Esse foi o primeiro farol a ser construído na cidade de Curitiba em 19 de novembro de 1994, faz parte de uma rede de bibliotecas, com 47 distribuídas pela cidade. Cada uma possui um nome específico, que homenageia um escritor da Língua Portuguesa. A inspiração para o nome e a arquitetura do farol veio da Biblioteca de Alexandria e do Farol de Alexandria, que representa o renascimento cultural, pois aproximou os povos e iluminou a antiguidade com a luz do conhecimento. A torre de 10m é coroada com a figura de um galo, que simboliza a luz, a inteligência, a mente sempre desperta e, em algumas tradições, a vigilância, a ousadia, a esperança e o renascimento. O Farol conta com um acervo diversificado de obras, acesso gratuito à internet e ações culturais, disponibilizando para a comunidade o acesso a cultura e o interesse a leitura.
A escolha do nome Machado de Assis foi em homenagem ao escritor Joaquim Maria Machado de Assis escritor brasileiro, considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores o maior nome da literatura brasileira.
Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário.
Nascido em 21 de junho de 1839 no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, de uma família pobre, estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas. Machado de Assis pôde assistir, durante sua vida, que abarca o final da primeira metade do século XIX até os anos iniciais do século XX, a enormes mudanças históricas na política, na economia e na sociedade brasileira e também mundial. Em sua maturidade, reunido a intelectuais e colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia Brasileira de Letras.
A extensa obra machadiana constitui-se de dez romances, 205 contos, dez peças teatrais, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de seiscentas crônicas.
Machado de Assis é considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). Este romance é posto ao lado de todas suas produções posteriores, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires, ortodoxamente conhecidas como pertencentes à sua segunda fase, em que notam-se traços de crítica social, ironia e até pessimismo, embora não haja rompimento de resíduos românticos. Dessa fase, os críticos destacam que suas melhores obras são as do que se passou a chamar de "Trilogia Realista"
Sua primeira fase literária é constituída de obras como Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia, onde notam-se características herdadas do Romantismo, ou "convencionalismo", como prefere a crítica moderna.
Sua obra foi de fundamental importância para as escolas literárias brasileiras do século XIX e do século XX e surge nos dias de hoje como de grande interesse acadêmico e público para entender o Brasil e o mundo.
Influenciou grandes nomes das letras, como Olavo Bilac, Lima Barreto, Drummond de Andrade, John Barth, Donald Barthelme e muitos outros. Ainda em vida, alcançou fama e prestígio pelo Brasil e países vizinhos. Hoje em dia, por sua inovação literária e por sua audácia em temas sociais e precoces, é frequentemente visto como o escritor brasileiro de produção sem precedentes, de modo que, recentemente, seu nome e sua obra têm alcançado diversos críticos, influenciados, estudiosos e admiradores do mundo inteiro.
Machado de Assis é considerado um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camõe. Machado de Assis e Eça de Quieroz são considerados os dois maiores escritores em língua portuguesa do século XIX.
Foi incluído na lista oficial dos Heróis Nacionais do Brasil e é homenageado pelo principal prêmio literário brasileiro, o Prêmio Machado de Assis.
"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar."
"Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo."
(Machado de Assis)