvolvimento dos filhos, bem como no desenvolvimento de cidadãos integrantes de uma sociedade com direitos e deveres. Percebem também a importância da rotina de cuidados que o CMEI oferece, propiciando o desenvolvimento da autonomia nas crianças.

Os pais na sua grande maioria são trabalhadores que no fim de semana tem momentos de lazer com seus filhos passeando na casa de familiares ou parques e praças. A maioria não tem o hábito de frequentar espaços culturais, mas consideram importante que as crianças tenham acesso a atividades e momentos culturais.

Em relação à escolaridade, não há analfabetos, poucos tem apenas o Ensino Fundamental, quarenta por cento tem o Ensino Médio completo e quarenta por cento tem ou está cursando Ensino Superior.

Todas as crianças residem com suas famílias próximas ao CMEI, sendo que a maioria vem para a unidade a pé ou de carro. Noventa por cento das famílias tem acesso à Internet e a metade das famílias possui TV a cabo. Com relação à religião, a maioria das famílias divide-se entre católica e evangélica.

        

CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA INSTITUIÇÃO

O CMEI possui funcionários que exercem as seguintes funções:

13 Professoras de Educação Infantil;

2 Professoras (Profissional do Magistério)

1 Diretora

1 Pedagoga

1 auxiliar administrativo

2 apoios administrativos

2 funcionárias para limpeza (serviço terceirizado);

1 funcionária responsável pela alimentação (serviço terceirizado).

Os profissionais do CMEI Ângela Dellatre na sua maioria possuem ou estão cursando o Ensino Superior. Buscam constantemente aperfeiçoar o seu conhecimento demonstrando o interesse em trazer sempre o que há de melhor para as crianças. A pesquisa faz parte da sua rotina, percebendo a criança como um ser em constante evolução, com potencialidades e protagonistas do seu aprendizado. A equipe percebe que o vínculo afetivo deve permear todas as ações, sem descuidar do incentivo à autonomia desafiando-os a buscar novas aprendizagens.

É perceptível a conduta responsável que os profissionais tem com as crianças sem deixar de lado a vibração e motivação que demonstram ao perceber os avanços e conquistas de cada criança em sua individualidade.                         

PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

A prática do estudo é intrínseca ao ato de educar. Os profissionais da educação tem a missão de estar constantemente se aperfeiçoando e acompanhando os avanços da pesquisa na área pedagógica. A formação continuada deve ser uma constante nas instituições de ensino, que devem se organizar de forma a oportunizar momentos de reflexão sobre a prática, estudo da teoria e reelaboração dos planejamentos.

Para que a formação seja realmente eficiente, faz-se necessário um olhar apurado para o que está sendo trabalhado, de que forma está acontecendo e o que ainda necessita de investimento. Ouvir os profissionais e observar suas necessidades é algo imprescindível no trabalho pedagógico, pois a partir dessas observações é que se elaboram estratégias de investimento determinando o foco formativo.

A pedagoga do CMEI organiza anualmente um Plano de Formação que possibilita aos profissionais a busca pelo conhecimento e o contínuo e incessante repensar de suas ações. Os estudos são realizados com os profissionais nas permanências de oito horas semanais, nas reuniões pedagógicas e Semana de Estudos Pedagógicos.

              

 

OFERTA DA INSTITUIÇÃO

O Centro Municipal de Educação Infantil Ângela Dellattre atualmente tem capacidade para 80 crianças que são organizadas conforme a faixa etária, com a preocupação de serem atendidas as suas necessidades básicas de cuidados e educação com qualidade.

Turmas

Nº crianças

Faixa etária

N° de Profissionais

Maternal I

        20

     1a 7m a 2a 4m

3

Maternal II

20

2a 5m a 3anos

3

Pré I A

20

3 a 4 anos

3

Pré I B

20

3 a 4anos

3

TOTAL

4

80

1a 7m a 4anos

        12

Observações:

Nas turmas  de  Pré I, dos três profissionais, dois são professores de educação infantil com carga horária de oito horas e um professor de docência I com carga horária de 4 horas;

Além dos profissionais citados acima, estão previstos também mais 3 professores de Educação Infantil para a equipe que cobre as permanências;

A organização das turmas pode variar conforme o ano dependendo da demanda da região.

REGIME DE FUNCIONAMENTO

O Centro Municipal de Educação Infantil Ângela Dellattre, oferece atendimento em regime de período integral, funcionando das 7:00h às 18:00h, de acordo com o regimento do CMEI.

O ano letivo conta com 210 dias de atividades no CMEI, sendo 200 dias letivos e    carga horária anual de 8 horas conforme a lei federal nº 12.796/13

              

CALENDÁRIO ESCOLAR

O calendário é elaborado anualmente pela unidade, atendendo ao disposto na legislação vigente, bem como as Diretrizes emanadas da Secretaria Municipal de Educação. (Anexo)

 ORGANIZAÇÃO DE GRUPOS E RELAÇÃO PROFESSOR/CRIANÇA

A composição das turmas no Centro Municipal de Educação Infantil, segue recomendação estabelecida    por portaria municipal vigente que estabelece o número de crianças e profissionais por turma. 

 

PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS E EDUCACIONAIS

FINS E OBJETIVOS

Estes elementos tem a intenção de definir quais as ações que nosso CMEI deverá tomar para atender às expectativas da comunidade educativa. Traduz, de forma clara, o caminho que pretendemos percorrer para alcançar o que queremos que nossas crianças aprendam e de que forma podem desenvolver-se para tornarem-se cidadãos comprometidos e responsáveis.

DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Para o trabalho com a Educação infantil ser desenvolvido com a qualidade que a sociedade merece é necessário primeiramente se pensar na criança como sujeito de direitos e assegurar seu desenvolvimento integral ultrapassando a questão do cuidado (essencial a esse trabalho). A intenção é dar a Educação Infantil um caráter educativo e promover o desenvolvimento das potencialidades das crianças pequenas.

 

Art.29. A educação infantil primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996).

Contudo, esse processo precisa acontecer de forma harmônica no Município de Curitiba e, para tanto, consideramos os princípios básicos que regem esse trabalho na Educação Infantil do nosso município. É preciso que reflitamos sobre estes princípios e possamos dar a importância devida para o trabalho educativo desenvolvido nas nossas unidades.

Os princípios éticos, políticos e estéticos dão base para o desenvolvimento deste projeto e estão contidos nas atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (2013), sendo:

Art. 6º As propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios:

Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.

Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.

Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais. (BRASIL, 2009, p.2)

É por meio das experiências diversificadas, da valorização dos interesses e conquistas da criança, das opiniões e decisões emitidas, das descobertas realizadas, da livre expressão e da superação de desafios que buscamos garantir o direito à aprendizagem e à transformação da sociedade.

As instituições públicas da rede municipal de ensino de Curitiba, além da legislação nacional, são regidas também pelas Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação Infantil e pelos Parâmetros e indicadores de Qualidade para os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI’s).

As Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação Infantil norteiam o atendimento nos Centros Municipais de Educação Infantil, com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, sendo um dos primeiros documentos da Secretaria Municipal de Educação voltado para a Educação Infantil, uma vez que esta passou a compor o Sistema Municipal de Ensino só a partir de 2003.

