OS RIOS MORREM DE SEDE

Quarenta anos depois, o rio farto em peixes aonde o pai o levava está convertido num curso de água “encardida” em que todo tipo de vida foi sufocado. Já não há o que pescar naquele caldo escuro que a poluição envenenou. Ainda assim, é para lá que o homem segue, certa madrugada, munido de inúteis anzóis, levando Bumba, o filho de sete anos – exatamente como fizera com ele seu próprio pai, quatro décadas antes, quando tinha a exata idade de seu filho agora. Sabe o quanto vai doer no coração de Bumba o espetáculo de um rio que a insensibilidade e a ganância de outros homens assassinou. Resta o consolo de que o choque ajudará a construir no menino uma consciência de cuidador dos bens da natureza. Só isso já faria de Os rios morrem de sede uma leitura imprescindível, e não só para crianças – mas há bem mais no fio desta pequena obra- -prima de nossa literatura. Para além da preocupação com o planeta que estamos degradando, o contato com a tragédia virá solidificar ainda mais o amor de pai e filho. Também por isso é preciso viver a penosa experiência que lhes reserva aquela madrugada. “Ele vai comigo como se eu estivesse indo com papai e nada tivesse mudado”, diz o homem à mulher. “Eu sou o Bumba e Bumba sou eu. Como papai então era eu, e agora eu sou ele.”
Contemplados:
Marilize do Rocio Vicentini - EM IRATI - NRE CJ
Importante:
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Os demais devem retirar no endereço abaixo em horário comercial.
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