Grupo Antropofocus comemora seu aniversário com a estreia de novo espetáculo
Companhia teatral curitibana comemora 19 anos no palco
Sinopse:
“Estava escrevendo esta apresentação pra contar o que é este espetáculo, mas meu condomínio tá uma bagunça, o interfone não para de tocar, tem vizinho aos berros. Justo hoje!”
As pequenas corrupções que permeiam os dias das pessoas formam o pano de fundo do novo espetáculo do grupo curitibano Antropofocus, que celebra 19 anos.
“Justo Hoje!” coloca no mesmo caldeirão as nobres e as nem tão nobres emoções que habitam um ser humano, no intuito de refletir, quiçá entender, o momento pelo qual o mundo passa. Figuras absolutamente cotidianas ganham, sob as luzes da ribalta, contornos nem sempre simpáticos ou agradáveis, a partir de um olhar sobre as relações estabelecidas em casa, na rua, no trabalho. “Nem mesmo uma tragédia parece capaz de tirar as pessoas do torpor que as impede de ver o outro com mais humanidade. Não foi fácil chegar no texto final”, comenta Andrei Moscheto, diretor fundador da companhia, que assina a autoria do texto junto com Anne Celli e Bruno Lops. “Estávamos em um caminho. Mas, de repente, a realidade veio com tudo e a criação deu uma guinada forte e meio inesperada. Chegamos na questão da humanidade, ou melhor, na falta dela, pois parece que nem uma tragédia acontecendo diante dos nossos olhos é capaz de nos fazer agir”, pondera ele.
Moscheto explica que o grupo, conhecido por provocar o riso solto, dessa vez quis levar o riso para outro lugar. “Estamos enfrentando outros desafios estéticos, mas ainda nos seguramos na leveza natural dos relacionamentos para não deixar tudo pesado demais. Até porque não são pessoas más as que colocamos em cena. Se fossem o lixo da humanidade seria até mais fácil. Mas, não. São pessoas bacanas retratadas, somos nós ali também, que protegidos pelo conforto do lar não damos conta das tragédias, que vão se tornando corriqueiras”, pondera. Para o Antropofocus, Justo Hoje! é uma declaração do quanto “nós, seres humanos estamos perdidos”. “E sobre o quanto somos estúpidos por estarmos passando por isso tudo. Pessoas bacanas com um comportamento patético para mostrar o patético que existe em todos nós”, completa o diretor.
Projeto realizado com o apoio do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura - Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba, com incentivo do EBANX.
SOBRE O ANTROPOFOCUS - Desde a sua fundação, em 28 de outubro de 2000, o Antropofocus dedica-se a observar o ser humano e seu comportamento no cotidiano, sabendo que todas as suas ações podem ser consideradas cômicas, dependendo do prisma pelo qual é observado. Esta premissa inicial instigou o grupo a explorar diferentes formas de comicidade, que podem ser reconhecidas no repertório de 12 espetáculos produzidos pelo grupo ao longo de sua trajetória.
Quando o grupo começou a se reunir para montar espetáculos em que todos os artistas pudessem colaborar com a construção da dramaturgia, a improvisação foi o caminho técnico mais viável. Naquela época, enquanto os integrantes ainda cursavam a Faculdade de Artes do Paraná, as referências eram Augusto Boal, Viola Spolin e Dario Fo. Ao desenvolver o caminho para a construção da dramaturgia, no entanto, os atores perceberam o potencial que o improviso em si continha. Com o passar dos anos e com a criação de pontes de comunicação com outros grupos de comédia e improviso no Brasil e no mundo, a amplitude da ferramenta de improvisação ficou cada vez mais evidente e era necessário buscar uma maneira de poder extrapolar sua utilização, com um detalhe: sem abrir mão da teatralidade.
As bases de estudo do Antropofocus vieram de outros grupos de humor, como: o Monty Python (Inglaterra), com a liberdade da linguagem nonsense; o Les Luthiers (Argentina), com seus textos de humor refinado e jogos de palavras; o Asdrúbal Trouxe o Trombone (Brasil), pelo processo colaborativo de criação; os Parlapatões (Brasil) pela referência de ser um grupo de pesquisa de humor.