Esse documento norteia as instituições de Educação Infantil, enfatizando três eixos articuladores do trabalho: 1) Infância: Tempo de Direitos; 2) Espaços e Tempos Articulados; e 3) Ação Compartilhada que só reafirmam o que está disposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil.

(...) a proposta de trabalho educativo com a criança pequena dispensa a fragmentação de conteúdos ou a compartimentalização de aprendizagens estabelecidas em etapas a serem vencidas em um determinado tempo. A ideia é de uma permanente construção da ação educativa, considerando o direito da criança à infância e à educação, estabelecendo uma interação entre o fazer pedagógico e a reflexão constante do que é realizado com as crianças, profissionais da Educação Infantil, famílias e comunidades. (CURITIBA,2006, p.15)

Há alguns anos, para garantir o direito da família trabalhadora, as unidades de atendimento às crianças pequenas não davam o devido valor educativo ao cuidar. No entanto, considerando novas concepções e políticas públicas, as instituições passam a assumir um caráter educativo e de aprendizagens garantindo o direito da criança à educação.

Todo  um conjunto de conceitos sobre o desenvolvimento da primeira infância e sobre a estrutura física tiveram que ser reformulados com o intuito de oferecer aos pequenos uma condição favorável para o seu desenvolvimento.

 

“...foi aberta uma reflexão sobre como a prática do cuidar permite desenvolver uma relação fundamental com a criança não apenas para a sua sobrevivência e o seu bem-estar físico, mas principalmente para viabilizar o seu crescimento emocional, psicológico e social. Em uma palavra, para promover o seu crescimento como pessoa”. (Revista Pátio, Cuidar e educar - p. 13)

Com essa nova concepção de criança, como sujeito de direitos, foi se delineando a necessidade de se ampliar as políticas públicas para o atendimento de crianças de 0 a 5 anos, mudando o foco desse atendimento, que deixaria de ser assistencialista e passaria para a esfera educacional, passando assim a compor os sistemas de ensino como primeira etapa da educação básica.

Desse modo, ideologicamente, as concepções sobre a educação de crianças de 0 a 5 anos foram se transformando e tomando um caráter educacional condizente com as demandas sociais e as lutas pela ampliação de direitos da população, voltadas a educação da primeira infância.

Os profissionais do CMEI veem a educação infantil como uma etapa essencial para o desenvolvimento de aprendizagens necessárias às experiências presentes e futuras, contribuindo para a formação integral das crianças.

DA INSTITUIÇÃO

Entendemos que o CMEI Ângela Dellattre, como instituição de Educação Infantil que valoriza o processo educativo, tem o compromisso de proporcionar a ampliação das potencialidades das crianças, desenvolver nelas o espírito crítico que permite intervir e transformar a comunidade de que faz parte, bem como desenvolver uma perspectiva de cidadão e cidadania que implica em compromissos que apontam para o bem comum, para o compromisso com o outro, com o desenvolvimento de sua autonomia, de sua liberdade e felicidade e também de suas famílias.

Portanto, ao iniciar sua trajetória no CMEI, os direitos da criança à saúde, ao amor, à aceitação, à segurança, à estimulação, ao apoio e à confiança como se estivesse em seu lar, devem ser mantidos, juntamente com o direito de aprender, de conhecer, de se desenvolver intelectualmente em um ambiente pensado e planejado para seu pleno crescimento e maturação, sendo ela respeitada em suas diferentes linguagens, expressões e capacidade de criação.

Acreditamos que a criança deva ter uma educação integral e plena, desenvolvendo todas as linguagens no âmbito social, físico e emocional. Nessa educação integral a criança deve ser o centro do trabalho educativo, sendo fundamental valorizar os interesses, o contexto sócio cultural e o modo como ela pensa. Para tanto, o CMEI deve proporcionar momentos planejados intencionalmente, prevendo diferentes situações educativas.

O Centro Municipal de Educação Infantil Ângela Dellattre – Lápis de Cor tem como objetivo principal oferecer uma educação de qualidade pautada no cuidar e educar considerando o contexto sócio cultural onde as crianças estão inseridas, promovendo um ambiente onde a criança possa ser a protagonista do seu saber desenvolvendo suas diferentes potencialidades e singularidades.

Em resumo, propomos que o virar gente, tornar-se uma pessoa humana, é marcado pela imersão permanente do homem em um mundo simbólico e em um processo social contínuo e compulsivo e dar e criar sentidos. Nas interações com os outros e com o mundo, em um determinado momento e contexto sócio histórico, o homem/a mulher constrói seus significados, suas relações e a si próprio enquanto sujeito. Suas relações e seu acesso ao mundo são, pois, interceptados pelo outro da linguagem, imersos que estão em sua rede de significações. (Rossetti-Ferreira, 2011, p.40)

Reconhecemos nossa  criança como sujeito, que pensa e age e, portanto é produtora de conhecimento. Dar ouvido à voz da criança permite a ela ter segurança e independência para expor suas ideias e ser capaz de construir seu próprio conhecimento tornando-se participativa/crítica levantando hipóteses, construindo e desconstruindo conceitos. A criança é uma pesquisadora por natureza, desse modo, é especialmente importante proporcionar um ambiente adequado para que a criança possa experimentar o mundo que a cerca, expressando, comunicando e revelando suas curiosidades.

Dessa forma, podemos afirmar que a criança é o centro do processo educativo e é por ela que todo esse processo acontece, como uma trama de experiências, relações e saberes.

GESTÃO ESCOLAR:

A gestão na Educação Infantil constitui-se basicamente no processo de transformação de metas e objetivos em ações, dando concretude ao Projeto Político Pedagógico e tendo a visão democrática como pressuposto.

Dentro do CMEI, o trabalho administrativo  só ganha sentido se estiver intimamente ligado às atividades pedagógicas, os dois são indissociáveis, um depende do outro para que a gestão seja eficiente. Nesse ínterim, a base de sustentação é a participação direta de todos os segmentos da comunidade educativa.

Ao gestor cabe o papel de articulação entre os segmentos, de tornar efetivo o processo de acompanhamento, de reformulação de processos e produtos, de manutenção e atualização de memórias, investindo num sistema de informações eficiente e que forneça dados para tomar as medidas e decisões necessárias. Desta forma, é elaborado anualmente o Plano de Ação da Unidade, que tem por finalidade eleger ações, organizá-las e colocá-las em prática. Este plano é construído a partir dos resultados da Avaliação dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade, que também acontece anualmente.

O gestor do CMEI deve estabelecer comunicação com famílias e profissionais, mostrando-se aberto à diversidade de culturas e pensamentos.  Para garantir este processo contamos com o Conselho de CMEI, um órgão constituído por profissionais da educação, pais ou responsáveis pelas crianças, funcionários, representantes da Unidade de Saúde e de instituições Comunitárias, que tem por finalidade promover a articulação entre os segmentos da comunidade e da unidade, com o objetivo de deliberar a respeito de todas as questões que permeiam as ações do CMEI, garantindo a efetivação do trabalho educativo com prioridade no desenvolvimento integral das crianças.

Além do Conselho de CMEI, contamos também com a APPF CMEI Ângela Dellatre, (Associação de Pais, Professores e Funcionários) que tem como atribuições gerir e administrar os recursos financeiros advindos do governo Federal, Municipal e Recursos Próprios; representar os interesses da comunidade escolar junto ao CMEI, bem como promover o entrosamento entre todos por meio de atividades sócio-educativas, cultural  e desportivas.

   CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

CONCEPÇÃO DE CRIANÇA

“Crianças pequenas são seres humanos portadores de todas as melhores potencialidades da espécie (1), inteligentes, curiosas, animadas, brincalhonas, em busca de relacionamentos gratificantes, pois descobertas, entendimento, afeto, amor, brincadeira, bom humor e segurança trazem bem estar e felicidade; (2) tagarelas, desvendando todos os sentidos e significados das múltiplas linguagens de comunicação, por onde a vida se explica; (3) inquietas, pois tudo deve ser descoberto e compreendido, num mundo que é sempre novo a cada manhã; (4) encantadas, fascinadas, solidárias e cooperativas desde que o contexto ao seu redor e principalmente nós adultos/educadores saibamos responder, provocar e apoiar o encantamento e a fascinação, que levam ao conhecimento, à generosidade e à participação”. (CNE/CEB22/98 in                                                                CURITIBA, 2006,P.18)

Acompanhar e apoiar a trajetória de aprendizagem e desenvolvimento das crianças é o assunto mais importante que nos propomos a realizar na instituição de Educação Infantil, justamente por que estamos falando de crianças como as que observamos na citação acima. Não há como perder tempo, pois há exigência nestas manifestações infantis.

A criança é vista hoje, como um ser crítico e pensante, que expõe seus desejos, emoções, preferências e as próprias aprendizagens que traz do seu cotidiano. Já possuem grande autonomia e capacidade de resolver pequenos conflitos, e também uma gama de saberes tecnológicos que não podem ser ignorados. 

Assim a criança tem um mundo a descobrir e, interagindo com este, é que forma sua identidade. Então, entendemos a criança como protagonista da sua própria existência, que constrói sua história e se encontra num processo de desenvolvimento que envolve os aspectos cognitivos, psicológicos, biológicos, emocionais e sociais, que pode aprender as características da sociedade em que vive e para a qual seus conhecimentos são e serão necessários, assim como poderá desenvolver uma consciência de transformação social.

Nossas crianças brincam, e ao brincar se relacionam, inventam e transformam coisas, conhecem novos ambientes, objetos e culturas, constroem relações e pensam sobre o mundo que as cerca.

Assim, no CMEI Ângela Dellattre – Lápis de Cor, os profissionais entendem que é necessário considerar as necessidades e interesses dos nossos pequenos nos planejamentos e práticas educativas tornando-os cada vez mais independentes e autônomos na sua caminhada.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil definem criança como:

 “... sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, BRASIL, 2009)

No CMEI Ângela Dellatre, as práticas oferecidas buscam ser experiências de aprender, e consideram a criança   como o centro do planejamento, abrindo possibilidades para que as crianças manifestem seus interesses e façam escolhas individuais, realizando de forma autônoma, participativa e criativa todas as propostas, estimulando com valor, o protagonismo infantil.

“A criança pode se envolver nas propostas que lhe são feitas com a curiosidade própria da experi­mentação dos cientistas, a criatividade da inovação dos artistas experimentais, a práti­ca que conduz todas as ações no dia a dia, a sabedoria da memória de situações já vividas. Mas a mais importante característica des­sa experiência reside na sua capacidade de transformação. A experiência é fruto de uma elaboração, portanto, mobiliza diretamente o sujeito, deixa marcas, produz sentidos que podem ser recuperados na vivência de outras situações semelhantes, portanto, constitui um aprendizado em constante movimento. Aprender em si mesmo, como processo que alavanca o desenvolvimento, é uma experiên­cia fundamental às crianças e compromisso de uma boa instituição educativa” (Augusto, Silvana de Oliveira - Experiências de aprender na Ed. Infantil, p.20)

CONCEPÇÃO DE CUIDAR E EDUCAR.

Há que se considerar que cuidar e educar estão indissociavelmente conectadas e, portanto, são faces da mesma moeda. Partindo dessa premissa, entendemos que um não pode ser trabalhado sem o outro. Há muitos aprendizados no cuidar e muitos cuidados no educar. O tempo todo a criança constrói e expressa seu pensamento, e se desenvolve no mundo que a cerca.

Segundo as Diretrizes Curriculares Municipais para Educação Infantil de Curitiba:

“Isso significa considerar a criança por inteiro em qualquer proposta educativa, integrando as ações de educar e cuidar, compreendendo-as como funções indispensáveis e indissociáveis na Educação Infantil. São indissociáveis, pois, no ato de cuidar, educa-se e no ato de educar cuida-se. Nessa perspectiva, educar e cuidar de modo integrado implica atenção e respostas às necessidades fundamentais do desenvolvimento das crianças”. (CURITIBA, 2006, p.20)

  Dessa forma, nas ações educativas de cuidado é importante consolidar na rotina atividades de higiene, alimentação, sono, descanso, salientando que essas práticas, embora sejam de cuidado, também devem ser vistas como educativas e importantes para o desenvolvimento infantil. Nessas ações, o professor é sensível à criança, conversa, olha nos olhos e constrói vínculos por meio do afeto. A criança é respeitada e dessa forma, compreende as atitudes de forma humanitária.

Um trabalho muito importante realizado no CMEI hoje é o projeto institucional “Do meu nariz cuido eu” que estimula a autonomia das crianças nos cuidados com a higiene.

Este projeto é desenvolvido em todas as turmas do CMEI e ações educativas desenvolvidas são adequadas conforme a idade das crianças. Para tanto, são dispostos materiais que incentivam o autocuidado como lenços de papel, espelho, lixeiras, álcool gel, escovas dentais, sabonete líquido, entre outros que poderão ser usados pelas crianças com o incentivo e atenção dos professores.

Essas ações e relações permeiam todo o nosso planejamento diário de modo que se organizem o tempo e o espaço para este fim. Esse planejamento garante que a criança conheça cada cantinho, suas funções, a rotina dessas propostas e, se sinta segura e faça as conexões necessárias ao aprendizado. É importante salientar que, deverão ser contemplados encaminhamentos para todos os envolvidos, consolidando o equilíbrio entre as ações de cuidar e educar.

“Um bom planejamento das atividades educativas favorece a formação de competências para a criança aprender a cuidar de si. No entanto, na perspectiva que integra o cuidado, educar não é apenas isso. Educar cuidando inclui acolher, garantir a segurança, mas também alimentar a curiosidade, a ludicidade e a expressividade infantis.” (Diretrizes  Curriculares Nacionais para Educação Infantil, BRASIL, 2013).

CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Para que percebamos a criança em um processo de desenvolvimento e aprendizado é necessário que se considere as interações pelas quais passam e estão expostas, bem como a sua cultura, religião, condições sócio econômicas tanto da família e da sociedade em que está inserida.

Também é necessário dizer que as crianças são sujeitos críticos e criativos, que pensam e criam jeitos próprios de interpretar e vivenciar as coisas do mundo. Não há como não ter um olhar atento e focado nos aspectos cognitivo, físico, social, cultural e afetivo para se definir um conceito de desenvolvimento infantil.

Sabemos que as crianças de 0 à 5 anos, passam por diferentes fases de desenvolvimento e que apresenta muitas mudanças físicas e cognitivas no decorrer do tempo e conforme as influências orgânicas e culturais.  Mas também sabemos que a interação e a relação ativa com as pessoas, as coisas e as ideias que as cerca faz seu potencial de aprendizagem aumentado. Daí a importância de estimular ao máximo essas crianças e dar-lhes oportunidades de aprendizagem principalmente por meio das brincadeiras.

“O brincar de faz-de-conta, por sua vez, possibilita que as crianças reflitam sobre o mundo. Ao brincar, as crianças podem reconstruir elementos do mundo que as cerca com novos significados, tecer novas relações, desvincular-se dos significados imediatamente perceptíveis e materiais para atribuir-lhes novas significações, imprimir-lhes suas ideias e os conhecimentos que têm sobre si mesma, sobre as outras pessoas, sobre o mundo adulto, sobre lugares distantes e/ou conhecidos” (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, vol.3)

É por meio da brincadeira que o professor conhece cada particularidade, qual linguagem é mais expressiva em cada criança, quais competências e habilidades se destacam. Daí a preocupação em estimular todos os sentidos e linguagens da criança.

Tendo em conta que o brincar é a maneira pela qual a criança pequena aprende e se desenvolve e que a interação com o outro é indispensável para esse desenvolvimento, é sob o olhar sócio interacionista que pautamos a concepção de desenvolvimento humano que embasa nosso trabalho pedagógico com os pequenos e suas famílias.

Para Piaget as crianças adquirem conhecimento por meio de ações sobre os objetos e de experiências cognitivas concretas. Elas constroem o seu conhecimento durante as interações com o mundo.

Também nos pautamos em Vygotsky (1896-1934) que concebe o sujeito como um ser ativo e a construção do seu pensamento se dá de acordo com seu ambiente histórico e social. A aprendizagem depende, portanto, do desenvolvimento prévio e anterior, ao mesmo tempo que, também depende do desenvolvimento proximal do sujeito - distância entre o nível de desenvolvimento atual/real, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado pela resolução de um problema orientado por um mediador ou um colaborador mais capaz.

O CMEI Ângela Dellattre – Lápis de Cor trabalha visando o desenvolvimento da criança de forma integral, agindo para que possa desenvolver todas as potencialidades infantis, por meio das diferentes linguagens.  Da mesma forma o CMEI dá ênfase a interação das crianças com os adultos, umas com as outras e com os brinquedos e brincadeiras, explorando cada objeto e construindo significações relevantes para seu desenvolvimento cognitivo e também às potencialidades da criança e à sua capacidade criadora, sem esquecer que a criança aprende se estimulada afetivamente também. A questão afetiva é um fator primordial que deve estar inserido nas condutas e práticas do professor mediador.

CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM

“O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico. Tais práticas são efetivadas por meio de relações sociais que as crianças desde bem pequenas estabelecem com os professores e as outras crianças, e afetam a construção de suas identidades”. (PARECER CNE/CEB Nº:20/2009)

Diante disto as experiências oferecidas às crianças na unidade são planejadas conforme  os interesses e as necessidades infantis e as práticas oferecidas  envolvem as crianças nas diferentes linguagens, sendo que no dia a dia  as crianças tem a oportunidade de terem o contato com  a leitura e  a escrita, as artes, o conhecimento matemático, desenvolver sua oralidade, vivenciar as relações sociais e aprender a cuidar e preservar o meio ambiente, deste modo podem explorar, descobrir,  levantar hipóteses e avançar na construção de seus conhecimentos participando ativamente das propostas.  

“Uma atividade muito importante para a criança pequena é a brincadeira. Brincar dá à criança oportunidade para imitar o conhecido e para construir o novo, conforme ela reconstrói o cenário necessário para que sua fantasia se aproxime ou se distancie da realidade vivida, assumindo personagens e transformando objetos pelo uso que deles faz”. (PARECER CNE/CEB Nº:20/2009)

 O brincar é o fio condutor de todo o trabalho desenvolvido no CMEI, ele permeia todas as ações que são planejadas pelos profissionais que buscam proporcionar às crianças ações prazerosas e criativas. Afinal, brincar exige um conhecimento, um repertório que elas precisam aprender. É por meio da brincadeira que a criança constrói o conhecimento e por meio deste dá mais significado às brincadeiras, ou seja, um leva ao outro. É importante lembrar que o brincar não depende somente da criança, necessita do suporte do adulto, de observação e planejamento.

A criança não nasce sabendo brincar, e por isso os professores do CMEI tem a função de estimular a aprendizagem repertoriando e criando ambientes favoráveis e que despertem o interesse para o brincar. Isso se dá por meio de um planejamento com intencionalidade nas ações, cuidadosamente elaborado com vistas à participação, a ludicidade, a criatividade, a exploração, a expressividade, a imaginação e que favoreçam um brincar de qualidade.

No dia a dia da unidade, as concepções, o planejamento do espaço, do tempo e dos materiais fazem a diferença no processo educativo. No entendimento dos profissionais, a aprendizagem na educação infantil proporciona o desenvolvimento da criança por meio de brincadeiras, atividades pedagógicas, lúdicas, psicomotoras, por meio do faz de conta, quando desenvolvem o intelectual, o emocional e o afetivo, inserindo-se no meio social, possibilitando na criança a resolução de situações problemas e garantindo o equilíbrio da sua autoestima, da confiança em si e nos outros.

Como forma de oportunizar maiores possibilidades de aprendizagens por meio do faz de conta e das interações entre as crianças e professores, no CMEI Ângela Dellattre - Lápis de Cor, as integrações entre as diferentes turmas fazem parte do cotidiano, criando um ambiente educativo de qualidade e prazeroso, levando à ampliação de experiências já que os menores aprendem com os maiores e vice versa. Essas integrações acontecem três vezes por semana, preferencialmente no período da tarde, podendo ocorrer nos espaços interno ou externo do CMEI.

Não só nas integrações são proporcionadas brincadeiras, mas também em todas as atividades relacionadas às diferentes Linguagens. Nossos profissionais consideram os   saberes prévios das crianças e valorizam as suas marcas, um exemplo disto são os murais de produções organizados constantemente, que encantam a comunidade do CMEI.

INCLUSÃO

Sabemos que toda criança tem o direito social à educação e de qualidade. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/96) e o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (BRASIL, 1998) vem para instalar definitivamente esse direito a “todas” as crianças, inclusive as com necessidades educacionais especiais.  Dessa forma, a educação infantil enfrenta hoje um grande desafio: a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais nas creches e pré-escolas.

“Promover a inclusão desde a Educação Infantil é favorável tanto para a criança com necessidades especiais como para as demais. Os adultos do início do século XXI, em sua maioria, não tiveram o direito e a experiência de conviver com os diferentes, assim veem com estranhamento a reunião da diversidade. Na época em que eram crianças, o contexto, principalmente o educativo, era excludente, não comportava diferenças. Hoje, vemos que os ambientes inclusivos são espaços ricos para o desenvolvimento e a aprendizagem de  comportamento pró-social e que as crianças reagem empaticamente à presença de outras crianças, de condições diferentes”. (CURITIBA, 2006, p.72)

A LDB determina que a oferta da Educação Especial seja dever constitucional do Estado e tem início na Educação Infantil. Segundo o disposto Lei Nº. 7.853, de 24 de outubro de 1989, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências.