Além das parcerias e do desenvolvimento da pesquisa continuada, para a construção dos espetáculos, importantes artistas contribuíram para o aprofundamento do Antropofocus nas pesquisas sobre humor, possibilidades cômicas e construção dramatúrgica, entre os quais: Marcio Ballas (SP), Gustavo Miranda (Colombia), Daniel Nascimento (SP), Omar Argentino (Espanha), Adriana Ospina (Colombia), Frank Totino (Canadá), Shawn Kinley (Canadá), Daniel Tausig (SP), Rafa Pimenta (SP).
FICHA TÉCNICA
Elenco: Anne Celli, Andrei Moscheto, Edran Mariano e Marcelo Rodrigues
Voz em Off: Luiz Carlos Pazello
Dramaturgia: Anne Celli, Andrei Moscheto e Bruno Lops
Preparação de Elenco: Allan Benatti
Cenário e Figurinos: Paulo Vinícius
Cenotécnico: Felipe Gustavo Casagrande
Costureira: Nair Scheffler
Sonoplastia: Célio Savi
Op. de Som: José Lucas Ribeiro
Iluminação: Wagner Corrêa
Op. de luz e vídeo: Wagner Corrêa / Paulo Rosa
Designer de Projeção: Paulo Rosa
Produção dos Áudios em Off: Villa Sonora Produções
Produção Vídeo: HORN Produções
Designer Gráfico: Lula Carneiro
Fotos: Paulo Feitosa
Assessoria de Imprensa: Adriane Perin – De Inverno Comunicação
Assistente de Produção: Dânatha Siqueira
Assistente de Direção: Bruno Lops
Direção de Produção: Edran Mariano
Direção: Andrei Moscheto
Realização: Antropofocus
SERVIÇO
Datas:
- 19/11 (terça) às 20 hrs
- 20/11 (quarta) às 20 hrs
Local: Teatro José Maria Santos (R. Treze de Maio, 655)
Contempladas dia 19/11:
- Alessandra Schmitt De Oliveira - CEI Heitor De Alencar Furtado (NRECIC)
- Cristiane Franco da Silva - EM Vereadora Laís Peretti (NREPN)
- Daniel dos Santos –EM CEI Sandino (NREBV)
- Debora Stuart De Melo Jeller - CEI Romario Martins (NREBV)
- Elisangela Christiane de Pinheiro Leite Munaretto - EM Professor Erasmo Pilotto (NREBV)
- Elizandra dos Santos Brasil- CEI Heitor de Alencar Furtado (NRECIC)
- Giovanna Strozzi do Nascimento- CMEI Irmã Dulce (NREBV)
- Mônica de Araújo - CAIC Cândido Portinari (NRECIC)
- Noely Bach Olegini - CMEI LIBERDADE (NRE BV)
- Patricia Contador- EM CEI Curitiba Ano 300 (NREBV)
- Silmara Adriane Costa do Ó – Logística SME
- Silvia Kos – Protocolo SME
Contemplados dia 20/11:
- Altair José Palhano- Tereza Matsumoto (NREBQ)
- Bruna Heloiza K. P. Castanho - E. M. Maria I. Zeglin (NRETQ)
- Cristiane Fonseca - CMEI Krasinski (NREBV)
- Elisangela Ceccatto Cruz- CEI Erico Veríssimo (NREBQ)
- Fabiana Eros de Lara – CEI Olívio Soares Sabóia (NRECIC)
- Fernanda Karina Fand - SME
- Halina Linzmeier Heyse - Escola Municipal Albert Schweitzer (NRE CIC)
- Inês Chezanoski- DEI Delta
- Karoline Francielle Wagner Schuark de Mauro- CMEI Porto Seguro (NRECIC)
- Lessandra Patricia Moreira- E M Margarida Orso Dallagassa (NRETQ)
- Sonia Mara Santucci- CMEI Edmundo Lemanski (NREBQ)
- Wilson de Souza Rodrigues (NREBQ)