I - na área da educação:

a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e a reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação própria;

b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas;

c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino;

d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos portadores de deficiência;

e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;

f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;

Sendo assim, nosso CMEI assume o compromisso de assegurar um atendimento de qualidade às crianças com necessidades especiais, de modo que sejam inclusas naturalmente neste ambiente educativo. Para tanto, contamos com o assessoramento da Coordenadoria de Atendimento às Necessidades Especiais (CANE) que acompanha nosso trabalho nos auxiliando nesta nova e importante caminhada, com visitas periódicas para acompanhar a criança na unidade, orientando a EPA e os profissionais que atuam com a criança na turma e também auxiliando na comunicação com outras instituições que possam nos apoiar. Ainda estamos aprendendo a trabalhar com formas de interação positivas, possibilidades, apoio as dificuldades e acolhimento das necessidades dessas crianças. Para que isso possa ocorrer de forma saudável e com qualidade, é necessário em primeiro lugar, que os profissionais conheçam as etapas do desenvolvimento infantil profundamente, tornando-se ainda mais observadores para que possam reconhecer e atender as necessidades específicas de cada criança, sendo capaz de organizar o ambiente e a rotina para estimulá-la rumo a aprendizagens significativas.

Sempre que possível, nossos professores frequentam os cursos oferecidos pela CANE com o intuito de melhorar suas práticas e assim garantir os direitos fundamentais da criança com necessidades especiais. Também procuramos fazer o acompanhamento dos atendimentos realizados por ela em outras instituições, como: Associação Mantenedora do Centro Integrado de Prevenção e Educação Especial – AMCIP, avaliação neurológica, fonoaudiologia, psicologia e atendimento pedagógico, reeducação auditiva e visual, entre outros que as crianças necessitem. As orientações feitas pelas instituições e atendimentos especializados são de grande valor para compor o planejamento das ações desenvolvidas no CMEI. Além disso, o CMEI considera a interação direta com a família e busca manter-se informado sobre o histórico familiar, rotinas, higiene, alimentação, medicação, nível de dependência e autonomia para só então estabelecer práticas educativas coerentes e adequadas que visem o desenvolvimento integral das crianças com necessidades educacionais especiais.

É importante ressaltar que o CMEI Ângela Dellattre busca oferecer as melhores condições e oportunidades de aprendizagem, de convivência e interação com outras crianças e professores, de materiais e instrumentos educativos e participação ativa nos grupos e ambientes com vista ao seu melhor desenvolvimento físico, psicológico, cognitivo, afetivo e social possível.

ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM O ENSINO FUNDAMENTAL

Na transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental há que se pensar que as crianças vivenciem um processo de continuidade, que seja progressivo e prazeroso, onde as crianças possam se organizar autonomamente.

Para tanto, o CMEI precisa construir uma boa parceria com a escola de Ensino Fundamental de modo que esta última também possa se preparar para receber bem nossas crianças e tornar esse momento o mais tranquilo e prazeroso possível.  Por isso, é importante que haja uma progressiva e prazerosa articulação das atividades de comunicação e de ludicidade com esse novo ambiente escolar, de forma a potencializar conhecimentos, habilidades e competências aprendidos no CMEI.

Sendo assim, O CMEI Ângela Dellattre – Lápis de Cor procura conversar com a EPA da instituição de ensino fundamental mais próxima, onde provavelmente as crianças do CMEI deverão frequentar, para combinar e planejar ações de integração entre as crianças das duas instituições, como momentos de brincadeiras, utilização da biblioteca da escola pelas crianças do CMEI, participação em eventos como teatros e outros, conhecimento dos espaços da escola e dos profissionais que lá trabalham. Entendemos que a integração com o ambiente da escola diminui a ansiedade de nossas crianças e que seus familiares sentem-se mais seguros para quando houver essa transição.

O CMEI também procura agendar conversa com a EPA da escola para colocá-la a par das informações pertinentes ao processo pedagógico e ações desenvolvidas para superação das dificuldades. São entregues à instituição, pessoalmente ou por malote (quando a escola é mais distante) os pareceres individuais contendo informações pedagógicas, portfólios com atividades desenvolvidas durante o ano, documentos médicos ou de especialidades clínicas, entre outros que sejam relevantes nesse novo processo de ensino. Isso facilitará tanto o trabalho desenvolvido pela professora em sala de aula, pois já conhecerá minimamente essa criança que está chegando, como também o trabalho da pedagoga, em novos encaminhamentos que sejam necessários ao bom desenvolvimento pedagógico dos pequeninos.

ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM A FAMÍLIA

Um dos maiores desafios do CMEI é atuar de maneira constante em conjunto com famílias e comunidade, de forma a levar em consideração a dinâmica social em que as nossas crianças estão inseridas na hora de realizar o planejamento pedagógico.

É imprescindível ter conhecimento da realidade social, bem como das práticas culturais que nos rodeiam para que possamos proporcionar ações educativas que valorizem e respeitem crianças e suas famílias. Dessa forma, a ação compartilhada nos ajuda a tornar realidade e colocar em prática este desafio.

Quando falamos em Ação Compartilhada, acreditamos que a família e o CMEI são corresponsáveis pela educação das crianças, realizando ações integradas que resultam da participação, cooperação e tomada de decisões que dizem respeito ao processo educativo. 

Em virtude desta visão, o CMEI organiza ações que estreitam as relações com as famílias, por meio de integrações em sábados letivos; reuniões de pais; reuniões do Conselho de CMEI e APPF onde os familiares tem representatividade.  

Integração com as famílias

No momento das matrículas realiza-se uma entrevista a respeito das peculiaridades de cada criança de modo que o CMEI possa ficar informado sobre os detalhes que podem fazer diferença no trabalho pedagógico e de cuidado com cada criança em particular. Dessa forma, caso necessário, já podemos dar os encaminhamentos pertinentes a cada caso, como as questões de alimentação, atendimentos médicos especializados, ou até mesmo uma necessidade particular da criança na hora de dormir.

O CMEI também busca divulgar as informações e o resultado do trabalho desenvolvido por meio de banner’s expostos nos corredores da Unidade, organizados por turmas com informações acerca das atividades realizadas em cada sala de referência, falas, gostos e sentimentos das crianças, trazendo vida aos corredores de nossa unidade, sendo este mais um meio utilizado para a comunicação entre o CMEI e as famílias.

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ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM OUTROS SEGMENTOS DA SOCIEDADE NO ENCAMINHAMENTO DE QUESTÕES RELATIVAS À EDUCAÇÃO E AO CUIDADO COM A CRIANÇA

Para que o CMEI consiga atingir seus objetivos de aprendizagem e cuidado é necessário unir forças e compartilhar conhecimentos com outras instituições que podem e devem acompanhar o desenvolvimento infantil. A Unidade de Saúde, a Associação de moradores, a Rede de Proteção e as instituições de especialidades clínicas são parceiros do CMEI nessa caminhada e poderão auxiliar no desenvolvimento integral de nossas crianças.

O CMEI, a Unidade de Saúde, a Associação de moradores, a Rede de proteção e as instituições de especialidades clínicas (AMCIP) se tornam imprescindíveis na garantia de proporcionar a guarda, alimentação, prevenção da saúde e ações educativas para a criança, bem como, ações junto à família e à comunidade. O Conselho de CMEI torna-se a instituição mediadora desta parceria, já que é esse o momento onde todos podem participar e colaborar na implementação dos direitos da criança.

Pensando que é fundamental que se garanta às crianças dessa faixa etária, o direito de se desenvolver e aprender em instituições educativas que, em ação complementar à família, propiciem um trabalho de cuidar e educar com qualidade, de modo que possam vivenciar processos educativos que contribuam efetivamente com o seu processo de desenvolvimento é que construímos estas parcerias de grande valor.

Somente os cuidados e educação oferecidos pelo CMEI ainda não são suficientes para o desenvolvimento integral e de qualidade das nossas crianças e garantir-lhes os seus direitos para um futuro promissor e saudável é o nosso maior objetivo.

Para tanto, o CMEI ÂNGELA Dellattre – Lápis de Cor adota algumas práticas concretas no trabalho direto com as crianças e seus familiares voltados para um atendimento de qualidade que garantam o bem estar e o respeito à dignidade e os direitos básicos dos pequeninos.

Essas práticas estão relacionadas a ações e cuidados que o CMEI não tem condições de oferecer dentro da instituição e, por isso, devem ser encaminhadas a especialidades necessárias em outras instituições que venham colaborar no desempenho da criança no seu desenvolvimento psicológico, físico, social e cultural.

Os encaminhamentos à Unidade de Saúde visam atendimentos de pediatria, psicologia, neurologia, entre outros atendimentos médicos. O Conselho Tutelar e Rede de Proteção (no caso de risco) são de extrema importância para garantir o bem estar físico, psicológico e emocional das crianças, considerando a indissociabilidade entre cuidado e educação.

Também contamos com a parceria de outras instituições que proporcionam esses atendimentos (AMCIP) com o intuito de colaborar no desenvolvimento pleno do ser. O CMEI procura estabelecer uma parceria que busque a troca de informações entre as instituições de forma a trazer benefícios à criança atendida. Tanto o CMEI segue as orientações da instituição que presta a especialidade, quanto esta última busca seguir nossas orientações. Essa parceria tem dado resultados positivos no desenvolvimento das crianças atendidas.

Com isso, esperamos que as nossas crianças sejam acolhidas em sua individualidade e lhes seja garantido o princípio de equidade e o seu direito como sujeito e cidadão.

 PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO

O Centro Municipal de Educação Infantil, no que diz respeito ao currículo da Educação Infantil, pautado no Parecer CNE/CEB n° 20/2009, entende que o currículo é um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico, e, portanto, segue as diretrizes curriculares nacionais e as orientações curriculares para a educação infantil do município."

Ainda consideramos os princípios básicos estabelecidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, que são:

“Princípios éticos: valorização da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.

Princípios políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.

Princípios estéticos: valorização da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, BRASIL, 2013)

Sendo assim, nosso CMEI assume o compromisso de ampliar as possibilidades de infância, de brincadeiras, de inter-relações, de colaboração, de culturas e assim garantir aos pequenos, o direito de ter acesso a processos de construção de conhecimento como requisito para formação humana.

CONDIÇÕES DIDÁTICAS

A criança é o centro do estudo e de toda a ação educativa desenvolvida no CMEI. Hoje, já sabemos que ela é um ser cultural onde vários conhecimentos e valores já foram construídos e, para tanto, deve iniciar sua aprendizagem no CMEI a partir de si mesma e de sua família, compreendendo o mundo ao seu redor e constituindo-se progressivamente como sujeito humano.

Sabendo disso, O CMEI Ângela Dellattre – Lápis de Cor se propõe a criar condições e oportunidades de aprendizagens diversificadas, criativas e prazerosas que estimulem o desenvolvimento integral dessa nossa criança. As crianças estão ávidas por novas experiências, sua curiosidade é infinita, e é por meio da brincadeira que se apropria de novas habilidades, competências e conhecimentos e criam suas próprias hipóteses e explicações para entender esse mundo que as cerca.

Para tanto, os nossos professores buscam organizar os tempos e espaços do CMEI de forma a torná-lo um ambiente educativo adequado a aprendizagens significativas, construção de novos conhecimentos e integração dos nossos pequenos com o ambiente social a que pertencem. A intenção é proporcionar a exploração desse novo mundo, conhecendo-o, compartilhando com seus pares os significados já construídos e tendo a possibilidade de transformá-lo.

O início de tudo está no planejamento das ações a serem desenvolvidas. O planejamento anual é estruturado no início do ano letivo e é o ponto de partida para concretizar o que desejamos. Ele antecipa nossas ações mais amplas para o ano todo e orienta nossa ação educativa na instituição, porém de forma flexível, pois quando avaliado novas práticas poderão surgir adequando-o às novas situações.

Com propósitos mais específicos e diretos, temos o planejamento diário que é subsidiado pelo planejamento anual. São as atividades que serão realizadas com as crianças durante seu dia no CMEI, com propostas desafiadoras. Por último, o roteiro semanal que colabora para a ampla visão das atividades a serem desenvolvidas durante a semana.

Nos planejamentos, o professor pode pensar nas ações organizando o tempo didático das seguintes formas: por meio de sequências didáticas, de projetos didáticos ou de atividades permanentes.

A partir daí, são pensadas atividades de brincadeiras nos Cantos de Atividades Diversificadas (CAD’s) em diferentes espaços do CMEI (salas de atividades, refeitório e espaço externo), atividades de Arte com riscantes e suportes diversificados, de tentativas de escrita pela criança e observação da escrita pelo professor, de leitura pela criança e pelo professor utilizando o acervo de livros disponíveis no CMEI, rodas de conversa envolvendo assuntos tanto propostos pelo professor como as histórias trazidas de casa, brincadeiras de movimento (danças, saltos, equilíbrio, corridas, expressões, entre outros), atividades de experiências (receitas, massinhas, natureza, entre outros) e muitas outras conforme as crianças vão   nos apontando como necessidades.

Para o acolhimento diário e também no momento de despedida, proporcionamos brincadeiras nos CAD’s, onde as crianças brincam e se sentem seguras ao despedir-se da família. Com a intenção de criar espaços que oportunizam maior interação entre as crianças realizamos as Integrações com brincadeiras e propostas de CAD’s com periodicidade de três vezes na semana, preferencialmente no período da tarde. Assim, as crianças de todas as turminhas tem a oportunidade de conviver umas com as outras, brincar, conversar e trocar experiências e, os professores, de participar dessas novas experiências vivenciadas por eles e garantir a oportunidade de reconhecer os novos conhecimentos adquiridos.

O CMEI Ângela Dellattre tem muitos materiais didáticos de qualidade disponíveis (brinquedos, jogos, livros, objetos, instrumentos musicais, entre outros), mas os professores também planejam e constroem, com criatividade, outros recursos pedagógicos e lúdicos utilizando sucatas e objetos disponíveis no seu ambiente e na comunidade, visando ampliar o acervo destes materiais para uso das crianças.

A organização dos espaços e dos materiais se constitui em um instrumento fundamental para a prática educativa. A cada trabalho realizado com as crianças, planeja-se a forma mais adequada de organizar o ambiente e o tempo com o objetivo de enriquecer e potencializar as aprendizagens infantis.

ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Para termos a educação como processo de transformação é necessário observar cada atitude, fala, forma de relacionar-se, jeitos de brincar, enfim, cada conquista da criança. É aí que ela mostra-se, expõe sua cultura, seus valores, suas habilidades, e seu conhecimento sobre o mundo. A partir destas observações, os professores são capazes de fazer as interferências que potencializem nas crianças mais e melhores aprendizagens ou que construam novos conhecimentos. Quando observamos, refletimos sobre a situação e podemos agir sobre ela com o intuito de melhorar.

Estamos falando de avaliação. Um processo necessário na rotina da Educação Infantil que visa o desenvolvimento integral da criança de forma respeitosa. Portanto, a avaliação na Educação Infantil deve ser uma prática amorosa e acolhedora. É preciso aprender a olhar e escutar cuidadosamente as crianças.

No CMEI Ângela Dellattre a avaliação é realizada por meio das observações feitas diariamente, considerando a individualidade de cada criança, respeitando a cultura familiar, a faixa etária, as experiências e as limitações de cada uma. Como instrumento dessas  avaliações são utilizadas pautas de observação,  onde são anotados os detalhes das observações em atividades variadas (no parque, nos CAD’s, nas rodas de conversa...), também registramos alguns momentos em fotos ou vídeos para posterior análise dos profissionais, consideramos também as atividades realizadas pelas crianças, que são guardadas em um portfólio (que apresenta a trajetória  da criança na turma ou no CMEI) para reflexão do potencial de evolução das suas competências,  habilidades e conhecimentos.

Com as informações concluídas das observações das pautas, das fotos e vídeos e das atividades, o planejamento é reelaborado para atender as necessidades de novas aprendizagens das crianças, portanto, segue orientando as ações educativas. É preciso que o professor encontre as oportunidades de conhecimento e aprendizagens para cada criança. Com isso, elas são constantemente desafiadas a desenvolver atividades, ações, movimentos, pensamentos cada vez mais elaborados e criativos. Desafiadas a encontrar soluções para os problemas que vivenciam tanto no CMEI como em sociedade.

Por fim, para conhecimento dos familiares, são realizadas reuniões com o objetivo de troca de experiências entre professores e famílias. Também realizamos pareceres descritivos contando toda trajetória pedagógica das crianças que são entregues às famílias ao final de cada semestre.

Para deixar claro, a deliberação CEE/PR 02/05 no seu art. 12 faz referência à dimensão formadora do processo avaliativo na educação infantil apontando a sua finalidade: “fornecer subsídios constantemente para a organização ou reorganização das ações pedagógicas junto às crianças; acompanhar o cotidiano escolar através das crianças, observando, refletindo e dialogando a respeito; gerar registros, pareceres sobre o desenvolvimento e a aprendizagem da criança, de forma contínua; indicando possíveis intervenções pedagógicas”.

Desse modo o registro se torna instrumento indispensável para o profissional que atua na educação infantil, sendo assim, a avaliação constitui elemento fundamental no processo educativo. Ela deve permitir ao profissional refletir sobre sua prática educativa, deve possibilitar a criança participação no processo avaliativo e deve ainda oferecer as famílias o conhecimento a respeito das práticas educativas desenvolvidas na unidade e sobre o desenvolvimento do seu filho.

              

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

“... o respeito pela vida deve incluir toda a vida, não apenas a vida humana.” (Tiriba, Lea – Crianças da Natureza)

            

Sabemos que a educação para a cidadania representa a possibilidade de sensibilizar as crianças em defesa da conservação do meio ambiente e da qualidade de vida. Nesse sentido, cabe destacar que a Educação Ambiental assume uma função transformadora, por isso acreditamos que os profissionais de Educação Infantil tem um papel fundamental na prevenção da destruição ambiental, pois, se desde os primeiros anos de vida da criança ela for estimulada a interagir conscientemente com a natureza e valorizar o meio ambiente, no futuro o planeta estará em melhores condições para garantir a sobrevivência e boa qualidade de vida a todos os seres vivos.

Segundo Lea Tiriba (2010), como professores e mediadores, podemos ressaltar alguns objetivos a serem alcançados por meio da reeducação ambiental: facilitar e estimular o convívio das crianças com a natureza; potencializar o conhecimento sobre o meio ambiente, observando, sentindo, experimentando e explorando; fazer pensar sobre o desperdício e o consumismo exagerado, entre outros ainda.

Acreditamos que as crianças possam compreender as situações relacionadas ao meio ambiente por se sentirem atraídas pelos seres vivos em geral e dessa forma, como educadores e formadores de opinião, influenciar a mudança de hábitos e atitudes de familiares e grupos de convívio.

É importante que busquemos alternativas de superação dos problemas enfrentados e o ambiente escolarizado é um espaço privilegiado, especialmente a Educação Infantil, onde o desenvolvimento da leitura crítica das crianças sobre as questões ambientais torna-se ainda mais significativo e potencial para suas atitudes futuras e daqueles com que convivem.

Por sermos formadores de opinião junto às crianças, acreditamos ter uma grande responsabilidade e possibilidades de mostrar a eles que nós fazemos parte da natureza e não somos donos dela.

Dessa forma, seguindo um caminho de educação para a sustentabilidade, nosso trabalho deverá ser pautado nos princípios para Educação Ambiental citados nas Diretrizes Curriculares para a Educação Municipal de Curitiba, volume 1: sensibilização, compreensão, responsabilidade, competência e cidadania. Com isso, desejamos promover ações educativas que estimulem o compromisso e a consciência da importância dos cuidados com a natureza e com o meio ambiente e de que estes recursos podem ser esgotáveis e finitos. Portanto, não é possível somente mantermos o que já temos, mas sim, construir, renovar, reaproveitar e melhorar as condições existentes em nosso planeta.

Em nosso CMEI, o trabalho é realizado de forma a proporcionar às crianças o contato com diversos elementos da natureza como: criação e cuidados da horta quando podem mexer com a terra, com sementes, mudas, água e acompanhar o desenvolvimento das plantinhas, cuidar, colher e finalmente saborear com grande satisfação. Também brincam à sombra de uma pitangueira, observam o desabrochar das flores que originarão as frutinhas, aguardando ansiosos por degustá-las. No verão, divertem-se com água fazendo bolinhos de areia, enchendo bacias no pátio para “lavação” dos brinquedos, banhos de mangueira sempre tomando cuidado com o desperdício e valorizando a importância desse cuidado.

     

Com relação aos animais, é importante chamar a atenção das crianças para apreciação dos pássaros que vem ao CMEI (solário) atraídos pela quirera que juntos oferecemos. Os insetos do jardim também despertam grande interesse nas crianças, então aproveitamos o momento para adquirir conhecimento, observar, e incentivar a preservação. O trabalho com reaproveitamento de embalagens, confeccionando brinquedos e objetos, é realizado também, junto com as famílias com o intuito de conscientizá-los à colaboração para a preservação e cuidados com a natureza. Ainda são realizadas atividades artísticas ao ar livre, leitura e contação de histórias na grama, à sombra de uma árvore, lanchar no pátio, atividades envolvendo os familiares, entre outras.

São muitas as ideias a serem exploradas considerando o trabalho de Educação Ambiental, aproveitando o máximo a alegria e o prazer das crianças ao estar fora das quatro paredes da sala de aula.

           A questão ambiental ultrapassa os limites do cotidiano das crianças, portanto, conhecer o que elas sabem e potencializar esses conhecimentos de forma positiva promovendo ações que as levem a elaborar seu próprio pensamento, é direito delas e dever nosso para garantia de um ambiente melhor e mais saudável.

EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

Hoje sabemos que o trabalho com a diversidade e o convívio com as diferenças é de fundamental importância para a formação de um cidadão íntegro e de bom caráter, amplia horizontes e permite a conscientização de um futuro mais humano. A pluralidade cultural, isto é, a diversidade de etnias, crenças, costumes e valores que caracterizam a população brasileira nos faz pensar que precisamos assumir um trabalho de acolhimento às diferentes expressões e manifestações das crianças e suas famílias, respeitando sem necessariamente aderir aos valores do outro. O conhecimento já garante esse respeito e uma boa convivência.

Há que se falar em singularidade e compreender seus aspectos étnico-raciais, culturais e até os aspectos corporais quando se quer aumentar ou manter a autoestima das crianças e futuros adultos. A educação Infantil exerce um papel importante no desenvolvimento humano e precisa dar prioridade às reflexões sobre a diversidade e o convívio com as diferenças.

É importante que o CMEI assuma um papel de acolhimento das diferentes expressões e manifestações das crianças, mas que sejam realmente ressaltadas com a intenção de que tanto crianças brancas como negras elaborem referenciais de beleza e de humanidade que considerem a diversidade.

O respeito às diferenças, sejam elas étnico-raciais, culturais, econômicas ou religiosas, está amparado na legislação brasileira. Como base, tomamos as Diretrizes Curriculares Nacionais, a Resolução CNE/CP Nº01/04, o Parecer CNE/CP 03/04 e a Deliberação CEE/PR Nº 04/06 que tratam da valorização da história e cultura dos afro-brasileiros e dos africanos e das relações étnico-raciais positivas em busca de justiça e iguais direitos sociais, civis, culturais e econômicos desta população e das aprendizagens do restante da população a não discriminação e adoção de atitudes não preconceituosas para construção de uma sociedade mais justa, democrática e humana.

Aliados então, a propagação de políticas públicas eficazes relacionadas ao trabalho de relações étnico-raciais, o CMEI Ângela Dellattre- Lápis de Cor assume o compromisso de promover um amplo movimento de combate ao preconceito e valorização da diversidade. Professores e demais profissionais educacionais que circundam a Educação Infantil, com o intuito de educar na diversidade, devem oferecer oportunidade para que as crianças façam sua interpretação do mundo.

O trabalho com práticas positivas, valorizando a história e a cultura afro-brasileira sob um ponto de vista afirmativo, abordando questões como a igualdade racial de forma lúdica já faz parte da rotina do nosso CMEI. Por isso, em todos os espaços são oferecidos e trabalhados todos os tipos de materiais e elementos de culturas diversas para que, através da observação e reflexão, as crianças possam descobrir a importância da cultura, das manifestações artísticas, das crenças, rituais afro-brasileiras, culturas asiáticas, indígenas, europeia, entre outras, procurando se apropriar delas, e assim, construir conhecimentos históricos importantes para a própria construção social.

Em todas as salas estão presentes bonecas e elementos das várias etnias; nas paredes, nas atividades e cartazes, são contempladas figuras que ressaltam a importância da diversidade étnico racial e cultural da sociedade brasileira; as músicas, poesias, livros, instrumentos e danças também são planejados para valorização da história e cultura étnico-racial.

Não restam dúvidas de que mesmo existindo, ainda, sérias barreiras à cultura afro-brasileira nas instituições de ensino, os avanços alcançados até hoje são importantíssimos, e a Educação Infantil tem sido fundamental neste processo, pois como afirma Lima (2005) “é na Educação Infantil que são formados os primeiros embriões dos valores humanos, costumes e princípios éticos, então ali, com certeza as manifestações racistas e discriminatórias poderão ser amplamente combatidas”. É preciso trabalhar a discussão da diversidade já na infância. Se a criança não tiver esse contato desde cedo, dificilmente romperá com os preconceitos possivelmente presentes em seu meio e tenderá a repetir os padrões de discriminação que aprender. A luta pela superação do racismo e da discriminação racial é, pois, tarefa de todo professor de educação infantil, independente do seu pertencimento étnico-racial, crença religiosa ou posição política.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A reflexão acerca do trabalho desenvolvido na Unidade deve ser um exercício contínuo e presente na vida profissional de todos os envolvidos no ambiente educativo. Por meio dela é que são avaliadas as ações realizadas e delineadas novas práticas a serem desenvolvidas. Para que esse processo seja eficaz faz-se necessário que o foco seja sempre a criança e seu desenvolvimento integral, colocando-a como prioridade em todo o planejamento. Além do diálogo permanente e diário com as famílias nos momentos de entrada e saída das crianças, bem como nas reuniões gerais de pais, reuniões da APPF e Conselho de CMEI, realiza-se anualmente a avaliação dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade, um instrumento instituído pela Secretaria da Educação de Curitiba, com o objetivo de construir uma identidade na Educação Infantil que seja seguida por todas as unidades da rede municipal, com vistas à qualidade e que seja validada por todos os segmentos da comunidade educativa.

Anualmente, normalmente no mês de outubro, a equipe de profissionais do CMEI reúne-se com os familiares das crianças para realizar esta avaliação de forma participativa e democrática, onde todos tem oportunidade de expor suas ideias, analisar e refletir sobre os indicadores visando a qualidade das práticas educativas, do espaço e de tudo que envolve o processo educativo na Unidade. Esse momento é de grande valia, uma vez que proporciona dados para a elaboração do Plano de Ação da unidade, documento este que é elaborado pela equipe pedagógica administrativa e Conselho de CMEI no início de cada ano, com o intuito de sistematizar as ações a serem realizadas, tendo como propósito a qualidade no atendimento às crianças e famílias.

 

BIBLIOGRAFIA

Referências Legais

Lei Federal n° 12.796/13- Altera a lei n° 9394/96 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais e dar outras providências.

Lei federal Nº. 9.795/99 de 27/04/99-Dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a política nacional da Educação Ambiental.

Lei federal Nº.9.394/96-LDBEN

Lei Federal Nº. 8.069/90-ECA

Lei Federal Nº. 7.853/89-Matricula compulsória (Inclusão)

Resolução CNE/ CEB Nº. 05/09 e Parecer CNE/CEB Nº20/09-Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

Resoluções do CNE que tratam das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (01/99 de 07/04/99), para o Ensino Fundamental (02/98 de 07/08/98) e sobre a ampliação do Ensino Fundamental para 09 anos (03/05 de 03/08/05)

Resolução do CNE que trata da Educação das relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (01/04 de 17/06/04)

Deliberação Nº. 08/06- CEE/Pr- Alteração do art. 9º da Deliberação nº. 02/05-CEE/PR

Deliberação Nº. 02/05- CEE/PR- Normas e princípios para a Educação Infantil no Sistema de Ensino do Paraná.

Deliberação Nº. 14/99 e indicação Nº. 004/99-CEE/PR - Indicadores para a elaboração da proposta Pedagógica dos estabelecimentos de ensino da Educação Básica em suas diferentes modalidades.

Deliberação Nº. 02/03- CEE/PR- Normas para a Educação Especial, modalidade da Educação Básica, para alunos com necessidades educacionais especiais, no Sistema de ensino do Paraná.

Recomendações Administrativas Nº. 001/10 e 002/10-  Ministério Público.

Nota técnica conjunta n° 02/2015/MEC/SECADI/DPEE-SEB/DICEI

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Mariele Treptow

Diretora

Curitiba, 31 de março de 2016.
Anexo